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sexta-feira, outubro 26, 2012

URUGUAI

Hotéis:
Alvear Hotel: Por favor, se você gosta de ficar em um hotel limpo e arrumado, fique longe deste hotel. As fotos que eles mostram no site são totalmente diferentes dos quartos reais. O hotel é velho, o elevador não tem porta (eu nunca tinha visto isso) e os móveis "fixados" nas paredes do quarto estão para cair a qualquer momento. O cofre não é fixado em lugar algum, ele fica solto dentro do armário. As paredes do quarto estavam todas sujas e eu fiquei com nojo do banheiro. Em resumo, se você quer evitar dor de cabeça, evite este hotel.

Four Points by Sheraton: isso sim que é hotel, o quarto gigante com uma cama super king size, banheiro ótimo, café da manhã excelente. Também jantamos lá uma noite e a comida estava deliciosa. Recomendadíssimo!

Dia 18/10/2012 - Buquebus para Montevideo

Quando comprei as passagens de Buquebus, o horário estava às 8h45 mas, já perto da viagem quando imprimi os voucher, o horário tinha mudado para às 8h. No voucher informava que tinhamos que chegar com 2h de antecedência, mas meu marido achou que era exagero. Chegamos às 6h45 e o procedimento é praticamente o mesmo de pegar um vôo: fazer o check-in, despachar as malas, passar pela imigração e embarcar. Às 7h30, chamaram para o embarque. Fiquei bem impressionada com a estrutura do Buquebus: um prédio enorme e bonito, conservado e a sala de embarque tinha até sofás. Saimos de Buenos Aires às 8h. Assim que embarcamos e sentamos, percebemos que o trânsito de pessoas entre Montevideo e Buenos Aires é intenso, o Buquebus foi lotado. O Duty Free abriu 30 minutos depois que zarpamos e haviam alguns produtos mais baratos ou com mesmo preço do Duty Free dos aeroportos que passamos. Tive a sorte de sentar do lado de um senhor que além de quase querer ocupar a minha cadeira além da dele, ainda roncou a viagem inteira. Ler foi um exercício de concentração. 

Vista de Montevideo do Buquebus
A viagem foi tranquilíssima e chegamos em Montevideo às 11h. Quando conseguimos um taxi, assim que dissemos que nunca tinhamos ido lá, o taxista fez questão de nos dar uma aula sobre a cidade. Meu marido adorou. Chegamos ao hotel e foi decepção atrás de decepção. Como o Hotel Alvear de Buenos Aires é um dos melhores hotéis da cidade, acreditava que o de Montevideo seria algo parecido. Quando taxista nos deixou na porta do hotel, comecei a me preocupar depois de ver a faixada do hotel. Depois que fizemos o check-in, fomos para o quarto e vimos que tudo estava velho e acabado, pensei: não deve vir coisa boa por aí. Dito e feito: o quarto foi outra decepção. Fiquei tão chateada que quando saimos para almoçar, não conseguia pensar em outra coisa a não ser trocar de hotel. Ainda bem que meu marido teve a mesma impressão que eu e concordou comigo em trocar de hotel. 

Almoçamos no restaurante Los Leños, a comida estava deliciosa mas foi cara, e pagamos em reais BRL 150. E, para a minha sorte, o restaurante tinha internet. Logo depois do almoço, acessei o Booking.com e verifiquei nossas possibilidades. Perto de onde estávamos, tinha um hotel da rede Sheraton que ainda tinha vagas. Fomos até lá e fizemos o check-in. Dei graças a Deus naquela hora por poder trocar de hotel mesmo que o outro hotel não quisesse devolver o nosso dinheiro. Fomos ao Alvear Hotel, pegamos nossa mala e fui até a recepção para tentar cancelar as outras diárias. A moça me disse que eu havia feito a reserva sem possibilidade de cancelamento e se eu quisesse fazer o check-out, eu teria que pagar pelas três diárias. Não pensei duas vezes, paguei pelas diárias e fui para o outro hotel. Nem fiquei com peso na consciência de ter perdido USD 200.

Mais aliviada, chegamos no novo hotel e meu marido apagou. Eu, como não estava com sono, fiquei lendo um livro sobre o Uruguai que o hotel disponibilizou no quarto. Quando meu marido finalmente acordou, fomos até a estação Três Cruzes pois, no nosso último dia no Uruguai, iriamos para Colônia del Sacramento de onde pegariamos o Buquebus para voltarmos para Buenos Aires. Depois de uma caminhada de quase 1 hora, chegamos ao terminal. As passagens sairam por UYU 492 (BRL 49,2). Finalmente consegui sacar dinheiro no caixa da rodoviária, pois do caminho desde o hotel até a rodoviária, nenhum caixa automático aceitou meu Travel Money. Voltamos de taxi para o hotel e ficou em BRL 8, achamos barato. Descobrimos que uma das feiras de artesanatos ficava do lado do nosso hotel. Visitamos o lugar e ficamos impressionados com a organização e qualidade dos artesanados, principalmente algumas esculturas em madeiras que eram verdadeiros quebra-cabeças, muito bem feitos.

