Mapa

........................
Visualizar Lugares que já conheci em um mapa maior

domingo, outubro 02, 2011

TURQUIA


Tour na Capadócia: Lirita Tours, incluindo transfer de ida e volta para o aeroporto, hotel e passeio de balão em balão para no máximo 10 pessoas (há balões que aceitam mais de 20 pessoas) e com 1h30 de duração (há passeios mais curtos de 40 minutos) com a Goreme Ballons, uma das melhores empresas do local. Valor por pessoa: USD 285.

Hotel na Capadócia - Cave Konak: como ficamos apenas uma noite, nos colocaram no melhor quarto do hotel. O meu marido apelidou o quarto de “Caverna do Amor” pois o quarto era literalmente uma caverna: dois andares, onde no andar térreo ficava um quarto de solteiro e no subsolo ficava o quarto principal. O quarto era super fresco, com detalhes esculpidos nas paredes de pedra, cama gigante e super confortável e o banheiro era ótimo, inclusive com dois boxes com chuveiro com água quente. O hotel foi uma experiência a parte que vamos lembrar com saudade por muito tempo.

Hotel em Istambul - Ilkay Sirkeci: a localização do hotel é excelente pena que não posso dizer o mesmo do hotel. O quarto em que nos colocaram não seria qualificado nem com 2 estrelas no Brasil. Aparentemente, o hotel comprou o prédio ao lado e nem se deu ao trabalho de reformar o local: os tapetes velhos e desmanchando, o quarto verde limão, as instalações do ar condicionado aparecendo. Ainda bem que o banheiro era usável. Além disso, o café da manhã depois das 8h é impraticável, pois não há mesas suficientes para os hóspedes ou os garçons não limpam as que estão disponíveis. Tem internet de graça nos quartos.

Dia 17/09/2011 – Tel Aviv à Capadócia

Nosso vôo era às 7h da manhã pela Aegean Airlines. Faríamos conexão em Atenas e em Istambul antes de chegar a Capadócia. Chegamos ao aeroporto às 4h da manhã, pagamos ILS 140 (USD 48) ao taxista e desde nosso hotel até o aeroporto foram 15 minutos. Já na entrada do aeroporto tivemos que passar nossas bagagens no detector de metais. Como a mala do meu marido estava lotada de souvenirs, pediram para revista-la. Eu já fui direto para a fila do check-in. Uns 15 minutos depois, fizemos o nosso check-in. Passamos pela alfândega e entramos no free shop. O free shop do aeroporto de Tel Aviv é bastante grande tendo lojas de roupas, eletrônicos, cosméticos e souvenirs. O meu marido encontrou aqui o Polar (monitor cardíaco) que ele tanto queria e acabou comprando. Embora também tivesse o que eu queria, preferi compra-lo na Finlândia, no final da viagem.

Nosso vôo decolou exatamente às 7h. Achei o avião ótimo, um A321, mesmo na classe econômica, as cadeiras são espaçosas. Chegamos a Atenas por volta de 8h30 e já estava fazendo 27 graus. Achei legal que qualquer passageiro tem direito a 1 hora de internet de graça no aeroporto. Há diversos free shop com preços razoáveis lá. Como voltaríamos para Atenas em 5 dias, decidimos não comprar nada.

Embarcamos para Istambul no horário, mas embora nossa decolagem estivesse marcada para às 14h, a torre de controle não autorizou nossa decolagem antes das 15h. Chegamos em Istambul às 16h e só conseguimos pegar nossas bagagens por volta de 16h40 por causa da fila no controle de passaporte. Nosso próximo vôo era às 18h25 e fiquei super preocupada em chegar a tempo, pois íamos deixar nossas bagagens no guarda-volumes do aeroporto de Istambul. Há dois guarda-volumes, um em cada ponta do desembarque internacional. Pagamos TRY 15 (USD 7) por mochila por 24 horas. Depois, corremos para o embarque internacional que ficava do outro lado do aeroporto.

Embora nosso vôo estivesse marcado para às 18h25, só saímos depois das 19h. A duração do vôo até
Cave Konak Hotel - Quarto
 Kayseri, uma das cidades próximas da Capadócia, é de 1 hora. Como só estávamos com as nossas mochilas pequenas, não tínhamos despachado bagagem. Saímos do avião direto para o saguão do aeroporto. E lá estava o nosso motorista com uma plaquinha com o meu nome escrito. Entramos no micro-ônibus, super arrumado, e perguntamos para o motorista quanto tempo até Urgup, onde ficava nosso hotel. Ele nos disse que seria uma hora, mas como ele estava esperando outros passageiros, saímos do aeroporto já depois das 21h.

