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domingo, março 27, 2016

Colômbia

Introdução

Esta viagem é um itinerário que estávamos programando quando descobrimos que estávamos grávidos. Adiamos os planos por 3 anos e agora viajamos a três e não mais a dois. Meus pais também decidiram ir conosco, então fomos em um grupo de 5 pessoas. Compramos as passagem por milhas, sendo 34.000 milhas Brasília - Cartagena / Bogotá - Brasília mais R$ 175 de taxas de embarque por passagem (para nossa filha foram 28.500 milhas e praticamente o mesmo preço da taxa de embarque) e compramos as passagens "en efectivo" Cartagena - Bogotá pela Lan. O itinerário escolhido foi o seguinte: 5 dias em Isla del Rosário, dois dias em Cartagena e três dias em Bogotá.

Dia 03/03/2016 - Voo até Cartagena

Acordamos às 3h e chegamos ao aeroporto às 4h. O horário previsto de embarque era 5h. Estava tudo indo bem, até que, ao iniciar os procedimentos de decolagem (a porta já estava em automático), o piloto reabriu a porta e começou um entra e sai de técnicos na cabine de comando e minutos depois o piloto avisou que, por problemas técnicos, teríamos que trocar de aeronave.
O voo passou por uma ou duas turbulências mais forte. Eu, que tenho pavor de turbulências depois da volta pelo Chile do Salar de Uyuni, fiquei apreensiva, mas o voo foi até tranquilo. Chegamos em São Paulo com 1h de atraso, mas tendo em vista que nosso próximo voo era apenas às 14h40 e eram 8h30, tínhamos bastante tempo.
Estava louca para ir a Starbucks e tomar um Frapuccino (adoro!). Ficamos algum tempo na área de embarque e depois resolvemos fazer o check-in dos meus pais e embarcarmos. Devíamos ter almoçado antes de embarcamos no novo terminal internacional, há uma diversidade muito grande de restaurantes por lá. Como não sabíamos, embarcamos umas quatro horas antes do nosso voo. Passamos pelo novo Duty Free (muito maior que o anterior). Ficamos com uma dó porque não tinha ninguém, mas também pudera, com o dólar caro como está, um saco de M&M estava saindo a R$ 32!!! Não compramos nada. Tomamos um café no Café do Ponto e depois acabamos almoçando por lá também pois meu marido e meu pai foram se informar de uma lugar para almoçar e lhes disseram que só haviam o Café do Ponto e um restaurante ao lado para almoçar. No entanto, quando fomos caminhar para nosso portão de embarque descobrimos que haviam diversos restaurantes entre os portões. Pena que já tínhamos almoçado!
Quase na hora do embarque, minha filha fez um "serviço" daqueles, e acabou sujando a roupa que estava usando. Sorte que no novo terminal há sempre banheiros e um fraldário a cada 10 metros, praticamente. Como não tinha levado uma roupa extra, meu marido foi correndo à Puket enquanto dei um banho nela na banheira do fraldário. Quando voltamos para o nosso portão, estavam começando a chamar para embarcar. Estava com muito medo de nossa filha ficar muito nervosa durante o voo e também enjoar pela quantidade de horas que ficaríamos dentro do avião. Dei um remedinho para ela não enjoar que acabou fazendo ela dormir quando estávamos preparando para entrar dentro do avião. O bom é que ela dormiu todo o voo, acordou quando estávamos em procedimento de pouso em Bogotá.
Tivemos turbulências até uns 40 minutos depois da decolagem, depois estabilizou e foram uma 4 horas com uma ou outra turbulência, mas nada desesperador. O voo durou quase 6 horas e, embora eu acreditasse que quando chegássemos perto de Bogotá, no meio dos Andes, as turbulências se intensificaram, o pouso foi até bem tranquilo.
Fizemos o câmbio de dólares para pesos colombianos (COP) ainda na sala de retirada de bagagens. Foi USD 1 para COP 3000. Quando saímos, descobrimos que lá fora eram USD 1000 para COP 3200, uma pena. Jantamos no aeroporto pois eram umas 19h e nosso próximo embarque era às 21h. O aeroporto de Bogotá é bem novo e há diversas lojas de Duty Free competindo entre si. São duas lojas fisicamente pequenas e uma bem maior.
O voo para Cartagena saiu no horário e durou 1 hora. Estávamos tão cansados que apagamos, até assustei quando o piloto avisou que estávamos em procedimento de pouso. Depois que pegamos as malas, fomos direto para o hotel. Estávamos exaustos!
Ficamos em Getsemani, no Hotel Casa Blanca Boutique, pois era perto do Muelle Santa Cruz, no bairro Manga, de onde sairia o barco para a Isla del Rosário e o Hotel São Pedro de Majaguá no dia seguinte. Fiquei impressionada com o Hotel Casa Blanca Boutique, porque quando reservamos, ele foi o hotel mais simples, pois seria por apenas uma noite. Mas o hotel é muito arrumado, muito limpo, banheiro impecável e café da manhã muito bom. O bairro Getsemani é bem movimentado à noite, mas o hotel fica em um local bem calmo. Fiquei encantada, se soubesse que era tão arrumadinho, faríamos uma economia e ficaríamos lá na volta para Cartagena. Mas nem sempre podemos confiar em fotos, já passamos alguns apertos por causa disso, por isso hoje, além das fotos, procuramos resenhas de hóspedes.