Em Montevideo escuresse por volta de 8h30 da noite. Até perdemos um pouco a noção da hora. O meu marido havia visto uma mercearia perto do hotel que vendia morangos enormes. Eu fiquei fascinada com as "confiterias", cada docinho mais bonito que o outro. Então fomos a confeitaria, compramos alguns doces e passamos na mercearia para comprar morangos. Depois, voltamos para o hotel.


Dia 19/10/2012 - Citytour em Montevideo

Nossa intenção era sair do hotel, almoçar na Calle Sarandi e depois caminhar até o Mercado do Porto. Só
Parrilla no Mercado do Porto
 que dimensionamos mal o tempo. Saimos do hotel por volta de 10h e mesmo parando nas praças, igrejas e até em lojas, chegamos ao Mercado do Porto por volta de 12h30. A sorte (e era algo que eu não sabia) é que o Mercado do Porto é cheio de restaurantes maravilhosos. Ou seja, quando entramos, meu marido quis almoçar lá de qualquer jeito. Comemos uma parrilha (churrasco) excelente, meu marido adorou o vinho e o meu suco de laranja estava delicioso. O almoço ficou em UYU 1390 sem o serviço.

Plaza Independencia
Depois do almoço, minha sogra havia pedido para o meu marido um escultura em madeira, pois ela já havia visitado o Uruguai e disse a ele que lá vendia esculturas belíssimas. Na ânsia de agradar a mãe, meu marido não mede esforços. Ele havia visto que havia uma feira de artesanato em uma determinada região da cidade. fomos então a pé para o lugar. Quando chegamos nas ruas informadas no como sendo a região das feiras, não encontramos nem uma barraquinha se quer montada. Paramos uma guarda para perguntar e ela nos informou que a feira só acontecia aos sábado e ela não recomendava que levássemos qualquer objeto de valor. Meu marido foi decepcionado para o hotel.

Entrada da Calle Sarandi
Descansamos um pouco no hotel e como ainda eram 16h, fomos andando até o Parque Rodó. Tinha visto fotos belíssimas do parque e quis ir até lá conhecer. Caminhamos um tempo pela orla da cidade e percebemos que é comum as pessoas fazerem exercícios por lá: haviam várias pessoas caminhando ou correndo na orla. Quando chegamos ao Parque fiquei com a mesma impressão do que eu conhecia do resto da cidade: estava faltando cuidado. A cidade é linda mas o prédio do centro estão velhos e mal cuidados. Da mesma forma, o parque parecia que fazia meses que a grama não era cortada. Andamos um pouco pelo parque e depois voltamos para a Calle Sarandi. O meu marido queria se certificar que no horário em que passamos pela manhã, ele tinha visto todas as banquinhas de artesanato. No entanto, quando chegamos a Praça Independência, vimos algumas lojas de artesanato e depois fomos para a Calle Sarandi.
Calle Sarandi
A entrada da Calle Sarandi separa a Ciudad Vieja da cidade nova, embora na cidade nova haja vários prédios antigos. Como já eram quase 19h (e o sol ainda brilhava alto no céu), quase já não haviam ambulantes e boa parte das lojas já estavam começando a fechar. Paramos no Café Havana, o mesmo de Buenos Aires, tomamos um café e resolvemos voltar para o hotel. No caminho, ainda passamos em uma loja de artesanatos e tanto eu quanto o meu marido compramos algumas lembrancinhas. Também encontramos outra feira de artesanatos, aparentemente maior do a que tinhamos visto e até com mais coisas. Mas mesmo assim, meu marido não encontrou a estátua de madeira que a mãe dele encomendou. Quando chegamos no hotel, já era noite.

Dia 20/10/2012 - Tour a Punta del Este

O amanhecer em Montevideo
Comprei um tour para Punta del Este na Viator por USD 54 por pessoa. Dois dias antes, tinha ficado super preocupada por ter trocado de hotel porque quando fiz a reserva havia informado o Alvear Hotel. No entanto, informei por e-mail que haviamos trocado de hotel e cheguei até a ligar, mas quando o representante da empresa atendeu, ele me informou que a Viator já havia repassado o meu e-mail para ele e que já estava tudo arranjado. Quando a guia (Cecília) passou no nosso hotel às 8h20 foi um alívio. Entramos no ônibus praticamente vazio. 

