Hotéis:
Jerusalém Ceasar Premier: o hotel
fica a uns 10 metros da estação do tram. O hotel não é lá grande coisa, não tem
internet de graça e o banheiro do quarto que parecia velho e sem manutenção.
Valeu pela localização.
Rimona Optima Tower – Tel Aviv: o
hotel é muito bom, tem internet de graça e tanto o quarto quanto o banheiro têm
um tamanho razoável e são bem cuidados. Fica próximo ao aeroporto.
15/09/2011 – Jerusalém
Saímos do hotel às 7h. Chegamos a
King Hussein Bridge (Allenby Bridge em Israel) às 7h50. Éramos o segundo da
fila, mas pelo jeito, é comum no Oriente Médio as pessoas furarem a fila.
Quando Abriram a fronteira, uma família com umas 10 pessoas já pulou na frente
de todo mundo. Pagamos JOD 8 por pessoa para sair da Jordânia e ficaram com
nossos passaportes para devolver já quando estivéssemos dentro do ônibus para
atravessar a fronteira. Enquanto isso, fizemos amizade com uma americana que
morava em Tel Aviv. Quando dissemos que estávamos indo para Israel para visitar
somente Tel Aviv, ela não acreditou: disse que Tel Aviv era uma cidade para
jovens, com uma noite ótima e extremamente segura. O meu marido ficou todo animado.
Quando finalmente entramos no ônibus, descobrimos que havia mais taxas para
serem pagas: JOD 2,5 por pessoa pelo transporte e mais JOD 1,75 por mala. Nosso
problema é que como não esperávamos por essas taxas tínhamos apenas JOD 5. Foi
aí que a americana entrou em cena: emprestou-nos JOD 3,5 para pagarmos as
taxas. Ela estava desesperada para ir para Jerusalém, pois tinha que dar aulas
lá às 9h. O ônibus saiu às 8h40 e às 8h50 estavamos na fronteira do lado de
Israel. Nos outros países do Oriente Médio é comum ver pessoas armadas, mas
elas costumam disfarçar as armas. Em Israel é descarado. Quando descemos do
ônibus em Israel, já tinha um cara vestido normalmente com uma metralhadora no
pescoço. O meu marido não liga, mas eu me sinto intimidada. Acho que era essa a intenção.
Passaram nossas bagagens no detector de metais (outra coisa bastante comum no
Oriente Médio em todos os lugares: hotéis, shopping, aeroportos...) e passamos
por um primeiro guichê nos perguntando o que estávamos fazendo ali. Respondemos
turismo e pregaram uma etiqueta nos nossos passaportes. Passamos por uma
segundo detector de metais e chegamos a um segundo guichê. Foi aí que a moça
começou a fazer um monte de perguntas: onde íamos ficar, quais cidade íamos
visitar, para onde íamos depois de Israel... A sorte foi que estava com todos
os vouchers comigo, entreguei para ela, falei que estava viajando com o meu
marido e ela nos deixou passar. Passamos por um terceiro guichê que leu a
etiqueta que tinham colocado no nosso passaporte e pegamos nossas malas. Fora
da fronteira tem diversas opções de transporte. O rapaz do taxi queria nos
cobrar USD 110 para nos levar até Jerusalém. Achamos um absurdo. O sherut, um
taxi compartilhado, cobrou ILS 38 por pessoa (USD 11).
Às 10h já estávamos em Jerusalém.
Sabíamos que nosso hotel ficava perto da Estação Central de Ônibus, no entanto,
o sherut nos deixou perto da “Damascus Gate” na velha Jerusalém. Depois de
muito andar, descobrimos que o tram passava na frente do nosso hotel. Não
sabíamos que havia trams em Jerusalém e depois descobrimos porque: estava em
implantação tanto que a frequência era a cada 30 minutos e durante o mês de
setembro estava de graça para testes. Pegamos o tram, lotado, sem saber ao
certo onde íamos descer. Foi então que perguntei para algumas moças dentro do
tram que nos indicaram onde ficava nosso hotel. A estação de tram ficava a
menos de 10 metros da entrada. Não é nada fácil pegar trams e andar por aí com
uma mochila de 16 quilos, então dei graças a Deus pelo hotel ser perto da
estação do tram.