Dia 04/03/2016 - Isla del Rosário

Saímos do hotel às 8h30 e chegamos no Muelle Santa Cruz dez minutos depois. Estava cheio, haviam dois
Muelle Santa Cruz
barcos para o Hotel São Pedro de Majaguá. Fiz as reservas diretamente com o hotel, por e-mail, COP 150.000 ida e volta. Entregamos nossas malas e esperamos nos chamar. Às 8h55 pediram para entrarmos no primeiro barco. Assim que entramos no barco e começamos a colocar os coletes salva-vidas, minha filha vomitou todo o café da manhã. Fiquei super preocupada! Mas achei interessante que um minuto depois já havia alguém limpando o barco.
A lancha é bem confortável, bancos acolchoados, coletes para todos, inclusive pequenos para as crianças. Minha filha, não sei se estava enjoada por causa da lancha ou se realmente não estava gostando do passeio, chorou praticamente todo o percurso até a Isla del Rosário. Odiou ter que usar colete salva-vidas.
Ao sair do Muelle Santa Cruz, a lancha vai em direção ao Muelle La Bodeguita, a principal Marina da cidade, e o trecho em si já é bem bonito, pois se tem uma vista ótima da cidade. No percurso até a ilha, parou-se algumas vezes em um ou dois locais e o piloto do barco fez algumas explicações sobre o local.
Deck do hotel
A lancha atraca em um deck na frente da recepção do hotel. Fomos recebidos com suco e toalhas geladas para nos refrescar. A maioria do grupo era apenas para o "day use", alguns poucos, como nós, iam se hospedar de fato no hotel.
Há alguns brinquedos de plástico no parquinho do hotel, o que eu achei ótimo. Minha filha adorou! Ao ver, foi direto para lá. Ficamos esperando na recepção por alguns minutos e antes de fazer o check-in dos novos hóspedes, foi dada uma pequena palestra sobre o hotel:
- o restaurante funciona de 7h às 21h, e depois deste horário a cozinha fecha e é necessário verificar com o garçom que ainda estiver no bar se ainda há bebidas,
- o preço das massagens somente com a massagista,
- o hotel oferece a lancha para ir ao Oceanário mas a entrada, COP 25.000, deve ser paga no Oceanário
Restaurante com parquinho
- há diversas formas me conhecer a ilha: bicicleta, canoa, lancha, SUP... é necessário ver os preços e as opções com o guia no hotel,
- as pessoas da comunidade da ilha tem livre acesso para vender o seu trabalho dentro do hotel, seja artesanatos ou até mesmo transporte de um lugar para o outro,
- há opções de mergulho e snorkel que também deveriam ser verificadas com a empresa que fica no hotel.
Depois informou que verificaria quais os quartos que já estariam disponíveis e iniciaria o check-in.
Quando nos chamaram, fizemos check-in primeiro dos meus pais e levaram a bagagem deles. Quando entramos no quarto deles, todos disseram: ooooohhh. O quarto era espaçoso, uma mistura de rustico e moderno. Todos os móveis de alvenaria com as portas e janelas de madeira. Todo branco, com um cama super king size, a tv tocando músicas relaxantes, um aromatizante bem sutil, fresco. Foi como se tivéssemos de fato chegado ao paraíso. Até o kit de banho era da L'Occitane! Fiquei ansiosa para ver o meu porque como estávamos com uma criança, reservamos um quarto ainda maior. O quarto dos meus pais ficava bem ao lado da recepção.
Nosso quarto era mais afastado, exatamente igual ao dos meus pais, só que com varanda. Adoramos! Minha mãe ficou toda enciumada, disse que iria na recepção verificar se tinha um quarto igual para ela. (rs) Existem duas praias no hotel, e neste quarto, ficamos praticamente em frente a uma delas. Deixamos nossas coisas no quarto e fomos para o primeiro banho de mar da nossa filha. Ela amou! Toda a preocupação que eu estava tendo, os pedidos para ir embora, ir para a casa, acabaram ali. Brincamos com ela na areia e logo ela soltou um "Eu adoro a praia!". Nesta hora, meu coração se acalmou.
Que almoço divino! Todos os pratos estavam excelentes! Depois do almoço, decidimos ir para os nossos quartos descansar.
No finalzinho da tarde, saímos para explorar os arredores do hotel. O vento estava forte e o mar agitado, praia no hotel estava complicado. Então perguntamos onde era a Laguna Encantada e começamos a seguir as trilhas. Chegamos à laguna e continuando seguindo a trilha, chegamos ao hotel Coco Liso. Diferentemente do São José de Majaguá, que tem uma proposta mais relax, o Coco Liso é um hotel para agitos, bares por todos os lugares e piscinas. No entanto, o hotel parecia um pouco abandonado, não tinha ninguém, somente o pessoal da limpeza. A praia é bem bonita, areia branquinha, água transparente e o vento estava bem ameno, mas como estava anoitecendo e não estávamos preparados para um mergulho, só andamos pelo hotel. Não há muros entre os hotéis, a circulação é livre.
A noite, minha filha acabou dormindo cedo e a deixei com meu pai. Jantamos e a comida estava excelente. Achei interessante que cada quarto tem o nome de um ser do mar. Nosso quarto era o Caballito e o dos meus pais, Tortuga. E eles possuem as escultura dos bichos para colocarem em cima da mesa e identificarem para que quarto  vai a conta.
Uma amiga, que já havia vindo a Isla del Rosário, havia me dito que a Laguna Encantada tinha esse nome porque a noite ela brilhava. Perguntei no hotel e me confirmaram o que ela havia me dito, mas disseram que era necessário ir logo depois que anoitece, pois isso ocorre pelos plânctons que acumulam energia durante o dia e a liberam em forma de luz à noite. Fomos até a laguna, a um minuto a pé do hotel, e não havia nada brilhando. Como estava escuro, me deu um certo medo de ficar ali, então decidimos voltar para perguntar como funcionava. Quando já estávamos chegando no hotel, um guarda e mais dois hóspedes estavam indo. Unimo-nos a eles e voltamos a laguna. Segundo o guarda, os plânctons só emitem luz ao serem movimentados. Meu marido pegou diversas pedras e um galho grande para movimentar a água. No início via-se como se houvessem alguns poucos vagalumes dentro da água, bem sutil. Mudando de posição, mais ao centro do deck que fica lá, os pontinhos aumentaram, mas não foi nada como  em "As aventuras de Pi". Segundo o guarda, há pessoas que inclusive nadam na laguna a noite para ver o fenômeno. Como não sou tão corajosa assim, voltaríamos outro dia para ver se só movimentando a água com um galho víamos mais alguma coisa.