Chegamos ao hotel depois das 22h e atenderam-nos muito bem. Estamos preocupados com o horário que 
Cave Konak Hotel - banheiro
deveríamos acordar, quem viria nos pegar... A gerente do hotel nos acalmou e disse que não deveríamos nos preocupar com nada. Deveríamos estar prontos às 4h40, na frente do hotel, quando a van nos pegaria para o passeio. Depois disso, fomos dormir.





Dia 18/09/2011 – Passeio de Balão e Istambul

Às 4h30 estávamos prontos e de fora do hotel esperando pela van. A temperatura lá é bem parecida com a de Brasília: quente durante o dia e frio de madrugada. Quando entramos na van, estava fazendo 12 graus. O motorista nos entregou um papel, para escrevermos os nossos nome, e dois crachás. Notamos que os nossos crachás eram diferentes do resto do pessoal. Depois de nós, ele foi passando de hotel em hotel até a van ficar cheia. Depois fomos para Goreme a uns 10 km de Urgup. O ônibus nos levou para a Goreme Balloons: um prédio com banheiros e café da manhã. Quando fomos tomar café, descobri porque os nossos crachás eram diferentes dos outros: era assim que eles separam que vai em qual balão. Quando nos levaram para o campo onde os balões estavam sendo inflados, o código no nosso crachá era o mesmo código no balão. Ficamos olhando dezenas de balões sendo enchidos até que o nosso ficasse pronto. As labaredas para aquecer o ar dentro dos balões faziam com que eles brilhassem. Logo, logo, o nosso começou a flutuar as pessoas começaram a subir na cesta. Eramos 11 pessoas e o piloto. O piloto nos explicou que o vôo seria de 1h30, na maior parte do tempo ele voaria baixo acompanhando o relevo e no final do passeio chegaríamos a 1000 metros de altitude. O passeio de balão foi espetacular!!! Decolamos um pouco antes
Vista com os balões
 do amanhecer e vimos o sol nascer por traz das montanhas já no ar. Em alguns momentos voávamos bem baixinho quando tivemos a oportunidade de ver uma raposa. Em outros momentos, ficávamos mais altos que os outros balões. O piloto, muito competente, pilotou o 
Vista com o sol nascendo
balão com maestria. Em momento algum sentimos medo, mesmo quando chegamos a 1000 metros de altitude. Ficamos foi sem fôlego de tão bela que era paisagem. Não é a toa que a Goreme Balloons é considerada uma das melhores empresas do ramo na Capadócia. Quando o piloto pousou o balão, o pousou já no carrinho que o transportaria para a base da Goreme
Nós no balão
 Balloons. Descemos do balão e ele nos ofereceu champanhe e suco de laranja para brindar pelo passeio. Também nos disse que se quiséssemos dar gorjeta para a equipe dele, o momento era aquele. Demos USD 10. Logo a van da empresa nos buscou para levar-nos para o hotel. Enquanto isso, o fotografo do passeio entrou na van para vender as fotos. Nossa foto ficou ótima, mas não tínhamos Libras Turcas para pagá-lo, só Dólares e alguns Euros. Foi engraçado porque começamos a dar moedas de todos os tipos para ele e quando chegou em algo em torno de 9 euros, ele disse que era suficiente e foi vender para outro casal. O casal era australiano e ele quis cobrar deles 12 euros. A mulher começou a argumentar com o fotografo que tínhamos pago bem menos do que ele estava cobrando, aí o rapaz perguntou para ela se ela falava inglês. Nós quase começamos a rir. Nos final, eles pagaram os 12 euros porque já estávamos na porta do hotel deles.

Apenas nós estávamos hospedados em Urgup. Todos os outros passageiros do nosso balão estavam em Goreme. Tanto em Goreme quanto em Urgup há diversos hotéis que hospedam os seus clientes em quartos escavados nas pedras da Capadócia.