Haviam passageiros em várias outras partes da cidade e foi bom que conhecemos uma Montevideo diferente, pois até então, eu acreditava que Montevideo era uma cidade sem cuidados. A orla de Montevideo parece muito com Copacabana. Prédios bonitos e modernos, tudo limpo e bem arrumado, bem diferente da Cidade Velha que parece ter sido esquecida pelo sistema de limpeza urbana. Quanto mais distantes ficávamos do centro da cidade, mais viamos prédios e casas maravilhosos. Acredito que se algum dia voltar a Montevideo, vou querer ficar longe do centro. Embora o portal de entrada da Calle Sarandi separe a cidade antiga da cidade nova, é depois da Boulevard General Artigas que a modernidade começa.

Saimos realmente de Montevideo às 10h e com o ônibus lotado. Fiquei com dó da guia pois diversas pessoas, incluindo o meu marido, estavam dormindo durante as explicações dela. Tanto, que chegou um momento que ela mesma disse que pararia de falar porque boa parte do ônibus estava dormindo, então ela deixaria todos descansarem e só quando estivéssemos nos aproximando dos pontos turísticos voltaria a comentar alguma coisa.

Orla de Piriápolis
Nossa primeira parada foi em Piriápolis. Passeamos um pouco pela cidade cheia de casas maravilhosas na beira do rio. Subimos no ponto mais alto do Uruguai, a pouco mais de 500 metros de altitude. É por isso que a carne uruguaia é tão boa, como o gado não precisa fazer esforço para se locomover, ele não desenvolve músculos e a carne permanece sempre macia.

Foto aérea da Casapueblo
Depois da visita a Piriápolis, visitamos a Casapueblo de Vilaró. Ele teve a idéia de construir uma casa que coubesse ele todos os seus amigos quando morou em uma república. No entanto, mesmo depois da casa estar enorme, ele continuou a construir cômodos e hoje, além do museus com suas obras e Casapueblo é também um hotel. 

Fomos então para Maldonado/Punta del Este. Madonado é a cidade antes da península onde fica Punta del Este. As duas são belíssimas. Repletas de casas e prédios grandiosos e cinematográficos. Segundo a guia, a população em Punta del Este e Maldonado na baixa temporada é de apenas 8 mil pessoas. Na alta temporada, a população chega a 500 mil pessoas. Achamos interessante que lá as casas não tem números, elas têm nomes. Ou seja, um endereço lá é composto pelo nome da rua e o nome da casa. Além disso, as ruas têm tanto nomes quanto número. Paramos para passear na rua 30 Calle das Rocas.

Mão saindo da areia em Punta del Este
Visitamos também a famosa mão saindo de dentro da areia que é uma atração turística na praia. É quase impossível tirar uma foto sem ninguém pois o tempo todo há pessoas entre os dedos ou subindo no polegar. Outra coisa interessante foi um ponte desenhada por um engenheiro quando ele ainda cursava o engenharia. A ponte foi feita ondulada então, passar por ela, é quase como andar de montanha-russa. A guia também nos disse que o Mar del Plata termina em Punta del Este, onde a distância entre o Uruguai e a Argentina, ou seja, as margem do rio chegam a ser de 220 km.

Ponte Leonel Vieira
Já na volta para Montevideo tivemos uma surpresa: uma baleia na praia. Quando o motorista viu, parou o ônibus e todo mundo ficou louco para ver a baleia. Pena que vimos apenas um pedaço do dorso dela. A viagem para Montevideo foi até bem rápida, em 1h30 estávamos de volta a capital. Perguntamos para a guia qual era o melhor shopping em Montevideo. Ela nos disse que o que tinha mais coisas era o Shopping de Montevideo mas que o mais bonito era o de Punta Carretas. Então pedimos para a guia nos deixar no Shopping em Punta Carretas. 

O shopping de Punta Carretas é realmente muito bonito, mas muito pequeno comparado aos shoppings do Brasil. Em 30 minutos tinhamos andado o shopping inteiro. E como era meu aniversário, meu marido estava louco para encontrar um presente para mim. Estava tendo que vigiá-lo porque era eu virar as costas e ele corria para o stand da Swarovisky para comprar alguma coisa para mim. Felizmente, consegui impedí-lo. As coisas em Montevideo são muito caras, por isso não deixei ele comprar nada. Uma calça da Levi's lá chega a custar BRL 450. Totalmente fora da realidade. Fora que não é difícil encontrar lugares em que os preços estão em dólares e não em pesos uruguaios.