Dia 05/03/2016 - Mergulho e Snorkel

Quando fomos para Los Roques, na Venezuela, sentimos falta de usar um equipamento para tirar fotos debaixo da água. Meu marido viajou pouco tempo depois para os EUA e vimos a oportunidade de comprar cases para nossas câmeras lá. Só que, desde então não havíamos tido a oportunidade de usá-las porque fomos fazer snorkel no Nordeste do Brasil apenas durante uma manhã e apenas uma vez desde então. E as fotos nem ficaram tão boas assim! Como sabia que existia essa possibilidade em Isla del Rosário, trouxemos nossos "equipamentos". E que bom que trouxemos! Meu marido é aficionado por mergulho, adora, mas por normalmente ser caro e ser raro irmos para um lugar que ele possa fazer, nem o curso ele tem.
O café da manhã do hotel era estilo continental, ou seja, não é o buffet que estamos acostumados no Brasil, mas me surpreendeu! Vinha um prato bem variado de frutas (melancia, mamão, melão, abacaxi e ameixa no mínimo) e depois, uma cesta de pães e bolos (o bolo de castanha é divíno e nossa filha se apaixonou pelo de chocolate). Ainda há direito a um suco e uma bebida quente (café, leite ou chá).
Depois do café da manhã, verificamos os preços para um mergulho com cilindro com o treino para quem não
Mergulho com Snorkel
tem o curso de mergulho e meu marido pagaria o equivalente à USD 78. Para fazer snorkel, seria COP 85.000 (USD 28). Conversei com os meus pais para cuidarem da nossa filha e reservamos o passeio. Saímos por volta de 10h30, andando, até chegar a Laguna Encantada onde a embarcação estava nos esperando. O snorkel foi espetacular, tirei excelentes fotos e me lembrei o quanto eu gostava de fazer snorkel em Los Roques. Já meu marido voltou apaixonado pelo mergulho que fez. Tirou cada foto espetacular! A diversidade de animais marinhos em Isla del Rosário é bem maior que em Los Roques.
Mergulho com Snorkel
Quando voltei, por volta de 12h, meus pais e minha filha já estavam me esperando para almoçar, o mergulho do meu marido seria até às 14h, então ele nos disse que poderíamos almoçar sem ele. Durante o almoço, meus pais me contaram que conheceram no hotel um vendedor de colares chamado Francisco. É muito comum esses vendedores ficarem pelo hotel convidado você a ver o trabalho deles. O Francisco mostrou outras praias para eles e conversou muito com o
Mergulho com Cilindro
meu pai. Embora meu pai estivesse gostando, ele ficou incomodado com aquela pessoa estranha levando eles para todos os lugares sem cobrar nada. Meu pai até conversou com ele que quando eles voltassem para o hotel, daria uma gorjeta a ele, mas em uma oportunidade que meu pai não estava por perto, ele disse a minha mãe que não queria gorjeta, queria ser amigo dos meus pais e queria que meus pais vissem o trabalho dele e se gostassem, comprassem. Se eles dessem gorjeta a eles, ele se sentiria um mendigo. Fiquei impressionada com o argumento dele, se de fato todos na ilha pensarem assim, é um pensamento muito honesto. Vi que poderíamos baixar a guarda. Em outros lugares do mundo, quando alguém fica te "perseguindo", é muito incomodo.
O almoço estava excelente, no menu há tantos frutos do mar quanto carne e frango. Começamos a perceber que o restaurante do hotel deveria ser muito famoso, pois haviam até pessoas em seus iates parando no hotel para almoçar. No entanto, para quem segue uma dieta mais balanceada para os filhos, pena um pouco para conseguir alimentá-los: há apenas quatro opções, duas são com batata frita e frango empanado, uma é massa e a última, batata e linguiça fritas. Recomendo se organizar antes de ir para a ilha pois acaba sendo necessário separar pães do café da manhã para os lanches do dia.
Quando fizemos as reservas, fiz primeiro a de sábado até terça, mas quando fomos tirar as passagens, só tinha vagas para todos na quinta-feira, então tive que fazer a reserva de um dia. Sendo assim, tivemos acesso a 3 tipos de quarto que o hotel oferece: quarto superior, suíte júnior e a suíte. O quarto superior e a suíte júnior são exatamente iguais, com a diferença que a suíte júnior possui varanda e cama queen size, como descrevi anteriormente. Já a suíte é maior, tem a varanda também, duas redes, banheiro com porta (nos outros quartos, o banheiro é separado do quarto por uma parede) e cama queen size e uma cama de solteiro. Há uma mistura maior de alvenaria e madeira e inclusive móveis de madeira dentro do quarto. No entanto, percebe-se que, embora mais confortáveis, são mais antigos, mas muito bem conservados. E ficam virados para a praia mais movimentada do hotel, sem obstáculos para a vista do mar. As persianas e as portas viradas para a praia abrem por completo.
Fui até a recepção fazer a troca dos quartos pois percebi que nossas coisas já não estavam mais na suíte Caballito. Vi que nossas mochilas já estavam na recepção aguardando o novo quarto, então fui fazer o check-out do outro quarto e o check-in do novo quarto. No entanto, eles sofrem com a internet do hotel, que só pega na recepção e mesmo assim, neste dia não estava funcionando às mil maravilhas. Encaminharam-nos para a nova suíte sem conseguir fazer o check-out da antiga. Nossa nova suíte era a Cigala.
Antes de ir para o novo quarto, havia percebido que o vento havia aumentado bastante desde o final da tarde do dia anterior, o mar estava tão agitado que a água estava passando por cima dos decks do hotel. Perguntei na recepção se era comum o vento soprar tão forte e me responderam que era a época do ano. De novembro a maio, seria a época de chuvas, mas como não chove na ilha, venta quase o tempo todo. No entanto, a temperatura fica em torno dos 25° e quando não venta, 32°.
Depois do almoço, meus pais quiseram continuar cuidando da nossa filha. Fomos então para o quarto para
Vista do nosso quarto
nos organizarmos. Gosto de tirar tudo das malas. Quando terminamos, fomos encontrar com eles em uma praia que ficava em outro hotel, Gente del Mar, a 3 minutos caminhando do hotel. Já passava das 16h e nossa filha estava se divertindo muito na praia, corria para uma lado e para o outro, brincando que ia entrar na água sozinha.
Voltamos para o hotel no inicio da noite e a ventania estava cada vez mais forte. Ficamos um tempo batendo papo na varanda no nosso quarto e depois fomos jantar. Estávamos exaustos! Jantamos e fomos dormir. Com a ventania, a tampa de um dos lixos perto do nosso quarto começou a abrir e fechar, batendo ao fechar. Ainda bem que meu marido estava disposto a levantar e resolver o problema!
Dia 06/03/2016 - Oceanário
Logo depois do café da manhã, combinamos na recepção que iriamos no Oceanário aquele dia. Disseram-nos que a lancha sairia entre 11h e 11h30. 
Praia do hotel Gente del Mar
O novo quarto não tinha um chuveiro bom, mal saia água! Conversei com a camareira e ela nos disse que chamaria alguém para olhar. Fomos para a praia do hotel Gente del Mar e já no portão entre os dois hotéis, tinha um rapaz parado. Quando passamos, ele começou a puxar conversa e não parou mais. Tudo bem que estava querendo baixar a guarda, mas eles também não desconfiam, além de oferecer os serviços de canoeiro ainda disse que ficaria na praia fazendo companhia. Não era nossa intenção ficar com alguém a tira colo, sorte que depois de tempo ele acabou indo embora. Ficamos na praia até às 10h55 e voltamos para o nosso hotel. A lancha para o Oceanário saiu às 11h20 e a vista da ilha é muito bonita, principalmente a água. Há muitas casa abandonadas, inclusive uma que é enorme e que há diversas lendas a respeito dela, a principal é que era do Pablo Escobar mas, na ilha, cada uma fala uma coisa diferente.
Golfinho do Oceanário
Quando chegamos ao Oceanário, o show dos golfinhos já tinha começado. Fiquei impressionada que as gestações nunca são gemelares e só ocorrem a cada 3 ou 4 anos. Depois, fomos passear pelo Oceanário, que é pequeno mas bem organizado e vimos de tudo: tubarão, golfinhos, lagosta, cavalos do mar e até um crocodilo. A visita durou 45 minutos. antes das 13h, estávamos de volta ao hotel.
Almoçamos e para variar, tudo muito gostoso! Já estava procurando uma forma de ir Playa Blanca, uma praia muito famosa da região que fica na ilha principal do arquipélago, Baru. No hotel, disseram que
Casa no meio do mar
seria COP 400.000 para fazer um passeio pela ilha e depois ir para Playa Blanca. Na volta do Oceanário, já achamos um barqueiro que faria por COP 250.000. Deixamos com esse meio que pré-agendado para o dia seguinte, mas não demos certeza.
Fomos para o nosso quarto e quando fomos tomar banho, que desespero: tínhamos que adivinhar onde a água ia cair para conseguimos tomar banho. Duas horas depois, fui até a recepção. Pedi para voltar para a suíte caballito. Verificaram os registros e nos disseram que a Caballito não estaria disponível mas que nós seriamos transferidos para um quarto maior. Disseram-nos que se quiséssemos poderíamos ir para o quarto ao lado, a suíte Caracol, que além de ser maior e ter duas camas de solteiro e uma queen size, tinha boiler próprio e o chuveiro funcionava bem. Testei o chuveiro antes de mudarmos e pedi para o marido fazer o mesmo. De fato, o chuveiro parecia melhor e tinha mais pressão. A ilha não tem água doce, então de tempos em tempos, chega um barco carregado de água doce para suprir os reservatórios de água. Depois que mudamos de quarto, vi qual era o problema da Cigala: ela compartilha o boiler da suíte Caracol, assim a suíte Caracol tem pressão e a Cigala não.
Depois de estamos devidamente instalados, meus pais vieram para o nosso quarto e ficamos na varanda do
Nosso quarto
nosso quarto batendo papo. Quando escureceu, fomos jantar. Meu pai não estava se sentindo muito bem, então não quis jantar. Nossa filha, por algum motivo, também não estava de bom humor, fez um escândalo durante o jantar. Acho que ela estava cansada do dia. Nosso garçon particular, Jose, para variar, foi super gentil e levou batatas fritas e suco para o meu pai no quarto e ainda ficou fazendo palhaçadas para minha filha relaxar. Não adiantou muito, ela continuou bastante irritada. Minha mãe jurou que ela tinha ficado doente e já estava fazendo planos para voltarmos para Cartagena no dia seguinte. Nós fomos para o quarto e a pequena teimou um pouco mas logo dormiu e dormiu a noite inteira, o que é raro.