Enquanto estávamos indo para Urgup, nosso piloto acabou pegando carona conosco. Foi então que ele nos contou que nasceu em Urgup, mas foi morar na Austrália por vários anos onde ele aprendeu a pilotar balões. Quando ele voltou para Urgup, ele montou o negócio de passeio de balões que virou um sucesso.
Chegamos ao hotel por volta de 8h30. Arrumamos nossas coisas e a gerente nos chamou para tomarmos outro café da manhã. Comemos mais para agradá-la, pois ela estava sendo tão gentil que não queríamos fazer a desfeita. Depois, fomos dar uma volta na cidade e quando estávamos saindo, a gerente avisou que faltaria energia por volta de 10h e que se quiséssemos sacar dinheiro, teria que ser antes deste horário. Começamos a andar por Urgup e ficamos impressionados como a cidade era bem cuidada. Caminhamos pela cidade por uns 40 minutos e decidimos voltar para o hotel.

A van para o aeroporto passou por volta de 11h15. Já estávamos prontos esperando. Nós fomos os primeiros a entrar no transfer. Às 11h50 ela parou para pegar o último hóspede que aparentemente, não estava esperando pela van, pois ficamos mais de 30 minutos esperando eles chegarem. Eu comecei a ficar agoniada, pois nosso vôo era 14h10 então até 13h10 tínhamos que estar no aeroporto. E também sabia que demorava 1 hora entre Goreme e Kayseri e já era 12h20, ou seja, a conta não fechava. Comecei a reclamar com o motorista e ele sempre me dizia para eu ficar tranquila que daria tempo. De repente, um casal de japoneses aparecerem correndo e pedindo desculpas.

Chegamos ao aeroporto 13h20. Nossa sorte foi que no dia anterior, a atendente da Turkish Airlines já havia feito o nosso check-in para este vôo. Fomos direto para a sala de embarque. Só que dai, percebemos que todas as pessoas que estavam na van conosco, também estavam no nosso vôo, então nossa correria foi em vão. O vôo decolou às 14h30.

Desembarcamos em Istambul já eram quase 16h. Pegamos nossa bagagem e vi um guichê do correio. Perguntei quanto seria para mandar algumas das nossas coisas para o Brasil e o rapaz me respondeu que em torno de TRY 154. Achamos bem barato em relação ao Egito, que era em torno de USD 200.

A estação final do metrô é o aeroporto. Nós nos enrolamos um pouco para comprar as passagens de metrô pois elas são vendidas apenas nas máquinas e a maior nota que a máquina aceitava era TRY 20, enquanto que quando nós sacamos, só saíram notas de TRY 50. Conversamos com o guarda e ele conseguiu trocar a nota para nós, pois dentro de uma sala na qual só ele tinha acesso, tinha uma máquina de trocar notas. O nome da passagem de metrô em Istambul é Jeton e o trecho custa TRY 2. Quando tivemos que trocar do metrô para o tram, achávamos que era como nos outros lugares, não precisaríamos pagar outra passagem. No entanto, estávamos enganados: em Istambul, trocou de linhas, paga uma nova passagem. O trecho do aeroporto até o hotel em Sirkeci demorou em torno de 1 hora. Quando chegamos ao hotel, o recepcionista, além de muito animado, nos deu uma aula sobre a região. Segundo ele, tram ali seria secundário, pois estávamos no centro de todos os pontos históricos da cidade.

Deixamos nossas coisas no quarto e fomos andar. A rua estava lotada de gente caminhando. Ligamos para o Brasil em uma lojinha perto do hotel e 10 minutos de ligação (ligamos para vários lugares) custou TRY 10. Depois, vimos um restaurante típico lotado. Seguimos a regra do meu marido, se está lotado é porque a comida é boa. Dito e feito, pedimos um prato que parecia uma esfirra aberta só que do tamanho de uma pizza média. Comemos bem e não ficou por mais TRY 30. Voltamos para o hotel para pegar um casaco, só que eu estava tão cansada que quando deitei na cama, apaguei. O meu marido ficou impressionado, pois eu fui dormir era 19h30. Nosso dia terminou aqui.