O recepcionista do hotel viu o
nosso estado (estávamos muito suados, principalmente eu) e nos deixou fazer o
check-in antes do horário. Recompomo-nos e pegamos o tram para a antiga
Jerusalém. Entramos pelo Portão de Damasco e vi que era totalmente diferente do
que eu imaginava: um mercadão onde, em alguns pontos, havia edificações
sagradas. No hotel, o recepcionista nos forneceu um mapa. Mas o mapa não
Muro das Lamentações |
mostrava muita coisa dentro da velha Jerusalém. Começamos a andar, meio que sem
definição e chegamos a um pátio onde havia muita movimentação. De repente, uma
moça chegou para mim e disse: você tem que cobrir as pernas para andar aqui
(não sei o que me deu na cabeça, sabia que tinha que me vestir modestamente em
Jerusalém e mesmo assim coloquei uma bermuda. Mancada minha!). A moça apontou
para uma banquinha e me disse que a atendente lá providenciaria vestimentas
mais adequadas. A atendente me providenciou uma saia que era pouco maior que o
short que eu estava usando, mas tendo em vista que era de graça, não me
importei em vesti-la. Finalmente descobrimos que estávamos diante do Muro das
Lamentações. Começamos a entrar por um corredor e outra moça, em hebreu, falou
alguma coisa que não entendemos. Antes que pudéssemos perguntar a ela
novamente, ela sumiu. Procuramos uma banquinha de informações e o rapaz nos
informou que casais não podem ir juntos ao Muro das Lamentações. As mulheres
entram pela direita e os homens pela esquerda. Fizemos como ele disse. Passamos
alguns minutos fazendo as nossas preces e depois decidimos voltar para a parte
do mercado. Quando estávamos saindo, perguntei para uma das atendentes como
fazíamos para entrar na Mesquita das Rochas (aquela de cúpula dourada tão
famosa). Ela, muito gentilmente, nos informou o pátio da mesquita abriria para
visitação à 13h40 e ficaria aberto por 1 hora.
Providenciou outra saia para mim e disse que após o portão de saída
depois do Muro das Lamentações haveria uma fila para entrar no pátio da
mesquita. Dito e feito, chegamos ao local que ela indicou e a fila já estava
grande.
Esperamos por uns 20 minutos e
abriram o portão. Só que assim que entramos, um rapaz disse não
Mesquita das Rochas |
poderíamos
entrar porque o meu marido estava de bermuda e eu estava de saia (providenciada pela
organização da velha Jerusalém). Argumentamos, dizendo que a minha saia havia
sido providenciada por eles, mas não teve jeito, tivemos que comprar dois
lenços, cada um por ILS 20 (USD 7) para podermos entrar na mesquita. O lenço do
meu marido mal cobria a bermuda que ele estava usando. Na realidade, o cara nos
enrolou para comprarmos os panos dele. Andamos pelo pátio da mesquita, pois a
mesquita em si não estava aberta para visitação. Tiramos tanto fotos da
mesquita quanto do Monte das Oliveiras que ficava bem à frente e depois saímos
do quarteirão mulçumano.
Almoçamos e decidi seguir os
passos de Jesus desde o ponto onde ele foi julgado até a Basílica do Sagrado
Basílica do Sagrado Sepulcro |
Sepulcro. Compramos um novo mapa, mais detalhado, e fomos andar pela Via
Dolorosa. Há marcações das estações da Via Dolorosa. Enrolamo-nos um pouco após
a oitava estação, pois ela fica fora do caminho para a Basílica do Sagrado
Sepulcro. Nós bem que percebemos que as ruas estavam bem mais vazias do que o
normal. Voltamos para uma rua movimentada e finalmente achamos a Basílica do
Sagrado Sepulcro. Ela é bem simples por fora, mas por dentro, ela é
deslumbrante. Os mosaicos, em ouro, estão muitíssimo bem conservados. Ela foi
construída na época das Cruzadas sobre o local onde Cristo foi crucificado. Ficamos
em uma fila de 20 minutos para chegar ao local onde a Cruz de Jesus Cristo foi
colocada. O local onde supostamente ele foi enterrado foi desmontado no local
de origem e reconstruído dentro da Basílica e o acesso estava impossível.
Ficaríamos no mínimo 2 horas esperando para entrar no local. Esse nós
desistimos. Já a pedra na qual o colocaram fica logo na entrada da Basílica e o
acesso é bem tranquilo. Depois desta visita, decidimos voltar para o hotel.
Como o tram só passava de 30 em
30 minutos, ele estava sempre lotado. Quando o pegamos para ir para o hotel,
havia uma judia atrás de mim que, embora não tivesse como entrar, ela me
empurrou com toda a força e botou para dentro. Nós estávamos precisando lavar
roupas e como já eram mais de 18h, corremos no hotel, juntamos todas as nossas
roupas sujas e voltamos para pegar o tram. Enquanto estávamos esperando, cinco
irmãos, uma mais velha cuidando de outros 4 com idades entre 1 e 6 anos,
começaram a conversar conosco. O meu marido ficou encantado com a menina mais velha
entre os pequenos que deveria ter em torno de 6 anos. Ele falava hebreu e
inglês perfeitamente. E ela perguntou se falávamos outra língua além do inglês.