Dia 07/03/2016 - Dia livre

Acordamos cedo, tomamos café e fomos esperar o barqueiro com quem tínhamos conversado chegar. Ele havia nos dito que o melhor horário para ir para Playa Blanca era 9h, antes da muvuca de turistas chegar. Não sei se porque era segunda-feira, eles tinham o hábito de não trabalhar, mas foi dando 9h15, 9h30 e nada do moço aparecer. Até um dos garçons viu nós esperando e veio saber o que estava acontecendo. Dissemos a ele que tínhamos conversado com um barqueiro no dia anterior sobre um passeio para Playa Blanca mas que não tínhamos dado certeza, então estávamos esperando ele chegar para dizer que queríamos de fato fazer o passeio. O garçom ligou para o barqueiro e nada, celular desligado. Partimos então para o Plano B.
No hotel Coco Liso, eles separaram uma parte da orla para fazer uma piscina natural e meu pai adorou aquilo. Meus pais não queriam ir para o passeio em Playa Blanca então não estavam prontos para ir para a praia. Enquanto eles se arrumavam, fomos perguntar o preço do passeio de bicicleta pela ilha. Só para alugar a bicicleta era COP 35.000 a hora. Se fosse com o guia, era COP 55.000 incluindo um passeio pelos mangues da Laguna Encantada. O único problema é que não havia cadeirinha para bebê para ser colocada na bicicleta, ou seja, nada feito o passeio de bicicleta.
Minha mãe descobriu no dia que fomos fazer o mergulho e o snorkel, que se você comprar alguma coisa deles, um colar, uma pulseira, o assédio praticamente acaba. Então comprei um colar de uma banca dentro do hotel antes de ir para a praia do Coco Liso. Dito e feito, ninguém me ofereceu mais nada, queria ter sabido disso antes!
Chegamos na piscina do hotel Coco Liso e de fato era bem legal. O mar não era quente como em Los Roques, acho que devido a época do ano, mas estava muito agradável. Minha filha não curtiu: não tinha areia para a ela brincar. Tentamos levá-la a um lugar onde tinha uma praia minuscula perto de onde estávamos e dois minutos depois, já sentimos umas ferroadas: tinha uns bichinhos na areia. Tentamos brincar com ela lá, nadar, mas sem areia, nada feito para ela. Acabou ficando super irritada. Eu e o marido nadamos na piscina mas ele decidiu levá-la para a praia do hotel Gente del Mar. Eu fiquei mais um tempo com os meus pais e descobri que minha mãe não curtia praia: passou o tempo todo de baixo do guarda-sol. Disse-me depois que ela fica toda manchada do sol e fica incomodada quando fica suja de areia.
Saindo do Coco Liso, fomos atrás do meu marido e da nossa filha na praia do Gente del Mar. A praia estava cheia! Os dois estavam brincando na areia, de baixo de uma árvore, onde batia um pouco de água. Ela estava adorando! Assim que sentei com eles, um garçom do hotel veio até nós e disse que para ficar ali, teríamos que consumir pelo menos COP 15.000 por pessoa. Meu pai já levantou e chamou minha mãe para ir embora. Como já era perto do almoço, ela não pestanejou. Já meu marido preferiu ficar e eu fiquei com eles: ela estava adorando brincar lá! Ficamos mais uma meia hora e garçom nenhum apareceu. Quando decidimos ir embora, fiquei olhando para ver se alguém vinha nos cobrar para podermos pagar mesmo não consumindo nada e não havia simplesmente ninguém a vista dos olhos para receber. Decidimos ir embora então.
Almoçamos e decidimos fazer um passeio pela ilha depois da “ciesta”. A pequena dormiu logo depois que tomamos banho. O marido seguiu o mesmo rumo e eu passei esse tempo assistindo tv. No final da tarde, depois que todos estavam acordados, fomos procurar meus pais. Batemos na porta do quarto e ninguém respondeu. Consegui olhar pelas frestas da janela e não tinha ninguém.
Mapa da ilha
Decidimos então ir andar pela ilha sem eles. Meu marido até ficou preocupado, se eles iam ficar chateados, mas eu disse a ele que eles provavelmente estavam fazendo o mesmo que nós íamos fazer. Saímos andando pelos caminhos. Há mapas em alguns pontos e descobrimos que a ilha não é nenhum pouco deserta: já havia uma vendinha na saída do hotel! Caminhamos, seguindo a trilha, até chegar no vilarejo que fica na ilha. Foi, mais ou menos, uns 40 minutos de caminhada. Na volta, o marido sismou que queria ver o pôr do sol. Pra quê: tivemos que voltar correndo para o hotel! Acho que não demoramos 20 minutos para chegar lá! Carregando um bebê de 12kg, foi uma maratona! Mas, mesmo assim, não deu tempo, chegamos no hotel e o sol já tinha se posto.
Fomos para o quarto dos meus pais e eles já tinham chegado. Perguntamos onde eles estavam e adivinhem: tinham ido andar pela ilha também. Só que, como eles arranjaram um guia no meio do caminho, tinham ido a tal casa do Pablo Escobar, entraram e olharam tudo lá por dentro. Minha mãe, dada a arquiteta, disse que não tinha cara nenhuma de ser hotel como nos disseram os garçons. Segundo ela, parecia uma casa que foram construindo “puxandinhos” a medida que foram precisando. Eles ficaram super preocupados de nós termos ficado chateados de eles terem ido e nós não, até queriam voltar lá no dia seguinte. Eu disse que era bobagem, se eles tinha gostado, era o que importava.
Jantamos e resolvemos ir a Laguna Encantada. Era nossa última noite lá, então nossa última oportunidade de ver a água brilhando. Dessa vez, tinha muita gente lá, uma 6 pessoas, pelo menos. E além de nós do hotel, havia também um segurança mais um quatro pessoas. Estava até difícil de circular no deck (que eu juro que tomba para frente quando agachamos para mexer na água! (rs)). Dois que estavam lá pularam dentro da água. Nada de água brilhar! Ficamos um tempo esperando para ver se acontecia alguma coisa onde eles estavam nadando, mas dava facilmente para confundir o brilho que estava aparecendo com a movimentação da areia no fundo da lagoa. Em um canto interno do deck, o segurança no mostrou que era mais evidente e, de fato, ao passar um galho mais no fundo era possível ver, bem discretamente, o rastro do galho brilhando. Infelizmente, não atingiu as minhas expectativas.

Dia 08/03/2016 - Dia de dar adeus ao paraíso

Levantamos e fomos arrumar as malas. Sensação total de final de festa! Tomamos café e procurei a recepção para acertarmos os últimos detalhes do nosso retorno para Cartagena.
Lembro que quando fiz as reservas do barco Cartagena - Isla del Rosário - Cartagena, dizia que o barco sairia às 16h, mas procurei a recepção para confirmar, e descobri, por causa do vento, que sairia às 14h30. Então combinamos que liberaríamos o quarto 12h mas faríamos o check-out só depois do almoço, para incluir este valor no total final do check-out.
Quando saímos do café da manhã, encontramos o barqueiro que esperamos no dia anterior. Ele veio todo feliz dizendo que estava disponível. Quando eu disse que iriamos embora aquele dia e que meu marido não queria sair da ilha, ele desanimou na hora: paciência, ele não apareceu no dia anterior e eu fiquei sem ir a Playa Blanca. Nós dois saímos perdendo!
O marido queria procurar outra praia com uma faixa maior de areia e saímos andando pela orla. Achei tão esquisito aquilo, tendo em vista que haviam cercas separando as propriedades, parecia que estávamos invadindo. Chegamos a uma praia que tinha uma faixa de areia larga, mas estava muito sujo, tinha até lâminas de barbear. Não quis ficar lá, então decidimos voltar para a praia do hotel.
Não estava ventando e éramos praticamente os únicos da praia. Brincamos na areia, entramos no mar e
Vista da segunda praia - a que mais fomos
peguei um pouco de sol. Até o marido que não é muito de praia, estava saudoso em ir embora. Às 10h30 voltamos para o quarto para nos arrumar e fechar as malas. Ao meio dia estávamos no restaurante e as malas, na recepção. Almoçamos com tudo que tínhamos direito e assim que terminamos, fomos fazer o check-out. A pequena estava famosa, todos sabiam o nome dela e até o Jose nos disse que poderíamos ir embora, desde que ela ficasse lá. Pelo jeito, ela conquistou todo mundo.
Caminhando pelo hotel
Para evitar que pegássemos sol na volta, o Jose nos fez uma última gentileza, perguntou ao piloto da lancha
Vista da primeira praia
qual lado que deveríamos sentar para não pegarmos sol. Reservou quatro assentos para nós. A pequena iria no colo. 

