04/02/2009 – Veneza
Chegamos a Mestre às 0h. Compramos um ticket de ônibus por 3 euros cada um para Veneza que parou do lado da estação ferroviária Santa Luzia. O hotel era do lado da estação.
05/02/2009 – Veneza
Durante a noite, escutamos uma sirene tocando. Não entendemos o por quê e só descobrimos dois dias depois. O café da manhã no hotel de Veneza era espetacular. Fora que o hotel ficava do lado do Grande Canal, tomávamos café olhando as lanchas passando. Saímos do hotel por volta de 11h e fomos andar pela cidade. Notamos plataformas pelas ruas, mas como era época de Carnaval, achamos que as pessoas desfilariam por lá.
Vista da Ponte do Rialto |
Veneza é um labirinto. Sem mapa é impossível não se perder lá. Mas é muito interessante andar por uma cidade que você não tem que se preocupar com os carros. E na época que fomos não sentimos nenhum mau cheiro. Caminhamos desde o hotel até a ponte do Rialto. Admiramos os prédios e o passeio. Voltamos para o hotel e nos arrumamos para jantar no Hard Rock Café Veneza. No final, começou a chover e não passava nenhum Vaporetto (o ônibus que navega pelo Grande Canal) para nos levar até lá. Desistimos e jantamos em um restaurante italiano perto da ferroviária. A comida estava ótima. Depois, voltamos para o hotel.
06/02/2009 – Veneza
O hotel oferecia uma ida a Murano de graça. A volta era por nossa conta. Levaram-nos a uma vidraçaria que fazia lustres e outras peças em vidros. Muito legal e da forma que tudo é feito, mas os preços eram absurdos. Saímos de lá e fomos andar pela cidade. Quase 90% das lojas vendiam as peças que eram produzidas lá. Também tomamos lá, o melhor chocolate quente que já bebemos, num bar que não dávamos nada por ele. Por volta de 14h voltamos para Veneza e caminhamos até a praça de São Marco. Visitamos a Basílica de São Marco e ela é espetacular: o teto é um mosaico formado por pequenas plaquinhas de ouro. Imperdível! Começou a chover torrencialmente e então decidimos parar em um café na praça de São Marco perto da margem. Tinha uma pessoa tocando piano e achamos que seria legal tomar um café lá. Quando abrimos o cardápio um café expresso custava 15 euros. Desistimos! Esperamos a chuva passar, voltamos para o hotel, lavamos as roupas em uma lavanderia e depois procuramos uma lan house para nos comunicar com o mundo. Foi quando saímos da lan house que vimos os primeiro sinais de alagamento da cidade. Veneza não está afundando, é o nível do mar que está subindo.
07/02/2009 – Veneza/Verona/Veneza
Tomamos café e fomos bem cedinho para Verona. A passagem na primeira classe custou 11 euros para cada um ida e volta. A viagem de Verona a Veneza é de 1h30 sem paradas. Chegamos em Verona as 9h30. Lá nós visitamos:
- Basilica de San Zeno: estava em restauração. Não tinha muita coisa para ver, pois praticamente todas as obras haviam sido retiradas por causa da reforma. Foi aqui que compramos o Verona Card (site: www.comune.verona.it/turismo/veronacard.htm) por 10 euros por pessoa.
Vista do Castelvecchio |
- Castelvecchio: um castelo antigo transformado em museu. Bem interessante e muito bem cuidado.
Piazza delle Erbe |
- Coliseu de Verona: parece um mini-coliseu de Roma. Bem interessante.
- Piazza dele Erbe: um estilo de praça bem comum na Europa, com cafés, artistas trabalhando e chafarizes. A beleza desta praça está nos afrescos pintados nas paredes.
Casa de Giulietta |
- Casa de Giulietta: imperdível! Chega a ser chato, de tanta gente que visita, pois fica difícil tirar fotos com a estátua da Giulietta. A casa é gigantesca mas por fora não se tem a mesma impressão. Há também a sacada, que pelo que dizem, era onde Giulietta ficava escutando as juras de amor do Romeu. Há uma lojinha de souvernirs lá.