Dia 19/09/2011 – Cruzeiro pelo Bosphoro, Spice Bazar e Grande Bazar

Enquanto eu dormia, o meu marido pesquisou o que poderíamos fazer no dia seguinte, uma segunda-feira. As segundas são reconhecidamente os dias em que a maioria dos monumentos fecham para manutenção. O recepcionista havia nos dado a dica de fazer um cruzeiro pelo Bosphoro, um canal que liga o Mar Marmara ao Mar Negro. Fomos andando até o porto, que ficava a menos de 1km do hotel. Havia dois horários para o tour: 10h35 ou 13h35. O tour durava em torno de 6 horas e custava TRY 25. Decidimos fazer o tour de 10h35. Alugamos o audio-guide por TRY 5 por pessoa. Quando fomos alugar, fiquei preocupada porque ele pediu uma identificação para ficar de garantia e eu não ando com o passaporte. Mas ainda bem que ele aceitou a identidade do meu marido pelos dois áudio-guides. O áudio-guide era excelente. Um GPS com todos os
Uma das vistas do passeio pelo
Bosphoro
 pontos por onde passaríamos. Em Istambul, assim como em outros lugares do Oriente Médio que conhecemos, as filas não são respeitadas. Então, mesmo tendo chegado cedo (estávamos no porto às 9h40), não conseguimos pegar lugares na parte aberta do barco, pois várias pessoas passaram na nossa frente. Mesmo assim o passeio foi muito interessante. A grande maioria das casas citadas no áudio-guide eram casas de veraneio de reis e sultões. Além disso, percebemos que as pessoas que têm casas as margens do Bosphoro, são pessoas ricas, pois casas humildes lá não existem. Até os condomínios são de casas suntuosas. O barco, toda vez que atracava em um lugar não demorava 5 minutos atracado. Às duas horas desde o porto principal até o local que descemos passaram num piscar de olhos. Mas pudemos perceber um das sinas das construções de Istambul: todas pegara fogo um dia. Descemos às 11h50 em Sariyer, exatamente como indicava a time-table entregue no porto, por indicação de uma site na internet. O local é cheio de
Bosphoro Bridge
 restaurantes a beira mar e o comércio lá fervilha. No entanto, quando descobrimos de duas paradas depois poderíamos ter uma vista do Mar Negro, ficamos meio decepcionados. Mas passeamos bastante neste lugar e nos deparamos com o que seria nossa principal dificuldade na Turquia: são raras as pessoas que falam outra língua além do Turco. Paramos em um dos restaurantes do local e o garçon teve que repetir umas 10 vezes a palavra que ele estava dizendo para adivinharmos que ele estava querendo dizer “chicken”. O pior é que eles fazem de tudo para você entrar no restaurante deles, mas quando você senta, eles mandam uma pessoa que não entende uma palavra de inglês para te atender.  Aí ficava muito difícil!

O barco passou novamente no local onde estávamos às 15h20. Chegamos em Eminonu às 16h35. Como o Spice Bazar era ali por perto e ainda tínhamos algumas horas de sol, decidimos visitar o bazar. O bazar é muito legal e vende vários tipos de doces e especiarias, além de souvenirs. No entanto, o Spice Bazar é pequeno e em forma de “L”. Então decidimos ir até o Grande Bazar.

As ruas que vão para o Grande Bazar são peatonais e com lojas dos dois lados das ruas. Entramos no 
Loja de lustres no Grande Bazar
Grande Bazar e já ficamos impressionados com as lojas de jóias e venda de ouro, em moedas ou em barras. O Grande Bazar é uma experiência única e lá vende de tudo: lustres tipicamente turcos, todo colorido, souvenirs, tapetes, bijouterias e tudo mais que você imaginar. Além disso, ele é gigantesco e o preço das coisas não é
Joalheria no Grande Bazar
 assustador. Compramos várias lembrancinhas e finalmente encontrei o par de aparadores para minha aliança de casamento que estava procurando a três anos. Não são de ouro, mas são exatamente do jeito que eu queria. Tomamos um café no Grande Bazar e decidimos ir embora, pois o Grande Bazar fechava às 19h.

Embora o tram passasse na frente do Grande Bazar, o meu marido quis voltar para o hotel caminhando. Como a rua estava lotada de gente, não vi mal nenhum. Enquanto isso, fomos olhando os preços das lojas e ficamos até tentados em comprar algumas coisas pois, perto do nosso hotel, as coisas estavam baratas.

Chegamos ao hotel, pegamos o casaco e fomos jantar em um dos restaurantes ali por perto. Depois, fomos dormir.

Dia 20/09/2011 – Aya Sophia, Blue Mosque, Museu dos Mosaicos, Obelisco, Museu de Arte Turca e Islâmica, Basílica Cistern, Palácio Dolmahce, Isklal Caddeci e Restaurante 360

Sabíamos que a Aya Sophia abria apenas às 9h. Tomamos café e 8h30 fomos para lá. Quando chegamos, a fila já estava virando a esquina. Mas andou até rápido para entrarmos. Pagamos TRY 20 (USD 10) por pessoa para entrar e TRY 10 (USD 5) pelo áudio-guide. Eu achei caro, pois o passeio no Bosphoro no dia anterior tinha custado TRY 25 (USD 12,5). O áudio-guide da Aya Sophia conversa demais! Você não sabe se presta atenção nele ou nas coisas que tem dentro da Aya Sophia. Fora que um passeio que poderia ser de meia hora, se tornou de 1h30.