Enquanto aguardávamos na recepção, demos um remedinho para enjoo para a pequena e quando entramos no barco ela reclamou um pouco e logo depois que o barco começou a navegar, ela dormiu. O mar estava bem agitado, o barco bateu várias vezes nas ondas e algumas vezes, as batidas acabaram jogando água em nós. Antes de chegarmos ao porto, uma última emoção: um cruzeiro estava saindo do porto e o piloto da nossa lancha deixou para desviar no último momento. Jurei que íamos bater de frente. Já estava me preparando para pular da lancha quando ele desviou! (rs)
Atracamos, tiramos nossas malas e fomos procurar um taxi. Depois de quase meia hora, nada de taxi, todos desviavam na esquina antes do porto. O marido conversou com a zeladora do porto e ela chamou um taxi para nós: um picanto para 5 pessoas (além do motorista), duas mochilas grande e duas malas. Parecíamos sardinha enlatada! Mas conseguimos acomodar todos e fomos para o hotel.
Quando entramos na cidade amuralhada meus pais ficaram encantados, não com as casas mas com o movimento. Tinha muita gente na rua e as lojas estavam todas abertas. Eram 16h e quando chegamos ao hotel, NH Royal Urban, os quartos ainda não estavam prontos, então pedi para deixarmos as malas lá para podermos andar pela cidade.
O primeiro lugar que fomos foi em um Juan Valdez, uma casa de cafés colombianos famosa. Infelizmente, não conseguimos identificar aquele esplendor no café colombiano que todos diziam. Além de ser evidente que eles copiaram o estilo de negócios da Starbucks: a loja é idêntica, só mudavam as cores!
Vista noturna da Plaza de los Coches
Depois fomos andar pelas ruas, cheias de pessoas. Voltamos para o hotel e nossos quartos nos aguardavam. Colocaram-nos em quartos vizinhos, com a diferença que nosso quarto tinha uma varanda virada para a Plaza dos Coches e o do meus pais, não. Deixei o marido com a nossa filha no quarto e sai mais uma vez com a minha mãe para dar mais uma volta no comércio. Quando voltei, foi a vez do marido sair para dar uma volta.
Vista noturna da Catedral
Quando ele voltou, fomos para o Hard Rock Café que ficava a poucos metros do hotel. Levamos a pequena e assim que nos distraímos um pouco, ela conseguiu sumir. Que desespero! Daí, tivemos que revesar, um olhava ela e outro olhava a loja. Depois, subimos para o bar para conhecer. Ficamos pouco tempo e quando voltamos para o hotel, antes de ir para o quarto, fomos até o terraço para ver a vista da cidade. Em Cartagena é muito comum haver terraços pois a vista da cidade é linda. E aí, descobri o maior defeito do hotel: havia uma boate no terraço de um prédio do outro lado da rua e a música estava bem alta. Pensei que não conseguiríamos dormir a noite,  mas quando chegamos, o som da música era quase imperceptível pelo tratamento acústico do quarto, ainda bem! Reuni os pontos que nos interessavam, marquei no mapa e fiz o roteiro para o dia seguinte.

Dia 09/03/2016 - Cartagena

O quarto do hotel era muito bom, uma cama queen size, uma de solteiro, banheiro com chuveiro com boa pressão, televisão, ar condicionado, frigobar e armário. Mas nossa reserva não incluía café da manhã, então acordamos cedo e fomos para a rua. Tínhamos visto uma padaria bem interessante do outro lado da rua do Juan Valdez perto da universidade de Cartagena. Fomos para lá e os croissant estavam saindo quentinhos do forno. Uma delícia!
Catedral de Cartagena
Depois, fomos andar pela cidade. Queríamos ir à Catedral, mas ela estava em reforma. Então fomos ao Museu da Inquisição. Pagamos COP 18.000 por pessoa para entrar. Depois, passamos no Museu do Ouro, bem interessante e bem pequeno também. Depois fomos ao Museu das Esmeraldas, do lado do Museu do Ouro.  Todos estes pontos na Plaza de la Proclamación.
Plaza de la Proclamación
Para os meus pais e para mim, o croissant não caiu muito bem. E nas ruas de
Cartagena há diversas banquinhas de frutas e meus pais recorreram ao abacaxi como digestivo. Adoraram! Melhoraram quase que instantaneamente. Acabamos saindo na Plaza de la Aduana. Sacamos dinheiro por lá e depois fomos seguindo pela muralha até Plaza San Pedro de Claver. Ali perto, há o Museu de Arte Moderna, mas como os meus pais estavam conosco e não gostam muito de museu, nem cogitamos entrar.
Já estava perto do almoço e decidimos começar a andar em direção do hotel que escolhemos. Cartagena é encantadora! As casa coloridas com bancadas floridas são tão linda, parecem uma volta ao passado! Passamos pelo chique
La Gorda Gertrudis
Hotel Charleston e na Plaza de Santo Domingo tiramos foto em frente a estátua “La Gorda Gertrudis”, de Botero. Continuamos andando até chegar no Teatro Herédia. Passamos pela Plaza Fernandez de Madrid e chegamos a Plazuela de San Diego. Nessa altura do campeonato, a pequena já tinha dormido nos nossos braços. Sorte que estávamos próximos do restaurante em que íamos almoçar, El Santíssimo. Para terminar de chegar, passamos pela lateral do chiquérrimo Softel. Percebemos, só de passar pela recepção que o hotel era de alto nível.
Almoçamos e percebi, pelo mapa, que já tínhamos visto praticamente tudo na cidade murada. Comecei a
Teatro Herédia
procurar sobre o trolley que passeia nos outros bairros da cidade (http://www.colombiatrolley.com/). Vi que, segundo o mapa do trolley, deveria sair um da Plazuleta de San Diego, ou seja, a metros do restaurante.Chegamos na praça 10 minutos antes do previsto para o trolley sair e começamos a perguntar, só que ninguém que trabalhava nos locais próximos a praça já tinha visto o trolley sair de lá. Decidimos ir para a Plaza de los Coches, praça do nosso hotel, que é um ponto de saída reconhecido de passeios pela cidade. Em 15 minutos caminhando, chegamos lá. Conversamos com um ambulante e ele procurou um amigo que vendia passeios pela cidade. Queria ir de trolley pois estava quente e sabia que o trolley tinha ar condicionado.
Quando o rapaz começou a mostrar as opções, notei que ele queria nos vender o passeio de Chiva: um ônibus adaptado com bancos de madeira que é tipicamente colombiano. O passeio com as entradas era COP 58.000, já no trolley era COP 69.000. Eu insisti no trolley e ele me disse que era mais complicado, tínhamos que fazer reserva com antecedência e o trolley só passava nos lugares onde havia passageiros que tinham assentos reservados. Ele ligou para o local onde se reservava o passeio e só haviam vagas para o dia seguinte pela manhã, mas não ia ao Convento de La Popa, principal motivo pelo qual queríamos fazer o passeio.
Vista do Convento La Popa
Ele voltou a oferecer a Chiva, que saia a cada meia hora e ia nos principais pontos fora da cidade murada, inclusive ao Convento. Acabou sendo nossa única opção. Passeamos pelo bairro Bocagrande e depois ao Castilho Grande. A próxima parada foi no Convento de La Popa que tem uma vista excelente de Cartagena. Dá um pouco de medo a subida e a decida, porque a Chiva parece muito velha (além do som ser muito alto) e o Convento fica a 150 metros acima do nível do mar. Ficamos em torno de 1 hora conhecendo o local. A próxima parada no Castillho de San Felipe. Ficamos impressionados com o Forte, a genialidade que a
Castillo de San Felipe
ele foi construído deixa qualquer Forte brasileiro no chinelo. Foi um passeio de duas horas. Depois, a Chiva parou nas Bóvedas de Santa Clara, um conjunto de lojas de artesanato dentro de túneis curtos debaixo dos muros da cidade murada. Passeamos pelas lojinhas e dispensamos o tour, que a próxima parada seria na Plaza do Reloj, onde o passeio começou. Queríamos voltar para o hotel caminhando por cima da muralha.
Cartagena à noite
Andar por cima da muralha perdeu a graça logo, resolvermos voltar a andar pela cidade, muito mais divertido. Tínhamos combinado de toma um banho e sair de novo, mas quando chegamos no hotel, notei que se fossemos para o quarto, não sairíamos mais. Propus então já irmos andar de charrete, e todos aceitaram. Pegamos a charrete na frente do nosso hotel, e o condutor nos propôs dois planos: o mais simples, por COP 60.000, de quarenta minutos e um de COP 90.000 de uma hora e vinte minutos. Estávamos cansados, então optamos pelo passeio mais curto.
O passeio termina na Plaza de los Coches e estávamos famintos. Quando descemos da charrete, vimos uma pizzaria dentro da Portal de los Dulces com uma fila enorme e supomos que a pizza deveria ser muito boa. Entrei na fila com o meu pai enquanto o meu marido, minha mãe e a pequena foram comprar doces. Fomos comer tudo no nosso quarto. A pizza estava deliciosa, nossa filha adorou. Acabei voltando para comprar mais um pedaço de pizza. Nossa noite terminou aí.