- Museo Arqueológico Teatro Romano: eu não quis entrar, estava exausta e estava chovendo muito. Então sentei na entrada enquanto o meu marido foi visitar. Ele adorou!
- Túmulo de Giulietta: há um busto de Shakespeare e cenas da história de Romeu e Giulietta. Há a cripta dos Capuleto e uma tumba que supostamente, seria a de Giulietta. Conforme contam em Verona, a história realmente existiu. A história foi contada a Shakespeare por um soldado italiano. Shakespeare a melhorou e criou o sucesso.
Chegamos à estação às 20h e quando fomos validar o ticket, a moça nos disse que tinha um trem saindo às 20h05 e que se corrêssemos conseguiríamos pegar o trem. Quando entramos no trem, descobrimos que ele não tinha primeira classe (como constava no nosso cartão) e ele demorou no mínimo 3 horas para voltar para Veneza porque ele parou em todas as estações entre Verona e Veneza. Chegamos a Veneza às 23h.
08/02/2009 – Veneza/Florença
Hoje tínhamos que andar de gondola de qualquer jeito. Quando fomos tomar o café da manhã, tivemos um susto: a maré estava alta e a água já estava quase passando das proteções de metal nas portas de vidro do hotel. As proteções, que são comuns em Veneza, medem por volta de 60 cm de altura. Mesmo com a inundação, fomos para a rua procurar uma Gondola. No caminho entre o hotel até a Piazza São Marco, descobri o porquê da sirene durante a noite do primeiro dia e as plataformas: eles sabem quando a maré está subindo e avisam ligando a sirene e as plataformas são postas nos lugares críticos para as pessoas andarem. Durante o percurso, o meu marido teve que me carregar nas costas por diversas vezes, pois, como eu estava de tênis e ele de bota impermeável, ele estava em vantagem. Mas também vimos que os italianos já estavam preparados para essa situação: eles vendiam botas de plástico mole para os turistas caminharem na água. Só que eu não achei onde comprar e quando chegamos à Piazza São Marco, ela estava debaixo de 60 cm de água. Ficamos mais de meia hora parados em cima da plataforma na praça até que a polícia colocou mais plataformas que faziam o caminho entre o início da praça até a beira do mar. Conversamos com um gondoleiro e ele nos disse que a maré baixaria em 2 horas e que naquele momento não poderíamos andar de gondola porque as gondolas não passariam por baixo das pontes. Enquanto as duas horas passavam, ficamos observando a maré baixando e o comportamento dos outros turistas. Os orientais, por exemplo, tiravam 4 ou 5 fotos da mesma pessoa em frente a Ponte do Suspiro. A Ponte do Suspiro ligava a cadeia à execução e era a última vez que o condenado via a luz do sol. Depois de duas horas, a maré baixou consideravelmente. Pagamos 80 euros para andar de gondola e mesmo assim, às vezes tínhamos que nos posicionar dentro da gondola de forma que ela tombasse ligeiramente e passasse por baixo das pontes. Foi também, bastante esclarecedor: o meu marido perguntou ao gondoleiro porque as casas não eram reformadas. Ele nos disse que a burocracia para a reforma era muito grande e o governo italiano não ajuda financeiramente os moradores na reforma. Dessa forma, a cidade vai ficando cada vez mais velha e sem manutenção, pois era totalmente inviável para os moradores. Além disso, nos contou que a quantidade de gondoleiros não podia aumentar, era um cargo passado de pai para filho. Terminado o passeio que durou quase 1 hora, corremos para o hotel, fizemos o check-out e fomos para a ferroviária. Na Itália, a primeira classe não tem refeição e tivemos que pagar pelo lanche. Chegamos a Florença por volta de 16h. O bilhete até o hotel custou 1.20 euros (site: http://www.ataf.net/). Deixamos nossas coisas no hotel e saímos para jantar.