O meu marido disse que ele falava português e espanhol e então ela pediu para ele
dizer alguma coisa em espanhol. O meu marido disse algumas frases e ela ficou
encantada. Já o meu marido ficou deslumbrado com a menininha que, para ele, foi o
ápice de Jerusalém.
Quando finalmente pegamos o tram,
lotado, fomos praticamente empurrados para dentro do tram. Descemos na estação que
fica perto da esquina da Yafo com a rua King George e ficamos impressionados
com a movimentação do local. Várias peatonais juntas com vários barzinhos,
cheios, no local. Deixamos nossas roupas na lavanderia e fomos acessar a
internet, ambos na Rua Shamai. Enquanto no hotel o acesso custava USD 5, meia
hora, encontramos um local, perto da lavanderia, que cobrava ILS 15 (USD 5) por
uma hora. Depois, procuramos um local para comer e assim que terminamos, o meu marido
buscou nossas roupas. O rapaz cobrou ILS 52 (USD 17) para lavar quase 10 quilos
de roupas. O meu marido estava meio reticente em pegar novamente o tram, porque da
última vez, ao sairmos, uma moça me empurrou com o cotovelo para fora do tram.
Mas quando o tram passou, ele estava relativamente vazio (já passavam das 21h)
e então acabamos pegando ele para voltar para o hotel. Nosso dia terminou aqui.
Dia 16/09/2011 – Mar Morto e Tel
Aviv
Meu pai falou muito sobre o Mar
Morto, que tínhamos que dar um jeito de ir lá. Como já tínhamos visto tudo em
Jerusalém, o meu marido organizou nossa “excursão” para o Mar Morto. Aparentemente,
pelo guia da Lonely Planet, era simple: íamos para Qumran e de lá, facilmente
chegaríamos a uma das praias do Mar Morto. Bom, não foi bem isso que aconteceu.
A Estação Central de Ônibus era realmente do lado do nosso hotel. Acordamos
cedo, tomamos café e fizemos o check-out deixando nossas malas guardadas no
hotel. Achamos interessante que compramos as passagens em um guichê e para
saber onde era nosso portão de embarque, tínhamos que procurar o guichê de
informações. Gostamos do fato de que eles fornecem as tabelas de horários dos
ônibus, foi só pedir e os bilhetes são para qualquer ônibus do dia. O ônibus saiu da estação às 8 em ponto e
chegamos em Qumran às 8h40. Pagamos ILS 45.90 (USD 15) para duas pessoas por
trecho. Quando descemos do ônibus o motorista apenas apontou o alto da ladeira
para subirmos e chegarmos a Qumran. O local ficava a pelo menos 2 km da beira
do Mar Morto. Quando chegamos a Qumran, descobrimos que o local era apenas um
museu com uma loja de lembranças onde nem taxi havia. Além disso, a dona do
local nos informou que a praia mais perto de acesso ao público ficava a uns 5
km. Perguntamos a alguns motoristas de excursões se eles estavam voltando para
Jerusalém e nada. Nossa única solução foi ir para a Biankini Beach a pé. Depois
de uma hora caminhando no sol escaldante e meu crocs repleto de espinhos que
estavam atravessando a sola dele e furando o meu pé, chegamos ao tal local.
Nossa previsão era estarmos de volta em Jerusalém antes do 12h, mas tendo em
vista que chegamos à praia por volta de 10h, nossa previsão furou.
Pagamos ILS 60 (USD 20) por
pessoa para entrar, bem diferente dos ILS 30 que indicava o guia.