Dia 10/03/2016 - Voo para Bogotá

Como já tínhamos conhecido a cidade toda no dia anterior e nosso voo para Bogotá era só a noite, hoje foi dia de andarmos sem muito compromisso. Tomamos café no Juan Valdez na Plaza de la Proclamación e
Casas tradicionais de Cartagena
saímos para andar. Logo minha mãe disse que tinha comprando umas lembrancinhas no dia anterior e queria comprar mais. Então seguimos para as Bóvedas de Santa Clara. Quando chegamos lá, entramos na loja e tivemos um susto com os preços: tudo em dólar. Questionamos a vendedora e ela nos disse que chegaria os passageiros de um cruzeiro e por esse motivo houve a remarcação dos preços, mas se nós pagássemos em pesos colombianos, os preços seriam os mesmos do dia anterior. Passamos mais ou menos uma hora lá e como estava calor, logo minha mãe pediu para irmos para o ar condicionado. Resolvemos ir para o Shopping Bocagrande, que nos disseram que era o melhor shopping da cidade.
Pagamos COP 12.000 para ir das Bóvedas de Santa Clara até o Shopping Bocagrande. Eu fiquei um pouco decepcionada, eu estava esperando um Shopping enorme e assim, ele era menor do de qualquer shopping da minha cidade. Se conhecerem Brasília, ele consegue ser menor que o Liberty Mall. Dois andares de lojas, um andar de restaurantes e um andar de Cinemas e Jogos. Como chegamos por volta de 11h, passeamos pelos dois andares de lojas e depois fomos tomar um café. Nossa filha viu a área de jogos e, embora tenha pouco mais de 2 anos, ela ficou louca para ir para lá.
Fiquei com ela lá durante um tempo e decidimos então almoçar. Havia uma casa de massas super movimentada e conseguimos pegar a última mesa. A comida estava uma delícia! Nossa pequena adorou a pizza. Como tínhamos tempo, gastamos mais de duas horas para almoçar. Quando terminamos, já passava das três horas. O shopping era pequeno mas a vista era deslumbrante: não se via a praia, só o mar.
O plano era sairmos do shopping às 16h, pegar nossas malas no hotel e irmos para o aeroporto mas, como o shopping era perto da cidade murada, não tinha necessidade de sair tão cedo do shopping. Acabamos ficando lá até às 17h. Saímos do hotel às 17h30 e às 18h chegamos no aeroporto. Como sabíamos que em Bogotá fazia frio, deixamos roupas com acesso fácil para quando chegássemos no aeroporto, trocássemos.
Depois de nos trocarmos, fomos fazer o check-in e recebemos uma péssima notícia: não tínhamos hora para embarcar! Um raio, durante uma tormenta em Bogotá, havia caído no radar que controlava o espaço aéreo do país e eles estavam tentando normalizar os pouso e decolagens, mas sem previsão. Fiquei agoniada, tinha marcado o tour em Bogotá para o dia seguinte e se passássemos a noite no aeroporto, não teríamos ânimo para fazer o tour no dia seguinte. Na tela de decolagens, era 19h30 e a previsão de decolagem do nosso voo era 20h05. Passou deste horário, a previsão pulou para 23h30. A nossa filha, que não tinha dormido durante o dia, estava tocando o terror. Correu o saguão inteiro, por duas ou três vezes pegamos ela saindo pelo portão de embarque! Às 21h, a previsão voltou para 22h30. Neste horário, finalmente conseguimos fazer a pequena dormir: que alívio!
Embarcamos por volta de 23h e chegamos em Bogotá às 00h30. Para evitar a sardinha enlatada de Cartagena, reservei com o hotel uma van para nos levar para o hotel. Demorou quase 40 minutos para chegarmos nosso hotel. Quando chegamos, vimos como o Morrison 84 era bem localizado, diversos restaurantes, bares e boates à volta. Nosso quarto era gigantesco. Uma cama king size, um sofá-cama e um banheiro com banheira. Excelente quarto, só tinha um porém: o barulho. O nosso quarto, embora fosse voltado para a rua, o barulho não era tão alto, mas se não estivéssemos tão cansados, ia incomodar.