09/02/2010 – Florença
Santa Maria del Fiore |
Do local onde nos hospedamos até o centro, onde estavam todos os lugares de visitações, era uma caminhada de 15 minutos. Nem sentimos a necessidade de pegar ônibus. No entanto, era segunda-feira e quase todos os museus estavam fechados. Nossa primeira parada foi a Igreja de Santa Maria Del Fiore, bem diferente de todas as igrejas que havíamos visto até agora. Ela é muito bonita e tem uma arquitetura e uma pintura (ambas externas) bem geométrica, sem os enfeites do renascentismo. As pinturas do Duomo fazem referência ao céu. Pode-se subir tanto no Duomo quanto no Campanário.
Vista do Duomo |
Subimos no Duomo e foi a primeira vez que vimos o sol na Europa. A vista da cidade de lá é linda! Mas também é bastante disputada e a subida é feita por escadas. Descemos visitamos o Museu dell’Opera del Duomo (site: http://www.operaduomo.firenze.it/) que fica do outro lado da rua. Lá existem várias obras que foram retiradas da igreja. Em frente a igreja, há um Batistério com as portas douradas que ilustram várias cenas da Bíblia.
Vista da Piazza Michelangelo |
Almoçamos em um restaurante perto da igreja. O meu marido adorou o vinho e fiquei espantada, pois na Itália a pizza grande é individual.
Vista da Piazza Michelangelo |
Caminhamos pela cidade e vi no alto do morro, uma praça. Então, fomos caminhando para lá. Como em fevereiro, escurece às 17h, chegamos quase no pôr do sol. Tirei fotos maravilhosas de Florença. Lá é a Piazza Michelangelo, há uma copia do Davi de Michelangelo lá. Ficamos até o sol se pôr, tiramos várias fotos do Davi ao luar e voltamos para o hotel.
10/02/2009 – Florença
Começamos o dia visitando a Igreja Santa Croce. Lá há diversos túmulos, inclusive o de Dante Aliguiere, e também um museu com várias pinturas. Tudo muito bonito! Há também uma estátua dele em frente a igreja. Depois, fomos a Galeria de L’Academia para finalmente ver o Davi de Michelangelo. A estátua é gigantesca e a impressão que se tinha é que a galeria foi construída em volta dele. Ele era a peça mais importante, havia outras peças de Michelangelo expostas lá, mas ele era a causava maior tumulto. Não era permitido tirar fotos. Havia também uma maquete eletrônica dele. Espetacular! Pagamos para entrar 6.50 euros por pessoa. Daqui almoçamos e depois visitamos o Palazzo Medici Riccarddi com esculturas de Rafael, Michaelangelo e Donatello. Depois fomos andando pela cidade, até o Museu dell’Uffizi. O museu é muito grande e rendeu umas 3 horas de visitação e a entrada custou 6.50 euros por pessoa. Já na entrada havia estátuas de vários mestres da cultura como Dante Aliguieri, Shakespeare, Botticelli, Leonardo Da Vinci e outros. As galerias do museu são espetaculares, com o teto pintado com obras de arte. Vimos aqui “O Nascimento da Vênus” e “A Primavera” ambos de Botticelli. Infelizmente não pudemos tirar fotos das obras, o que é muito justo, afinal, são obras seculares e o flash das máquinas oxida as pinturas. Depois fomos a Ponte Vecchio, cheia de lojas de jóias. Quando estávamos voltando, passamos no Mercado Central que fica na Piazza della República. Mas o que me interessou mesmo foi a liquidação de uma loja da Guess, do outro lado da rua, onde eu comprei uma bolsa lindíssima por apenas 70 euros. Acho que neste dia eu cheguei à exaustão. Fomos a um centro turístico nos informar sobre um museu de Leonardo da Vinci. Confesso que italiano não é meu forte, mas o meu marido (bisneto de italiana) dominou a língua sem muito esforço. A moça estava conversando em espanhol e eu, provavelmente com estafa mental, não estava entendendo absolutamente nada do que ela estava falando, e olha que espanhol, depois de algumas viagens para a América Latina e um ano e meio de estudo, é quase português para mim. Estava louca para sentar um pouco e tomar um chocolate quente, entramos no primeiro café que achamos e pedimos um café e um chocolate quente, quando veio a conta, ficamos pasmos: 15 euros no auge da crise economia, 45 reais!!! Paciência, já tínhamos pedido, tivemos é que aproveitar.