Pessoas no Mar Morto (note que elas estão de bruços na água e não afundam) |
Carimbaram o
nosso braço e nos deram acesso. Aparentemente, as mulheres israelenses não vão à
praia, tanto que parecia que só homens podiam nadar lá. Quando cheguei à praia
e fiquei só de biquíni, eu virei atração turística no local. Foi extremamente
desconfortável. Tinha homem aparecendo de todos os lugares para me ver. Fora
que a praia é lamacenta (dizem que a lama de lá tem propriedades
farmacêuticas), a água é super salobra, quase viscosa de tanto sal, quente, e
eu tive a brilhante ideia de mergulhar. Fiquei quase 20 minutos sem conseguir
enxergar. E quando vi que esperar as lágrimas lavarem os olhos não daria certo,
tive que sair da água e tomar uma ducha de água doce. Só andava com o meu marido para
mostrar que estava acompanhada. Ficamos uns 30 minutos na água e depois,
decidimos ir embora. Tomei um banho de água doce no banheiro do local e saímos
do clube. Nossa sorte é que um sherut de Jericó tinha acabado de deixar várias
pessoas lá e estava retornando. Ele cobrou ILS 10 (USD 3) para nos deixar em
uma parada onde nosso ônibus passasse. Além disso, no local onde ele nos
deixou, tinha um restaurante e decidimos almoçar. Quando já tínhamos feito
nosso pedido, descobrimos que o ônibus de 10h45 estava atrasado e passou às
11h30. Foi uma pena, pois depois, tivemos que esperar pelo ônibus de 13h10.
Dica da Lu para ir ao Mar Morto: contrate uma excursão de 1 dia para Massada com direito a SPA se você
tiver um dia, o preço é em torno de USD 100 por pessoa. Se você tiver apenas
meio dia disponível, vá de ônibus, mas informe ao motorista que você quer ir
para a Biankini Beach, ele o deixará em um posto que fica a aproximadamente 1km
da entrada do clube. Você poderá terminar de chegar a pé (que é bem melhor do
que andar os 5km que andamos) ou esperar por um sherut vindo de Jericó para te
levar até a porta do clube.
Chegamos a Jerusalém às 13h40 e
já compramos nossas passagens para Tel Aviv. Fomos ao hotel, pegamos nossas
bagagens e voltamos para a Estação de Ônibus. Para a Estação Central de Ônibus
em Tel Aviv, havia ônibus a cada 10 minutos. O meu marido estava louco para comprar
outro tênis, pois o dele estava furando a sola de tanto ele andar. Achamos uma
loja que vendia equipamento para esportes na rodoviária e o meu marido acabou achando
um tênis e um chapéu de caminhada. Pegamos o ônibus para Tel Aviv e o trecho
para duas pessoas custou ILS 33 (USD 11).
Chegamos em Tel Aviv por volta de
15h30, revistaram nossas malas assim que saímos do ônibus e para variar, um
cara com uma metralhadora nos pediu para abrimos nossas malas. Aliás, era comum
em Jerusalém ver pessoas novas, com seus 20 e poucos anos, andando com armas
penduradas no pescoço como se fosse a coisa mais comum do mundo. A rodoviária
de Tel Aviv tem vários andares. Um rapaz nos informou que os taxis ficavam no 4
andar. Fomos para lá, mostramos o endereço do hotel e o taxista nos deu uma
bronca: segundo ele, nosso hotel ficava muito longe de lá e de repente era até
melhor voltar para Jerusalém e pegar outro ônibus para a estação perto do nosso
hotel. Dissemos a ele que não faríamos isso e perguntamos quanto seria para nos
levar até o hotel. Ele disse que em torno de USD 25. Aceitamos o preço e
entramos no carro. A viagem de 15 minutos até o hotel foi muito chata: o
taxista passou o tempo todo dizendo que não deveríamos ter ido a Jerusalém que
deveríamos ter ido direto para Tel Aviv, que lá que era o lugar para nós
visitarmos. Ficou perguntando quando iríamos embora. Quando disse que no dia
seguinte de manhã, aí que ele deu uma bronca maior ainda. Acho que depois de
uns 10 minutos ele falando, ele percebeu que eu estava para pedir para ele
ficar quieto. O meu marido chegou a perguntar a ele o que poderíamos fazer a noite e
ele respondeu que a princípio dormir, mas se resolvêssemos sair, era melhor
cancelar o hotel e ir direto para o aeroporto. Não tínhamos a intensão de
visitar Tel Aviv quando fizemos a reserva do hotel e sim irmos para o
aeroporto, por isso reservei o hotel mais próximo do aeroporto que encontrei.
Tanto que quando finalmente chegamos ao hotel, o taxista mesmo disse que do
nosso hotel até o aeroporto não demoraríamos mais que 15 minutos. Fizemos o
check-in e pedimos o wake-up call para às 3h30, pois segundo eles, a segurança
dentro do aeroporto era bem complicada e que demoraríamos a fazer o check-in.
Como era Sabbah (sexta-feira), ou seja, os taxis cobram caro para transportar
os passageiros (pois supostamente, estamos fazendo eles trabalharem em dia
santo), estávamos longe do centro da cidade e dos pontos turísticos e estávamos
cansados do passeio para o Mar Morto, decidimos ficar no hotel.
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