Dia 11/03/2016 - Catedral de Sal e tour em Bogotá

Havia combinado com a empresa Explora Bogotá (http://www.explorabogota.com/) pelo whatsapp que ele chegaria no hotel às 9h. Acordamos então às 7h30 e às 8h já estávamos tomando café. Edgar, nosso guia, chegou um pouco antes da 9h, nos procurou no restaurante do nosso hotel e me avisou que, assim que terminássemos, ele estaria nos esperando na van da empresa fora do hotel.
Terminamos o café e fomos para a van. Ele sugeriu que começássemos o tour pela Catedral de Sal que ficava a 50km de Bogotá, em Zipaquirá. Demoramos 2 horas para chegar lá! O trânsito de Bogotá é assustador, comparável ao de São Paulo. Mas o tour valeu muito a pena!
Quando chegamos lá, ele nos pediu para irmos ao banheiro pois ficaríamos um tempo sem ter acesso a
Umas das estações de Cristo
banheiro. Já fizemos o pagamento do tour lá mesmo: USD 120 por pessoa (criança não paga). Ao entrar, já ficamos impressionados com o sal cobrindo as paredes da mina. Depois, passamos por uma sequência de leds que formam bandeiras de diversos países. Depois, fomos andando por cada uma das estações da Paixão de Cristo e certeza que, se não tivéssemos com um guia, não saberíamos da genialidade do arquiteto que projetou todos o detalhes. A catedral é simplesmente deslumbrante! E imaginar que consideramos não ir, não saberíamos o que estávamos perdendo. O guia nos disse que, se tivéssemos ido a Bogotá e não tivéssemos ido até lá, teríamos que voltar com certeza!
Altar da Catedral de Sal
No final da visita, há lojinhas de souvenirs e de lanches perto de um espelho que água, que devido a concentração de sal na água, formava um espelho perfeito. Era tão impressionante o reflexo que, se o guia não tivesse dito que era reflexo, eu acharia que era um buraco no chão. Depois assistimos um video mostrando toda a história da mina.
Saímos da mina já passava do 12h. Edgar, nosso guia, deu uma volta por Zipaquirá para mostrar como era a cidadezinha. Depois, mais duas horas para chegar em Bogotá! Almoçamos em um restaurante típico que o Edgar nos levou. O marido queria um restaurante chique mas como já eram quase 15h,
Peças no Museu de Ouro
íamos perder um tempo precioso. De lá, nossa primeira parada do tour foi no Museu de Ouro. Definitivamente, muito maior que o Museu de Ouro de Cartagena. Segundo o guia, há mais de 70 salas de exposições, ele nos mostrou só as salas principais, disse que teríamos que ter dias dedicados ao museu para conseguir ver tudo.
Nesta hora do dia, já estávamos debaixo de chuva e minhas esperanças para irmos a Monserrate foram por água abaixo. Estava tão nublado que nem conseguíamos ver o Convento. Já minha mãe também começou a sentir o mal
Jardim no Museu do Botero
da altitude: dor de cabeça, tontura, mal estar… Edgar nos levou em uma lanchonete perto do Museu de Ouro para tomarmos um café e, minha mãe, um chá de coca. Daqui, fomos para o Museu de Botero.
Já eram quase 18h e tinhamos que entrar no museu antes deste horário. Edgar nos deixou na porta do museu e foi estacionar o carro. O
Monalisa, de Botero
museu é bem legal, também tem muitas peças de artistas famosos como Picaso e Monet, mas 90% das obras é de Botero. Nunca imaginei que ele era vivo. Conversei com o Edgar a respeito e ele nos disse que ele estava para a China fazendo a maior exposição da vida dele.
O máximo que eu vi de Monserrate
(do Museu do Botero)
De lá, fomos para a Playa de Armas de Bogotá. Passamos em frente ao Centro Cultural Gabriel Garcia Marques. Haveria em breve um festival de teatro e as arquibancadas são montadas na frente da Catedral, ou seja, a visita ali não seria possível. O Edgar nos apresentou os outros prédios da praça, a Catedral Primada, o Palácio da Justiça e o
Caminhando pelas ruas do Centro Histórico
Congresso. Caminhamos até o Teatro Colón e no caminho vimos o Museu de Artes e o Ministério das Relações Exteriores.
Antes de voltarmos para o hotel, ainda passamos pela lanchonete “La Puerta Falsa”. Diz a história que havia uma porta na igreja que as pessoas iam a missa e fugiam durante a celebração para tomar chocolate quente lá. Fui então tomar o tão famoso chocolate quente. Tivemos a impressão de que o tal chocolate quente era
"La Puerta falsa"
feito de um chá de cacau e para engrossar, eles dão um pedaço de queijo. Edgar sugeriu picar o queijo e esperar um tempo para o queijo derreter. Sinceramente, acho que chamam o chocolate lá de melhor do mundo porque nunca tomaram um da Kopenhagen.  Lanchamos e voltamos para o hotel. Foi 1h30 para percorrer 8km, entre o centro histórico e o hotel. Estávamos exaustos e nossa noite terminou aí.