11/02/2009 – Florença/Roma
Tomamos café e saímos cedo para ir ao museu de Leonardo Da Vinci (site: http://www.mostredileonardo.com/) indicado pelo pessoal das informações turísticas. Depois da visita, voltamos para o hotel, fizemos o check-out e fomos para a ferroviária. Como, de Veneza a Florença, parecia que a 2ª classe era praticamente igual a 1ª classe, compramos as passagens na 2ª classe. A diferença era algo em torno de 10 euros para cada um. Se arrependimento matasse, tinha morrido na hora que entrei no trem. Estava lotado, não tinha lugar para colocar as malas e para completar, tinham pessoas sentadas nos nossos lugares. Foi uma confusão para podermos sentar. A viagem durou umas 3 horas e chegamos a Roma por volta de 16h. Pegamos um taxi até o hotel, algo em torno de 20 euros. Deixamos nossas coisas e comemos uma pizza (que estava uma delícia) na padaria perto do hotel. Achamos interessante que a pizza era quadrada e cortada com uma tesoura. Depois do lanche, voltamos para o hotel.
12/02/3009 – Roma
Fontana di Trevi |
Primeiro dia em Roma e aniversário do meu marido. Entramos na primeira banca de revista que achamos e compramos um bilhete chamado Metrebus por 16 euros cada um. Ele nos permitiu acesso a todos os meios de transporte de Roma por 4 dias. Neste dia, visitamos:
- Fontana di Trevi: lotada de turistas tirando foto, mas vale muito a pena, ela é deslumbrante! E melhor, estava fazendo sol!
Piazza de la Rotonda |
- Almoço na Piazza De La Rotonda: senti-me em um filme, pois almoçamos ao ar livre, nas mesas que estavam na praça ao som de um violinista tocando. Foi maravilhoso!
- Piazza Navona: é onde fica a embaixada do Brasil. É uma típica praça europeia em tamanho grande: obeliscos, esculturas magníficas, chafarizes, cafés e artistas trabalhando. Vale muitíssimo a pena!
Vista do Duomo |
- Basílica de São Pedro – Vaticano: logo que chegamos, descobrimos que poderíamos subir no Duomo da Basílica. Era algo em torno de 10 euros para subir até o patamar onde ficam as estátuas da fachada e depois terminar de subir a pé ou então 8 euros para subir tudo a pé. Decidimos subir tudo a pé por causa da fila do elevador que estava monstruosa e já eram mais de 16h30. A Basílica fechava às 18h. Foram 550 degraus e foi ótimo: tiramos ótimas fotos de Roma e do Vaticano.
Pietá, de Michelangelo |
Queria visitar o túmulo do Papa João Paulo II, mas quando descemos, fomos informados que as tumbas já tinham sido fechadas. Então fomos visitar a Basílica. Fiquei deslumbrada, nunca tinha visto algo tão opulento na minha vida. Fiquei totalmente sem palavras e até um pouco emocionada, afinal, ali era a sede da minha religião. Tiramos várias fotos da Pietá de Michelangelo. Ela fica logo na entrada da Basílica de São Pedro, a direita.
Encontramos uma lan house e descobrimos um site do governo de Roma (site: http://www.atac.roma.it/) onde você coloca o lugar onde está e para onde quer ir e ele te informa a melhor forma de chegar lá. Pegamos um tram em uma praça perto do Vaticano e fomos parar a poucas quadras do hotel.