A Aya Sophia é uma Catedral que era tão bela que quando os Otomanos tomaram a região que a
Aya Sophia
 transformaram em Mesquita. Hoje ela é um museu e os seus mosaicos já não são mais os mesmos da sua época de glória. Mas ela continua mostrando a influência tanto mulçumana quanto católica.

Depois, fomos para Blue Mosque (Sultanahmed Mosque) que fica na
Blue Mosque
 mesma praça, logo de frente para Aya Sophia. Ficamos em uma fila de 30 minutos para conseguir entrar. Ela fica fechada para visitação durante o período pré e durante as orações. Como ainda é utilizada, está completamente conservada e os desenhos nas suas cúlpulas são esplendidos. Os azulejos nas paredes também merecem atenção. É necessário tirar o sapato, usar calças ou saias longas e também tampar os ombros para entrar na mesquita. Eles fornecem lenços e saias de amarrar na cintura caso o turista não esteja apropriadamente vestido.

Da Blue Mosque fomos para o Museu do Mosaico. Como tinha lido que ficava dentro do Arasta Bazar, fomos para lá. O Bazar fica entre a Blue Mosque e o litoral. O Arasta Bazar é uma versão menor do Grande Bazar. Na realidade ele é praticamente uma das ruas do Grande Bazar. Dentro do Arasta Bazar há setas que indicam onde fica o museu. Pagamos TRY 8 (USD 4) para entrar. Há vários mosaicos pelo museu e alguns gigantescos no piso do subsolo. Foi impressionante ver a qualidade e definição dos desenhos que eles faziam usando a graduação de cores que eles obtinham na época. O meu marido, que é apaixonado por mosaicos, ficou encantado, embora o museu seja bem pequeno.

Do Museu do Mosaico fomos para o local onde foi o hipódromo, que hoje é uma praça enorme, logo atrás 
Obelisco Egipcio
da Blue Mosque. Lá há um obelisco originalmente egípcio que foi colocado no local. Ficamos impressionados com um mosaico com peças de ouro dentro de um “coreto” dentro na praça. Depois, fomos para o Museu de Arte Turca e Islâmica. Pagamos TRY 10 (USD 5) por pessoa. O museu é relativamente grande. Nas últimas salas há diversos livros e tapetes, alguns com 800 anos de idade!

Nossa próxima visita foi a Basílica Cistern, ao lado da Aya Sophia. Na realidade, ela era uma cisterna que foi drenada e pela sustentação de colunas e teto cheio de arcos, ganhou o nome de Basílica. Pagamos TRY 14 (USD 7)
Basílica Cistern
 para entrar. O chão é inundado e cheio de peixes. A água é transparente. Há uma plataforma suspensa que permite andar por toda sua extensão. Um dos pontos principais da Basílica são as cabeças de Medusa na base de duas colunas no fundo da Basílica. Nós tivemos dificuldade em encontrar porque na entrada dizia que as cabeças estavam lá. O “lá” deles significava dentro da Basílica e não na entrada dela. Depois, passamos a seguir as setas e as encontramos no fim da plataforma elevada. Na base de uma coluna, a cabeça da Medusa está de cabeça para baixo. Na coluna ao lado, a cabeça está deitada.

Nossa próxima visita era o Palácio Dolmahce que havíamos visto no dia anterior no passeio pelo Bosphoro. Mas antes tínhamos que almoçar. O meu marido está doido para almoçar num destes restaurantes no qual você senta em um tablado parecendo um sofá para comer. Já do lado da Basílica Cistern encontramos um. O interessante foi ver a senhora preparando um pão recheado na hora. Ela abria a massa, colocava o recheio e depois assava. O resultado era bem parecido com um crepe.