Dia 12/03/2016 - Dia livre em Bogotá

Levantamos já perto de 8h. Era nosso último dia na Colômbia e tinhamos a Zona Rosa para explorar. Cogitei a possibilidade de ir a Monserrate neste dia, mas tendo em vista que estávamos à 8km do centro da cidade (e do acesso ao Convento) e que o céu não estava aberto, existia uma possibilidade muito grande de, ao chegarmos lá, não conseguirmos ver nada, então abandonamos a ideia.
No dia anterior, quando o Edgar foi nos deixar no hotel, comentei que tinhamos visto um KFC, que o marido adora. E ele nos disse que poderiamos encontrar diversas outras lojas famosas. Sabia que a Zara e a Forever 21 eram super perto do hotel, mas quando estavamos chegando ao hotel vi a Office Depot praticamente do outro lado da rua. A Samsung ficava na esquina do hotel e pelo Google Maps também achei uma Starbucks e a Victoria Secret praticamente na mesma rua do hotel. Ou seja, estava louca para ir andar! Deixamos meus pais no hotel e combinamos encontrar com eles mais tarde para almoçar.
Nossa primeira parada foi a Office Depot, os preços da papelaria era bem parecidos com o do Brasil, aliás, os preços da Colômbia como um todo são muito parecidos com os preços do Brasil, claro, ao dividir tudo por 1000. Depois fomos para o Hard Rock Café de Bogotá, no pequeno Centro Comercial Atlantis e comprei mais uma camiseta para a minha coleção, sempre compro uma quando tenho a oportunidade de ir ao Hard Rock Café. Também fomos a Farmatodo, indicada pelo Edgar para comprar remédios importados. Não achamos nada de excepcional mas vi que tem diversos remédios que o pediatra da pequena já passou para ela e que há, com o mesmo nome, nas farmácias de Bogotá.
Caminhando pela mesma rua do Centro Comercial Atlantis, passamos pelo Andrés DC e decidimos almoçar lá mais tarde. Ao lado do Andrés há o El Retiro Centro Comercial. Tão pequeno quanto o Centro Comercial Atlantis mas com diversas lojas de grife. Além disso, há uma lanchonete do Andrés. Perguntamos se tínhamos acesso dali para o restaurante e o garçom disse que não, que tínhamos que sair do shopping para ter acesso ao restaurante.
Ao sair pelo outro lado do El Retiro Centro Comercial e atravessar a rua, estávamos na entrada do Centro Comercial Andino. Pelo tamanho, acreditei que finalmente iria em um shopping grande na Colômbia. De fato, o shopping é bem grande só que a configuração é bem diferente dos shoppings no Brasil. Aqui, há uma Praça Central e alas saindo desta praça, além do pé direito ser duplo. Na Colômbia, além do pé direito ser simples, o shopping parece ser um labirinto, há alas sem saída e nem sempre se há uma ala em um andar, ela vai existir no andar seguinte. A impressão que deu é que ele era um shopping pequeno e foram construindo “puxadinhos” e ele acabou todo desorganizado. O único espaço arejado do shopping era o último andar. Ele possui diversas lojas de grife.
Encontramos com os meus pais no shopping e fomos para o Andrés DC. O restaurante ocupa um prédio de 5 andares. Ao chegarmos, a recepcionista colocou pulseiras no meu braço e no braço da minha filha e me disse que ela só poderia sair comigo. Depois nos indicou que nossa mesa estaria no 3 andar do prédio. O restaurante é bem temático e o carro chefe são as carnes. Eles possuem tantas opções que o cardápio  tem quase 50 páginas. Só achei difícil entender como pedia porque o cardápio é muito colorido e é muita informação para absorver. Quando finalmente consegui escolher alguma coisa para mim e para a pequena, descobri que havia atividades para os pequeno no andar de cima e como nossa filha tem 2,5 anos, alguém da mesa teria que ficar com ela lá. também demorei a entender como funcionava as atividades, pois elas não eram de graça: pagava-se COP 3.000 e eram entregues 3 corações. Cada vez que a criança resolvia mudar de atividade, um coração ia embora. A pequena ganhou um avental e foi direto brincar com tinta guache. Lá pelas tantas, resolveu pintar e la se foi outro coração embora. Revesei com o marido e fui sentar com os meus pais. Logo, logo, o marido chegou na mesa com a pequena aos prantos. Tinham desmontado a atividade que ela estava fazendo e as outras que montaram eram para crianças maiores.
Quando nossos pratos chegaram, perguntei sobre a pizza que tinha pedido para a pequena. A garçonete questionou se tínhamos montado a pizza e se ela já estava no forno. Eu custei a entender. Realmente tinha passado por uma oficina de pizzas e perguntei se ela podia participar. A professora me disse que era para crianças maiores, de 5 anos para cima, então nem dei atenção, mas daí o almoço da minha filha depender da montagem da pizza na oficina é outra história: eles tinham que ter no mínimo avisado quando fizemos o pedido. A garçonete ficou sem graça quando eu disse que ninguém tinha nos avisado nada. Ela me disse que ainda demoraria uns 30 minutos para a pizza ficar pronta. Nessa altura do campeonato, a pequena estava irritada por causa da brincadeira que tinha acabado e com fome. Imagina os gritos de choro dela! Além disso, os pedidos que fizemos não vieram completos: eles não anotam os pedidos e os fazem de cor à cozinha. Como o restaurante estava cheio e a garçonete que estava nos atendendo também estava atendendo diversa mesas, ela acabou esquecendo dos acompanhamentos que pedimos. Pelo menos ela não cobrou. Como a pequena estava muito irritada, ficamos agoniados com o escândalo que ela estava fazendo. Pedimos para a pizza ser embalada para viagem, dispensamos o café e já pedimos a conta.
Deixei o marido ir embora com a pequena (que já dava sinais de sono) para o hotel e fui para a Zara (que ficava em frente ao restaurante) com a minha mãe. Fiquei impressionada com a qualidade das roupas da liquidação. A Zara lá tem 4 andares, no primeiro são as roupas em liquidação, o que não é só uma arara, e os outros andares são roupas de crianças e de adultos. Perto dali, fomos à Forever 21. Também com 4 andares mas só possuía roupas femininas adultas. Consegui achar um vestido que me agradou por R$ 23.
Voltamos para o hotel e foi a vez do marido sair. A pequena adora banhos de banheira e como ela estava lá se divertindo, relaxou. Logo depois que o marido saiu, a pequena dormiu e eu fui assistir um pouco de tv. Notei que as propagandas que passam no Brasil da Open English e do Trivago são exatamente iguais às que passam na Colômbia, com a diferença do ator colombiano.
Uma hora depois o marido voltou e decidi sair de novo. Queria conhecer o supermercado no final da rua do hotel, voltar a Zara e comprar algumas blusas que tinha gostado, tomar um café na Starbucks e ir Lilly & Pink, uma loja de lingerie que gostei muito em Cartagena e tinha visto uma bem próxima ao hotel. Comecei pela Zara e adivinha quem eu encontrei lá: meus pais. Minha mãe viu um sobretudo que ela adorou e meu pai, por incrível que pareça, deu a maior força para ela comprar (meu pai é super mão fechada!). Comprei as roupas que eu queria e deixei me despedi deles. Próxima parada: Starbucks. Ia tomar um frapuccino mas como estava chovendo, resolvi tomar um chocolate quente. Depois fui atrás da Lilly & Pink. Jurava que era na rua de cima do nosso hotel, mas percorri a rua onde achava que era a loja e não achei. Então fui para o supermercado. Se tivessem me dito que era um Pão de Açúcar, certeza que eu ia confundir. É muito parecido, até nos preços, as marcas são praticamente as mesmas. A única diferença que eu vi, e que se parece muito com os EUA, é que os medicamentos que não precisam de receita, ficam disponíveis nas prateleiras do supermercado.
Como não achei a Lilly & Pink na rua que eu procurei, voltei para o hotel e fui procurar no Google Maps. Descobri que ela ficava na transvessal do hotel e não na rua paralela onde eu procurei. Quando cheguei lá, a loja de Cartagena era bem maior e com mais opções. Dei uma voltinha na loja e voltei para o hotel.
Meus pais apareceram no final da noite para bater papo. Juntamos todas as notinhas que tínhamos para tentar estornar o IVA para nossos cartões de crédito. O dia seguinte era dia de voltar para casa.

Dia 13/03/2016 - Volta para casa

Acordei cedo e arrumei nossas malas. Como nosso voo para São Paulo saia às 11h45, decidimos sair do hotel às 9h. Tomamos café, fechamos as malas, fizemos o check-out e fomos para o aeroporto. Acho que pelo horário e por ser domingo, cobraram um preço bem menor do que no dia que chegamos: COP 38.000 versus COP 75.000 da ida para o hotel.
Chegamos no aeroporto às 9h30 e a fila do check-in estava gigantesca. Demorou quase uma hora para chegar na nossa vez. Quando chegamos lá, descobri que eles estavam passando na frente os passageiros dos voos que saiam mais cedo que o nosso. Ainda bem que eles se preocupam com isso, mas é preocupante ficar numa fila que não anda.
Depois do check-in, fomos passar na devolução do IVA. Tinha que ter sido feito antes do check-in pois eles cobram os produtos comprados. A devolução só ocorre se os produtos tiverem sido comprados no cartão, a soma das notas for acima de COP 200.000 e o titular do cartão estiver presente e o valor é intransferível. Ou seja, como não tínhamos os produtos comprados, nada de devolução.
Fomos para a sala de embarque e logo nos chamaram para embarcar. Demos o remedinho de enjoo para a pequena e ela dormiu logo depois da decolagem. Ela acordou no meio do voo, mas como a seleção de desenhos infantis era muito boa, ela ficou quietinha até chegarmos em São Paulo, chegou a receber elogios.
Como sobrou dólares, o marido foi bonzinho e me deu USD 150 para gastar com o que eu quisesse no Duty Free. Comprei algumas maquiagens na MAC, uns docinhos para a pequena e eu, meu pai e a pequena ficamos esperando minha mãe e o marido sairem do Duty Free. Depois de meia hora esperando e faltando menos de uma hora para nosso embarque para Brasília, desesperei. Ainda tinhamos que reembarcar as malas e ainda fazer o check-in dos meus pais. Fui para dentro do Duty Free e por sorte, os dois já estavam no caixa. Como dentro do avião, tinham informado que desembarcariamos no Terminal 3 de Guarulhos e que o procedimento de reembarque demoraria 1h30, passei correndo pela alfândega (ainda bem que não nos pararam). Foi um alívio quando vi que estavamos, na realidade, em frente ao Terminal 2 e praticamente em frente ao local onde embarcariamos a bagagem. Despachamos tudos e saimos correndo para o check-in da Tam.
Quando chegamos lá, conversei com a atendente da fila e ela foi super gentil e, entendendo a minha aflição, imprimiu as passagens dos meus pais sem nem entrarmos na fila. Saimos correndo para a sala de embarque e quando chegamos, a sala estava lotada, simplesmente não tinha lugar para sentar. Já havia uma fila embarcando e eu jurei que era para o nosso voo mas, por sorte, era de outro voo. Minutos depois que essa fila terminou, nos chamaram para o embarque. Foi por pouco!

Chegamos em Brasília já perto das 00h. Como eu fico muito aflita durante os voos, não consigo comer nada, então imagina a fome que eu estava! Enquanto terminavam de pegar as malas, eu fui correndo a praça de alimentação e consegui pegar o Subway aberto. Pagamos R$ 160 de estacionamento pelos 10 dias, achei um preço justo. Do aeroporto, deixamos meus pais em casa e fomos para casa. Nossa viagem terminou aí.

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