Vou ser muito sincera: não gostei da estrutura turística de Roma! O metrô em Roma tem duas linhas, que se cruzam embaixo da ferroviária. Ou seja, a única forma de se locomover em Roma é de ônibus ou se você tiver a sorte do metrô ou do tram passar perto do seu hotel e perto do lugar para onde você quer ir. Não sei se isso mudou, mas quando nós fomos o transporte foi um ponto crítico. A única vantagem que vi nos ônibus era que as paradas tinham nomes, o que ajuda muito quando você não conhece a cidade, mas sabe o nome da parada onde deve descer.
13/02/2009 – Roma
Começamos o dia na Escadaria Espanhola. Andando pela Via Sistina, o meu marido achou uns óculos da Ray Ban que ele adorou. Mas deixou para comprar depois e sabe o que aconteceu: ele nunca mais achou os óculos que ele viu lá, mesmo depois em outras viagens. E o preço estava bastante razoável para óculos da Ray Ban. Ou seja, esse é um conselho para vida inteira: se você gostar de alguma coisa e preço estiver razoável, compre! Não deixe para depois. Eu não aprendi com ele e vivo tendo problemas com isso.
Piazza Veneza |
Da Escadaria Espanhola fomos a Villa Bourguese e ficamos um bom tempo passeando por lá. Queriamos ir a Galleria Bourguese, mas estava fechada. Na época, rezava a lenda que a estátua da Loba com Rômulo e Remo estava lá. Mas não conseguimos entrar. É possível descer da Villa Bourguese na Piazza del Popolo, inicio da Via Del Corso. A Via Del Corso tem lojas em toda a sua extensão e os preços italianos são mais acessíveis que os parisienses e londrinos.
Depois, almoçamos em um restaurante em um dos becos e comi umas brusquettas deliciosas (pedaços de pão coberto com tomate, azeite e manjericão).
Boca de La Veritá |
Depois fomos até a Piazza Veneza e visitamos o museu que fica dentro do edifício. Tiramos fotos das ruinas que podíamos ver de fora do Palatino e depois fomos procurar a Boca de La Veritá. Enfrentamos uma fila gigante para tirar fotos. Ela fica em uma igreja na Piazza De La Veritá. Depois, voltamos para a Via Del Corso. A Via Condotti fica paralela a Via Del Corso e o final dela é a Escadaria Espanhola. Lá há lojas de quase todas as marcas famosas. É como se fosse a “Champs-Elysées” italiana. No final do dia, voltamos para o hotel.
14/02/2010 – Roma
Dia de conhecer o Palatino e o Coliseu. Como era Dia dos Namorados, ganhamos uma das entradas de graça. A entrada custou 12 euros. Alugamos o audio-guide e passamos a manhã inteira dentro do Palatino. Fiquei meio decepcionada com o audio-guide e a organização do Palatino, porque tínhamos um mapa e mesmo assim, não conseguíamos identificar o local onde estávamos em relação ao mapa e ao que o audio-guide dizia. No final, demoramos quase 4 horas no Palatino por uma visita que deveria ter durado 2h30.
Coliseu |
Saímos, almoçamos correndo e fomos para o Coliseu. Nosso ticket já dava direito a entrar no Coliseu, mas a fila estava monstruosa. Então, de repente, um rapaz veio nos perguntar se não gostaríamos de fazer a visita guiada: seriam 8 euros por pessoa e não precisaríamos pegar a fila. Pagamos sem contestar. Enquanto estávamos aguardando para entrar, vimos uma cena insólita: um rapaz com a esposa e o bebê tirando fotos do Coliseu e tirou uma foto dos homens que ficam vestidos de soldados romanos por lá. Só que o italiano viu e veio cobrar pela foto. O rapaz tentou se explicar, apagou a foto, mas não adiantou. No final, rolou até briga e o soldado romano (um senhor de idade) acabou se ferindo. A polícia só foi aparecer uns 10 minutos depois.