Depois do almoço, pegamos o tram para a estação Kabaças. De lá até o Palácio Dolmabahçe são poucos metros. Chegamos por volta de 14h45 no Palácio Dolmabahçe e a fila estava monstruosa. O Palácio fecha 
Palácio Dolmabahçe
para visitação às 16h e há dois lugares para visitação: o Palácio principal e o harém. E também há dois preços: em escolhe só o palácio ou só o harém, paga TRY 15 e quem escolhe os dois paga TRY 20. Só que depois das 15h eles vendem ingressos apenas para uma das opções. Não atentamos para estes detalhes e pagamos o ingresso cheio, TRY 20 (USD 10), para apenas o Palácio principal. Além disso, eles têm um sistema de duas filas: uma fila antes de entrar nos jardins do palácio e outra fila para entrar no palácio (no qual a visita só é feita com o guia).  A fila antes de entrar no palácio se divide novamente em três: uma para quem contratou o passeio com uma empresa de turismo, outra para quem está sozinho e queria um guia em turco e outra para quem está sozinho e queria um guia em inglês. Nós estávamos classificados na última fila, mas como sempre, respeitar a fila não é algo comum no Oriente Médio: a fila se forma nas escadarias do palácio e a medida que a fila vai andando, as pessoas que estão atrás começam a passar por fora para entrar na frente. Ridículo, mas fazer o quê? Quando finalmente entramos, ficamos deslumbrados com o palácio. Ele começou a ser construído na década de 20 e demorou 13 anos para ficar pronto. Nem Versalles chega aos pés deste palácio. Está extremamente bem conservado e até hoje é utilizado pelo governo para dar recepções. O próprio presidente da Turquia morou por anos no Harém. Na última sala, há um lustre de 4,5 toneladas que para montar demorou 3 meses e para limpar demora 2 meses. Fora as pinturas nas paredes e no teto. Em alguns locais é difícil definir o que é real e o que é pintado. Foi o lugar mais suntuoso que conhecemos até hoje.

Nossa próxima parada foi a rua Istiklal Caddesi. O recepcionista do hotel falou maravilhas sobre ela assim como o guia da Lonely Planet. É uma rua onde o único meio de transporte é um bondinho que sobe e desce ela o tempo todo. Para chegar lá, pegamos um funicular desde a estação de tram Kabaças até o início da
Galata Tower
 Istikal Caddesi. Antes de começar nossa caminhada, paramos para tomar sorvete e para variar, o inglês do garçon era lá grande coisa. Foi custoso pedir o sorvete que queríamos e dizer a ele que queríamos que a água viesse depois. No final desistimos, pedimos só o sorvete e quando terminamos, pedimos a água.

Fomos andar pela rua e começamos a achar tudo bem mais caro do que perto do hotel. A rua tem lojas, restaurantes e galerias dos dois lados. Andamos até chegar a Galata Tower, mas como já eram quase 20h, ela já estava fechada para visitação.

O guia da Lonely Planet indicava o Restaurante 360 para o jantar, por ter uma vista muito bonita de Istambul. Desde quando começamos a descer a rua Istiklal Caddesi, estávamos procurando pelo restaurante. Quando chegamos ao final da rua e não encontramos, decidimos perguntar até achar. Achamos o tal restaurante em um prédio de apartamentos. A placa dele é minúscula no topo de outras propagandas. Recomendo localizar bem no mapa se decidir ir até lá. O restaurante é muito bom, a vista é espetacular, mas para sentar na varanda é necessário fazer reserva. Os preços não são caros e prepare-se para subir pelo menos 6 andares de escada se não tiver paciência para esperar o único elevador do prédio. Como não tínhamos reserva e tinha fila para o elevador, pensamos que se as pessoas que estavam na nossa frente também não tivessem reserva, conseguiriam uma mesa antes de nós, então decidimos subir pelas escadas. Esperamos em torno de 30 minutos uma mesa em uma segunda-feira.

Depois do restaurante, fomos para o hotel. Estávamos exaustos!

Dia 21/09/2011 – Palácio Topkapi, compras e Galata Tower

Chegamos ao Palácio Topkapi por volta de 8h e a fila já estava grande. Fui para a fila para entrar no palácio enquanto o meu marido comprava as nossas entradas. No guia dizia que era melhor ir para o Harém assim que entrássemos, pois a tendência era lotar depois. Pagamos TRY 15 (USD 7,5) para entrar no palácio e mais TRY 10 (USD 5) para entrar no Harém. O meu marido ainda alugou um áudio-guide por mais TRY 10. Depois da Aya Sophia, desisti dos áudio-guides. No entanto, segundo o meu marido, o áudio-guide de lá tinha mensagem curtas e concisas. O Harém estava vazio e o passeio demorou em torno de 30 minutos. Depois fomos para o palácio principal cheio de salas e construções nos jardins. No entanto, ele não foi construído
Vista de Istambul
(Topkapi Palace)
 de uma só vez: toda vez que havia um evento importante, um novo cômodo do palácio era construído. O único local que não conseguimos visitar foi a sala dos tesouros do Sultão, essa sim estava disputadíssima. Acreditamos que na época em que foram construídas as primeiras partes do palácio a séculos atrás, ele deveria ser uma coisa fora do comum na época. No entanto, hoje, depois do Palácio Dolmabahçe, é difícil considera-lo suntuoso, pois a decoração foi sendo consumida pelo tempo. Mas a vista dele é incrível, pois ele é em um dos pontos mais altos de Istambul e na beira do mar.