Como nosso hotel ficava perto da Cidade Velha, decidimos pegar um ônibus que tivesse essa indicação para voltarmos para o hotel. A passagem custou 19 pesos e fiquei traçando a rota do ônibus com o mapa. Foi ótimo, o ônibus parou a pouco mais de 200 metros da entrada do nosso hotel. Jantamos no hotel e a comida estava uma delícia. Tomei minestrone e meu marido comeu frango recheado que ele disse que estava divino. Achamos até engraçado que o garçon veio nos dizer que o nosso espanhol era muito bom e que ele mal conseguiu descobrir que éramos brasileiros. Tenho certeza que ele disse isso para nos agradar. Depois do jantar, fomos dormir.

Dia 21/10/2012 - Colonia del Sacramento e volta para Buenos Aires

Porto em Colonia del Sacramento
Acordamos cedo, arrumamos nossas coisas e às 8h30 já estavamos esperando um taxi para a estação Três Cruzes. O ônibus era às 9h30 mas no dia em que compramos a passagem, o atendente nos disse para chegarmos pelo menos 30 minutos antes. A rodoviária é um pequeno shopping. Então, enquanto não chegava a hora de embarcarmos, ficamos passeando lá dentro. Quando entramos no ônibus, tivemos uma surpresa: além do ônibus ser muito bom, tinha internet. Ou seja, eu e o meu marido passamos as três horas desde Montevideo até Colonia del Sacramento navegando na internet. O ônibus já foi lotado, mas entre Montevideo e Colonia, várias pessoas subiram e várias desceram. Tiveram momentos que o corredor do ônibus ficou lotado de pessoas em pé. As estradas no Uruguai são perfeitas.

Portal em Colonia
Chegamos em Colonia perto do 12h. Fomos até o Porto para verificar se já poderiamos despachar a nossa mala e ficamos impressionados com a estrutura do lugar, é de dar inveja a muito aeroportos brasileiros. Infelizmente, não poderiamos despachar a nossa mala antes das 15h30 mas nos informaram que na rodoviária havia um local que guardariam nossa mala. Dito e feito: no corredor da rodoviária, pelo dos banheiros há um local que guarda a mala por 4 horas e cobra UYU 50 (BRL 5). Deixamos a mala lá e fomos andar pela cidade. A parte nova da cidade não tem nada de especial. Já a parte antiga é uma graça. Os monumentos e as casas de pedra bem conservados. Dá para se notar que os uruguaios só não ligam para a Cidade Velha de Montevideo, pois o resto dos lugares que conhecemos é impecável. 

Farol de Colonia
Almoçamos na Plaza Mayor e foi a primeira vez que pagamos menos de USD 55 no Uruguai. Andamos pela orla, pelas ruelas, pela Calle dos Suspiros, pela Igreja Matriz e pela feira de artesanatos. O meu marido ficou super empolgado com com um carrinho elétrico que alugava-se do lado da rodoviária, mas como eu achei a cidade muito pequena, não achei que justificava alugar o carrinho. Mas depois de algum tempo caminhando no sol, o carrinho até que ia bem.

Colonia del Sacramento
Por volta de 15h30 voltamos para a rodoviária para pegar nossa mala. Por curiosidade, perguntamos quanto custava o carrinho e era apenas UYU 15 por hora. Muito baratinho, nos arrependemos de não termos alugado um. Fomos para o Porto e passamos por todos os trâmites antes de entrar na sala de embarque. Achamos melhor ir cedo porque estava muito calor e queriamos descansar. A sala de embarque do local é imensa com várias cadeiras. Como nosso barco era às 17h30, ficamos mais ou menos 1h esperando antes de embarcar. O barco que vai para Buenos Aires é mais moderno do que o barco que vai para Montevideo, tanto que o Duty Free abre antes mesmo do barco zarpar. O Duty Free deste buquebus é bem maior que o do barco da vinda e eu mal percebi que estavamos em movimento enquanto estava no freeshop. Mesmo chovendo, o barco deslisou sem problemas.
Chegada a Buenos Aires

Por causa do fuso horário, chegamos em Buenos Aires às 17h30. Estava chovendo e devido a quantidade de pessoas que iriam pegar um taxi, demorou um pouco para conseguirmos um. A equipe do barco oferece o serviço de reserva de taxis, mas como achávamos que seria fácil, não nos importamos. Chegamos no hotel por volta de 18h30. Ficamos no Howard Johnson Hotel Boutique Recoleta. O hotel é excelente, só que fica longe das estações de metro. Jantamos no restaurante Babiela, na esquina da Riobamba com a Santa Fé. Nossa noite terminou aí.

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