Dentro do Coliseu |
Os senhores, normalmente deficientes, que ficam na frente do Coliseu vestidos de soldados romanos para tirar fotos com os turistas são uma iniciativa do governo romano para inserir novamente no mercado de trabalho essas pessoas que não conseguem emprego.
A visita guiada foi ótima. Mas como a visita terminou às 16h30, só tivemos 30 minutos para tirar fotos dentro do Coliseu, pois ele fechava às 17h. Mas foi excelente!
À noite, tínhamos um monte de roupas para lavar e tivemos que colocar tudo em uma sacola dobrável e ir para a ferroviária, pois a maioria das lavanderias estão por lá. O legal é que enquanto as roupas estavam na máquina, pudemos acessar a internet, pois tinha uma lan house dentro da lavanderia. A secadora esquentou tanto que varias roupas tiveram os plásticos contorcidos.
15/02/2009 – Roma/Nápoles/Pompéia/Roma
No dia anterior, na lavanderia, olhamos os preços do passeio para Pompéia. Se fossemos comprar a passagem de trem, custava 90 euros por pessoa. Caríssimo! Fomos ver no hotel e o passeio com o almoço incluso, custava 100 euros por pessoa, e a empresa de turismo do hotel ainda nos buscava e nos deixava no hotel. Foi ótimo!
Estátua em gesso de uma pessoa soterrada nas cinzas do Vulcão Vesúvio |
Saímos cedinho do hotel e chegamos a Nápoles por volta de 11h. Durante a viagem pudemos ver as fazendas de vento no alto das montanhas, a ilha de Capri, e tiramos várias fotos do Vesúvio. Fizemos um pequeno city tour pela cidade a pé e depois fomos almoçar. O meu marido ficou louco quando viu que o vinho servido era “Lacryma de Criti del Vesuvio”. Como eu não entendo nada de vinho, nem dei muita atenção. Mas tive que tirar várias fotos dele com a garrafa. O almoço foi muito bom e logo depois fomos para Pompéia. Passeamos pela cidade toda, visitamos ruinas e casas que ainda conservavam os afrescos da época. Vimos como eram as padarias, os banheiros públicos, as ruas da época e os ornamentos dos templos. Boa parte bem conservada. Também tivemos a oportunidade de ver as pessoas que foram soterradas pelas cinzas e depois as cavidades formadas pelos seus corpos foram preenchidas por gesso. Havia estátuas até de cachorros.
O tour terminou por volta de 17h. Chegamos ao hotel às 21h.
16/02/2009 – Roma
Reservamos este dia para visitar o Museu do Vaticano. Foi praticamente a única entrada que compramos com muita antecedência, pois sabíamos da fila gigantesca que era para entrar e inclusive procurei na internet e encontrei um blog que comentava a possibilidade de entrar, comprando o ticket na hora, em menos de 40 minutos. Compramos a entrada com 3 meses de antecedência. O ticket tem data e horário para a entrada e você pula totalmente a fila, não demora nem 10 minutos para entrar. Compramos os tickets pelo próprio site do Museu do Vaticano, custaram uns 30 euros por pessoa.
Depois que você está lá dentro e que você apresenta a sua entrada, você já é direcionado para o guia que fará a visita guiada com você. Fornecem um fone de ouvido que é diretamente ligado no microfone do guia para que você não perca nada do que ele/ela estiver falando. O tour durou 1h30 e no final estávamos exaustos porque a guia falava demais. Inclusive coisas que não tinham nada a ver com a visita. Durante a visita guiada, houve diversas pessoas que desistiram e terminaram o passeio sem o guia. Se soubéssemos, teríamos pagado a visita guiada só para entrar mais rápido e depois alugaríamos o audio-guide.