Nossa idéia era tirar o resto do dia para fazer compras. Istambul tem uma grande quantidade de Outlet Centers e um dos maiores ficava perto de uma estação de trem. Como eu não tínhamos que ir de trem, pegamos o tram novamente. Depois de 2 estações, percebi que as estações que estavam por vir, não eram as estações que eu tinha de referência. Foi aí que notamos que tínhamos que pegar o trem e não o tram. Voltamos para a estação Sirkesi e fomos para a estação de trem urbano que ficava do outro lado da rua. Compramos os bilhetes (2 moedinhas) por TRY 4. Quando fomos entrar, quando colocávamos a moeda na catraca e ela devolvia a moeda. Então um segurança do local veio nos ajudar. Primeiro era necessário magnetizar a moeda em um ponto da catraca e depois colocá-la no receptor. O meu marido jurava que as moedas eram para ida e volta. Tentou conversar com o segurança, que só falava turco, mas não adiantou nada. Ele respondia em turco e obviamente, não entendíamos uma palavra do que ele falava.

Normalmente, quando o trem faz paradas dentro da cidade, ele tem uma ilustração nas portas informando quais são as paradas, assim como no metrô. Pois é, este não tinha. Quando entramos no trem e olhamos as paradas, elas não tinham nada a ver com as paradas que o mapa das linhas de metrô e trem no informavam. O trem demoraria 5 minutos para sair, então saímos dele para buscar mais informações. Tentamos conversar com dois guardas e nada. Entramos de novo no trem e perguntamos para uma senhora e ele disse que não falava inglês mas mostramos o mapa para ela e ela confirmou que aquele trem pararia naqueles locais que estavam no nosso mapa. Ficamos mais tranquilos. No entanto, o trem ficava mais tempo parado do que andando! Ele demorava em torno de 5 minutos para chegar às paradas e ficava em torno de 10 em cada uma das paradas. Saimos 13h de Sirkeci e só chegamos na Kazliçesme, 5 paradas depois, por volta de 14h.

O shopping Olivium, segundo o que lemos na internet, é o maior shopping de Outlets de Istambul. Por isso decidimos ir até lá. No entanto, vimos pouquíssimas coisas que nos agradou. Então decidimos ir a um shopping, também de Outlets, que vimos perto do aeroporto. No entanto, estávamos traumatizados com o trem, então decidimos pegar um taxi. Mostramos o mapa para o taxista e mostramos que queríamos ir a um shopping que ficava perto do aeroporto. Ele, com o inglês mais ou menos dele, disse que cobrava USD 20 para nos levar. Eu disse que era absurdo e que era melhor irmos a pé. O meu marido foi negociando com ele até chegar a TRY 20. Em compensação, ele não nos deixou no shopping e sim no aeroporto. O meu marido ficou irritado com o taxista e tentou argumentar com ele, mas acho que no meio do caminho o taxista esqueceu o pouco de inglês que ele sabia. Ele não respondia mais nada em inglês, só em turco.

Como já estávamos no aeroporto mesmo, pegamos o metrô para o tal shopping: Outlets Airport. Descemos já na primeira parada de metrô e começamos a andar. Descobrimos que entre o metrô e o shopping havia uma obra e que, se caso quiséssemos passar, teríamos que pegar um taxi. O taxista nos cobrou TRY 15 para nos deixar no shopping, eu achei justo, pois a volta realmente era grande. Esse shopping era menor que o outro e tinha praticamente todas as lojas principais que o outro tinha. Depois de 1 hora andando no shopping, decidimos ir embora. Pegamos outro taxi e combinamos com ele para nos deixar na estação de tram Dermiciler. O taxi no deixou a uma rua da estação, pois a rua estava interditada e nos cobrou TRY 10 por isso. Tivemos que andar quase uns 10 minutos para chegar a estação de tram.
Vista de Istambul (Galata Tower)

Pegamos o tram até a Galata Tower, já que no dia anterior chegamos tarde demais para subir. Pagamos TRY 6 por pessoa para entrar. Enquanto estávamos lá, admirando a vista da cidade, começou a chover. Não chovia forte, mas as pessoas estavam se espremendo nas janelas para não molhar. As luzes piscando na ponte do Bosphoro é imperdível. Ficamos lá até por volta de 20h. Depois, jantamos comida turca em um pequeno restaurante da Istiklal Caddesi. Nossa noite terminou aqui.