Capela Sistina |
Para dizer a verdade, fiquei um pouco decepcionada com o Museu do Vaticano. Quando compramos a entrada dizia que “todas as riquezas mais importantes do mundo estavam lá” e sinceramente, vi um ou dois afrescos que havia visto em livros sobre Aristóteles (pintados por Rafael) e a Capela Sistina, e só! Mas acho que eles foram espertos no sentido de colocar a Capela Sistina por último na visita, pois se fosse a primeira coisa, as pessoas iriam se decepcionar mais ainda. Acho que o meu problema foi que criei expectativas. Já tinha ido ao Louvre, ao Museu D’Orsay, ao British Museum, queria ver o que mais o Museu do Vaticano poderia oferecer. Não acrescentou muita coisa como o Louvre, por exemplo. Ah, e a Capela Sistina, é realmente uma Capela, muito pequena em relação a imensidão da Basílica de São Pedro, e fica lotada de turistas. O mais engraçado é o lugar lotado, há pouquíssimos lugares para sentar e as pessoas que cuidam da Capela ficam pedindo silêncio o tempo todo. Depois que a visita termina você pode passar o dia inteiro passeando lá dentro, mas lembre-se de pegar um mapa, pois, não é tão grande como o Louvre, mas há salas e mais salas e a possibilidade de se perder é muito grande.
Dentro do Museu há um restaurante (a comida não é lá grande coisa) e uma agência dos Correios. O meu marido comprou uma lembrança para a mãe dele e já mandou para o Brasil de lá mesmo.
Saímos do Museu umas 15h (entramos às 10h) e fomos para a Basílica de São Pedro. Queria muito visitar a o túmulo do Papa João Paulo II. Fica no subsolo e há os túmulos de praticamente todos os Papas. Depois andamos mais um pouco pela Basílica. Saímos de lá por volta de 16h.
Moisés, de Michelangelo |
O meu marido estava encucado porque não tinha visto o Moisés de Michelangelo e hoje era nosso último dia em Roma. Então começamos a perguntar e descobrimos que ele estava numa pequena igreja perto do Coliseu, uma esquina antes do cruzamento da Via Cavour com a Via de Annibali, deveríamos virar à direita e seguir até a Piazza San Pietro in Vincoli. A igreja levava o mesmo nome da praça. Quando se está chegando perto, há diversas placas indicando a direção. Reza a lenda que Michelangelo, quando terminou a estátua, achou-a tão perfeita que começou a bater o martelo nela perguntando: “Por que não falas?” E realmente, ela é muito bonita.
Terminado o passeio, voltamos para o hotel para arrumar as malas. Acertamos com o hotel para nos levar até o aeroporto. O valor do transporte era 68 euros para nós dois.
17/02/2009 – Roma/Barcelona
Saímos do hotel muito cedo e fomos direto para o aeroporto. Na época em que estávamos na Europa houve muitos casos de brasileiros sendo deportados. Minha mãe inclusive nos pediu para ir para outro país e deixarmos a Espanha para uma próxima vez, quando a poeira abaixasse. Entrei no site da Embaixada da Espanha e lá dizia que um dos requisitos era que entre 1 a 9 dias de estadia eram necessários 540 euros por pessoa. Tivemos que fazer uma operação de guerra em Roma: todo terminal bancário que víamos, tentávamos sacar algum dinheiro. Quando chegamos a Barcelona adivinha o que aconteceu: quando nos demos conta, estávamos na sala de desembarque pegando as bagagens a poucos metros da saída do aeroporto e ninguém sequer carimbou nossos passaportes. Fiquei decepcionada. Tivemos uma trabalheira danada para nada. Bom, paciência!
O sistema de transporte público de Barcelona é espetacular. Só que eu, boba, não olhei direito onde teríamos que descer e descemos duas estações antes. Começamos a andar pensando que os números eram iguais a aqui no Brasil: uma quadra representava 100 posições. Se estávamos na posição 1300 e íamos para a 1500, bastava andar duas quadra. O problema é que lá, as quadras representavam 10 posições. Ou seja, teríamos que andar 20 quadras até chegar ao hotel. Quando nos demos conta, pegamos um taxi. Para nossa sorte, ele se esqueceu de ligar o taxímetro e quando chegamos ao hotel, ele só nos cobrou 5 euros pela corrida.
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