Dia 22/09/2011 – Vôo Istambul / Atenas

Tomamos café da manhã em cedo e o meu marido foi ao correio comprar caixas para despachar parte das nossas coisas para o Brasil. No Egito ficava em torno de USD 200 / 5 kg e na Turquia, em torno de USD 90 / 10kg. Enquanto eu organizava as coisas nas caixas, o meu marido foi levar algumas roupas para lavar. Voltou com um rolo de plástico-bolha e fita para fechar as caixas.

Às 9h30 já estávamos no correio com as nossas caixas. Despachamos elas e pelo combinado iriamos novamente ao Grande Bazar. Só que já estava um pouco tarde e até chegar no Grande Bazar e depois voltar, gastaria muito tempo e não poderíamos andar tranquilamente por lá. Então resolvemos andar na região perto do hotel até as roupas ficarem prontas.

Nosso vôo era às 16h, mas como já tivemos várias experiências ruins, sempre chegamos com 3 ou 4 horas de antecedência. Chegamos ao aeroporto 13h e fomos procurar o guichê da Aegean Airlines. Rodamos o aeroporto inteiro e não achamos o guichê. Então procuramos o escritório da Aegean e o rapaz nos informou que o check-in só começaria às 13h30. Almoçamos e fomos para o guichê fazer o check-in. Quando a atendente nos entregou as passagens, vimos que o vôo sairia só às 17h30 e não às 16h como estava na nossa reserva. Entramos para o free shop (que é grande, mas as coisas são bem caras) e quando estava faltando em 1 hora para o vôo, fomos para a sala de embarque. Quando chegamos lá, resolvi olhar novamente as telas de partidas e descobri que nosso vôo estava 2h30 atrasado e que a sala de embarque havia mudado. Fomos para a sala de embarque indicada e começamos a pedir informação e ninguém da Aegean sabia dizer o que estava acontecendo. Ficamos com medo de cancelarem o vôo, porque já tínhamos pagado nossos tours na Grécia e se não chegássemos a tempo, perderíamos o que já tínhamos pagado.

Conseguimos acesso à internet e começamos a pesquisar, pois tínhamos percebido que todos os vôo para Atenas estavam atrasados. Entramos no site do aeroporto e todos os vôos para lá estava atrasados ou cancelados então entramos em um site de notícias da Grécia em inglês e descobrimos que os meios de transporte estavam em greve e os controladores de vôo do aeroporto de Atenas havia cruzados os braços entre 15h e 17h daquele dia. Trocaram nossa sala de embarque várias vezes até começarmos a embarcar. O avião decolou por volta de 21h.

Depois de muita turbulência durante o vôo, chegamos a Atenas por volta de 22h. Para nossa surpresa, quando saímos da imigração, apenas a mala do meu marido estava na esteira e havia a informação na tela da esteira que a última mala do nosso vôo havia sido colocada lá uns 20 minutos antes. Fomos para o balcão de reclamações e enquanto eu estava preenchendo o formulário, a mala apareceu na esteira. Fiquei aliviada!!!

O motorista da Dolphin-Hellas, nossa empresa de turismo, estava nos esperando desde 19h30. Ele também sofreu com a Aegean, pois ele perguntava quando o nosso vôo chegaria e ninguém sabia informa-lo. O percurso desde o aeroporto de Atenas até o centro da cidade é de aproximadamente 1 hora. Enquanto isso, ficamos conversando com o motorista a respeito da crise pela qual a Grécia está passando e ficamos com muita pena: segundo ele, todo dia o governo cria taxas novas ou aumenta as que já existem. O pior é que a Grécia possui apenas 10 milhões de pessoas para pagar uma dívida de bilhões de euros. Além disso, para piorar a situação, 80% dos turistas que souberam das dívidas da Grécia, cancelaram as reservas. Chegamos no hotel já perto das 24h.

Nenhum comentário: