Mapa

........................
Visualizar Lugares que já conheci em um mapa maior

quinta-feira, novembro 17, 2011

GRÉCIA


Tours na Grécia: Dolphin-Hellas. Preço por pessoa:  EUR 2338,86, incluindo vôos Tel Aviv – Atenas - Istambul  e Istambul - Atenas ( EUR 258,86 ), transfer aeroporto – hotel, duas diárias no hotel Divani Palace Acrópolis ( EUR 165,20 ), Tour Delphi e Meteora ( EUR 282,40 ), transfer hotel – porto, Cruzeiro “Jewels of the Aegean” e duas diárias no Divani Palace Acrópolis ( EUR 1231,50 ), transfer porto – tour, City Tour e Sonio ( EUR 80 ), transfer hotel – aeroporto e vôo Atenas – Moscow ( EUR 220 ).

Comentários: É a melhor empresa de turismo que já contratamos! Na realidade, eles organizam o roteiro, você passa para eles o que você quer fazer e eles te dão as opções e os dias dos pacotes. Nossa agente de turismo lá, a Aliki, eu não meço esforços para elogiá-la. Pensem em uma pessoa que faz de tudo para te ajudar, muito competente, paciente,  explica tudo nos mínimos detalhes e ainda dava a opinião dela sobre os roteiros. Raramente demorava mais de dois dias para responder um e-mail (e normalmente estes dois dias era o final de semana). Não íamos comprar as passagens de avião com eles, mas começamos a ter problemas para pagar no site da companhia aérea e pedi para ela verificar os preços das passagens fazendo a reserva pela Dolphin-Hellas: era praticamente o mesmo preço para o caso de fazermos a reserva independente de empresas de turismo! Realmente, fiquei impressionada com o atendimento.

Hotel Divani Palace Acrópolis: hotel excelente, aos pés da Acrópolis, muito bem localizado e com vista direta para o Paternon.

Hotel Amália Delphi:  o hotel fica no Monte Parnassos com uma vista maravilhosa do Golfo de Corinto. O hotel é excelente, os quartos espaçosos e muito bem decorados, o lugar é muito calmo e tem uma piscina maravilhosa. Fica a 5 minutos a pé da cidade. Recomendadíssimo!

Hotel Amália Meteora: o hotel é muito bom no estilo de um hotel fazenda. Fica a 6 km de Kalambaka.


Dia 23/09/2011 – Delphi e o Templo de Apolo

Para os próximos três dias, tínhamos contratado o tour Delphi e Meteora. O voucher do tour informava que às 7h45 a empresa de turismo passaria no hotel para nos pegar. Às 7h30 estávamos praticamente prontos quando a recepção ligou dizendo que a empresa já estava lá. Sorte que estávamos terminando de fechar as malas e em 5 minutos já tínhamos feito o check-out. Durante o curto espaço de tempo que andamos em Atenas antes de começar a viagem para Delphi, fui tendo as minhas primeiras impressões da cidade:  moderna, com problemas de cidade grande e bastante afetada pela crise que assola a Grécia (no centro da cidade há vários prédios abandonados, para vender e pichados). Durante este percurso, a guia comentou sobre alguns pontos principais da cidade e de como se locomover em Atenas. Paramos em um local onde outros ônibus aguardavam e descobrimos como funcionava: os ônibus da empresa saem por região para buscar os clientes e depois neste local, eles rearranjaram os passageiros de acordo com as excursões. Partimos para o centro-norte da Grécia.

Sonhava em conhecer este país desde meus 10 anos de idade, então esta viagem foi a realização de um sonho. E a Grécia não me decepcionou! À medida que fomos nos afastando de Atenas, a paisagem foi tomada por videiras e oliveiras. Durante o trecho até Delphi, paramos poucas vezes e a guia foi citando os pontos principais sobre cada local.

Templo de Apolo
Chegamos à Delphi por volta de 12h e já fomos direto para o Templo de Apolo.  O Templo de Apolo fica na encosta do Monte Parnasos com uma vista incrível para o Golfo de Corinto. Logo abaixo do Templo de Apolo, fica também o Templo de Atena. Segundo a guia, os gregos sempre construíam um templo maior para o deus a ser homenageado e um templo menor para o deus principal da região. O Tour nas ruinas do templo durou  1h40, dos quais a primeira 1h foram com explicações da guia e os últimos 40 minutos foi tempo livre. Ficamos encantados com a vista do lugar. Segundo a guia, Zeus soltou duas águias para que elas dessem a volta ao mundo. Quando elas se reencontrassem, ali seria o centro do mundo. As águias se reencontram onde hoje há as ruinas do templo de Apolo.  O complexo do templo era formado por diversos edifícios. Cada cidade-estado importante da Grécia fazia oferendas de tesouros ao templo e assim, havia pequenas edificações que eram chamadas Casas do Tesouro e cada cidade possuía a sua.

Esfinge grega, Museu de Delphi
No nosso tempo livre, decidimos subir o morro até chegar ao estádio onde era feitas as corridas de cavalo. Foi uma caminhada de 20 minutos para subir e outros 20 minutos para descer e já corremos para o Museu que fica ao lado do Templo de Apolo. O museu foi construído para as olimpíadas de 2004 e está novinho. Todas as estátuas que foram encontradas nas escavações do templo foram colocadas neste museu, o que achamos ótimos, pois por diversas vezes fomos a sítios arqueológicos e para ver algum item que nos interessou naquele local, tínhamos que ir a outra região ou a outro país. A visita ao museu foi bem interessante.

Vista do Golfo de Corinto (Hotel
Amália Delphi)
Depois, fomos almoçar em um restaurante perto de Delphi e o ônibus da excursão nos deixou no hotel. Achamos engraçado que a guia era tão séria que quando chegamos à recepção com as nossas mochilas, ela falou alguma coisa para o recepcionista em grego, nos informou que no dia seguinte o tour passaria para nos pegar às 14h30, deu um tchau seco e foi embora.  O hotel era grande, na encosta do Monte Parnasos, e não tinha ninguém, achamos que erámos os únicos do hotel. Quando chegamos ao quarto, acho que estávamos tão cansados que, depois de admirar a vista espetacular do Golfo de Corintos que o hotel Amália Delphi tinha, deitamos e apagamos.

Acordamos por volta de 19h30 e fomos jantar. Foi aí que vimos pessoas no hotel. O restaurante estava lotado. E a comida deliciosa!!! Acredito que a maioria das excursões chega lá no final da tarde, hospedam seus passageiros pela noite e seguem viagem no dia seguinte, por isso o hotel estava tão vazio quando chegamos.  Depois de jantar, fomos andar um pouco pela cidade. Da porta do hotel até o início da cidade era uns 50 metros. Eram mais de 20h e todas as lojinhas de souvenirs ainda estavam abertas. Demoramos 15 minutos para atravessar a cidade pela rua principal. Quando estávamos voltando para o hotel, vimos uma igrejinha numa parte alta da rua e decidimos ir lá para ver. Várias crianças estavam jogando futebol na frente da igreja ou batendo papo em grupinhos. Eu e o meu marido decidimos sentar em um banquinho em frente da igreja, bater papo e observar a juventude grega. O local era bem bucólico.

Resolvemos voltar para o hotel por volta de 22h. Na volta, passamos em um mercadinho, compramos algumas guloseimas (inclusive o vinho do meu marido, é um costume dele beber pelo menos uma garrafinha para experimentar o vinho da região ou do país) e não ficou mais que EUR 6. Ficamos impressionados com o preço, pois normalmente na Europa tudo é muito caro. Chegamos ao hotel, acessamos nossos e-mails (a internet no hall do hotel era de graça, o que não foi comum até esse ponto da viagem) e depois fomos dormir.


Dia 24/09/2011 – Templo de Atena, Lamia e Kalampaka

Como nosso tour só começaria novamente às 14h30, decidimos ir ao Templo de Atena pela manhã. Tomamos o café da manhã delicioso do hotel e fomos andando até o Templo de Atenas. No caminho, ficamos admirando o vale repleto de oliveiras (segundo a guia do dia anterior, em torno de 4 milhões). Havia banquinhos na beira do vale para as pessoas admirarem a vista e sentamos lá por alguns instantes.

Templo de Atena
Templo de Atena
O Complexo do Templo de Atena não é tão grande quanto ao de Apolo, mas é bastante grande. Andamos por uma meia hora lá e ficamos imaginando como era o local, principalmente o templo principal que teve algumas das colunas restauradas. Quando voltamos para a cidade, poucas lojinhas de lembrancinhas estavam abertas. Entramos em uma que o vendedor (e provavelmente dono do local) se achava lindo, pois depois de qualquer frase que ele falava, ele tinha que ir até um espelho da loja e arrumar o cabelo ou as sobrancelhas.  Eu fiquei agoniada com aquilo. E quando o meu marido o perguntava se ele poderia dar um desconto, aí que o cara ficava mais metido ainda, dizendo que ele não dava desconto, que os produtos dele eram de qualidade e que os preços deles já estavam abaixo dos preços da rua (bom, essa não era bem a realidade...). Fiquei desesperada para sair da loja. Como já eram por volta de 12h, fomos almoçar. Almoçamos na Taverna Vakhos e a vista do Golfo de Corinto de lá também era espetacular. Fomos os primeiros a chegar, mas pedi brusquettas (pão, normalmente baquete, cortadas em fatias com tomate, manjericão e orégano) e depois macarrão a bolonhesa. O meu marido pediu salada grega e vinho (que era produzido pelo próprio restaurante). Fiquei morrendo de vontade de comer salada na Grécia, mas depois que eu passei mal com a comida egípcia, fiquei reticente em comer verduras e legumes durante a viagem.

Vista do Golfo de Corinto
Chegamos ao hotel depois do almoço por volta de 13h. Enquanto eu acessava a internet, o meu marido decidiu voltar para a cidade para comprar pelo menos uma lembrancinha. E o pior, ele queria voltar justamente à lojinha do vendedor metido. Quando ele voltou me mostrando o que tinha comprado e dizendo que ainda tinha conseguido um desconto, eu nem acreditei. O meu marido tem mesmo a arte de negociar, pois eu, depois do primeiro não, nem voltava mais lá. Quando eram mais de 14h, várias excursões começaram a chegar ao hotel. Começamos a ficar agoniados, pois nunca nos chamavam. Eu já estava procurando o telefone da Aliki (nossa agente de turismo) quando uma guia chamou o meu nome. Era um pouco mais 14h30.

Estátua de Leonidas em Lamia
Fomos de ônibus até Lamia, onde há uma estátua de Leonidas, o rei espartano que liderou a batalha de Thermópolis contra os persas. De Delphi até Lamia foram 200 km e de Lamia até Kalampaka, onde fica Meteora, foram mais 200 km. O ônibus extremamente confortável e o motorista extremamente cuidadoso. O trecho entre Delphi e Lamia é acidentado, sendo quase 90% em cima das montanhas. Já o trecho entre Lamia e Kalampaka era plano e segundo a guia, existem épocas do ano que daquela região é possível ver o Monte Olimpo a quase 100km dali. Chegamos à Kalampaka por volta de 19h. O dia já estava escurecendo. Nossa última para antes do hotel foi em um estúdio de produção de ícones bizantinos, onde pudemos ver como os ícones são produzidos. Ficamos impressionados com o nível de detalhes e a perfeição com que os artistas pintavam. Ficamos tão empolgados que acabamos comprando um por EUR 13, o que não achamos caro pela qualidade do trabalho.

Produção de Ícones Bizantinos
Depois desta visita, fomos para o hotel, Amália Kalampaka. A guia nos informou que no dia seguinte, para entrar nos mosteiros teríamos que ir de saia e de preferencia comprida. Segundo ela, os monges que habitam os mosteiros não gostam de calças. Aí foi minha agonia, o hotel era muito bom, mas ficava a 6 km da cidade e, portanto, de qualquer centro comercial. Como não podia fazer nada, fiz questão de esquecer o assunto e ver o que aconteceria no dia seguinte. Como o jantar estava incluído no tour, jantamos no hotel. A comida uma delícia e ainda tínhamos direito a sobremesa. No final da noite, demos uma volta no hotel e notamos que o estilo dele é de um hotel-fazenda, muito bem arborizado e uma piscina grande.


Dia 25/09/2011 – Meteora e volta para Atenas

A grande vantagem de viajar de mochilas é que elas não precisam do mesmo tratamento das malas. As mochilas nós mesmo carregamos. Sendo assim, no dia anterior nos avisaram que às 8h deveríamos estar prontos para começar o tour do dia e que às 7h nossas malas deveriam estar na porta para serem colocadas dentro do ônibus. Como estávamos de mochila, no dia anterior não precisamos que os carregadores as levassem para o quarto, pois nós mesmos a carregamos e neste dia não precisamos colocar as mochilas para fora às 7h. E o melhor, sempre tínhamos certeza de que a mochila estava no nosso ônibus.

Moni Agias Triados
Saimos do hotel às 8h15. Nossa primeira parada foi em um mirador onde tiramos fotos do primeiro mosteiro, Moni Agias Triados, o que aparece no filme “007 – For your eyes only” (007 – Somente para os seus olhos) de 1981. Embora haja 6 mosteiros abertos para a visitação, nós visitaríamos apenas 2 monastérios durante o dia. O Moni Agias Triados não estava no tour principalmente porque não há como acessá-lo por estradas e para chegar até ele, era preciso subir desde os pés da torre de pedra até o topo.

Seguindo até o fim da pista, chegamos até o Moni Agiou Stefanou. Chegamos lá antes das 9h, horário em que o Mosteiro abria para visitação. Eu ainda estava preocupada com a questão da saia comprida, mas estava esperando para ver o que acontecia principalmente porque a guia não falou nada quando me viu de calça. Quando entramos, havia um pequeno armário na porta com dezenas de saias de amarrar na cintura para o meu alívio, peguei uma, vesti sobre a minha calça e sentamos em um local calmo para a guia fazer algumas explicações do lugar. Eu, naquela preocupação toda com relação a saia e que tinha gente que não estava nem aí: vi uma freira tirando uma moça do meio da multidão e puxando ela até a porta para vestir uma saia. O short da moça estava tão curto que mal cobria o essencial.

Quando terminou a explicação da guia, visitamos o museu do local e fomos para a igreja. As igrejas ortodoxias são apertadas e praticamente não possuem lugares para sentar. As pessoas assistem a missa em pé. Além disso, o altar é talhado finamente na madeira e as paredes até o teto são pintadas. Esta igreja, em especial, a pintura estava novinha, pois ela havia acabado de sair da restauração. Segundo a guia, as paredes são pintadas com passagens da Bíblia para que mesmo os analfabetos saibam estas passagens. Além disso, os ortodoxos não acreditam em imagens de santos, apenas em pinturas, para eles, as pinturas estão vivas. Então é comum ver pessoas beijando as pinturas e conversando com elas como se fossem pessoas reais. No final da visitação, tiramos fotos em um pequeno mirador dentro do mosteiro e visitamos a loja de lembranças que possuía várias coisas a preços bem razoáveis.

Moni Agiou Nikolaou
Anapafsa
Nossa próxima parada foi em outro mirador, já no centro de Meteora de onde era possível ver todos os mosteiros da região. A vista de lá é espetacular. Admiramos a paisagem por uns 15 minutos e depois descemos caminhando até o Moni Agias Varvaras Rousanou. Não tão grande quando o monastério anterior, mas com uma visão privilegiada da região, sendo possível ver todos os 6 mosteiros da região. Eles possuem o mesmo sistema de saia que o monastério anterior. A pequena igreja dentro dele não passou ainda por uma restauração, então foi possível ver a diferença entre o novo e o antigo. No caso desta igreja, mal era possível ver as figuras na parede e em alguns locais a superfície das paredes já estava bem deteriorada. No final do passeio, descemos a pé até o ônibus.

Almoçamos no Restaurante Meteora em Kalampaka e foi mais ou menos no estilo self-service, mas com uma diferença, caso você comesse carne o preço era EUR 9 e se você comesse massa, o preço era EUR 7. As bebidas eram pagas por fora e nossa conta não passou de EUR 15 por pessoa. Novamente, muito barato para ser Europa.

Depois do almoço, passeamos pelas ruas perto do restaurante. Saimos de Kalampaka às 13h30. A volta para Atenas também seria em torno de 400 km. Seguimos pela mesma estrada até Lamia e depois seguimos a costa até chegar perto de Atenas. O ônibus da excursão nos deixou no hotel por volta de 19h.

Andamos pela rua do nosso hotel, Divani Palace Acrópoles, fomos a dois mercadinhos e uma farmácia que ficavam na mesma rua e depois fomos jantar. Nossa intenção era jantar no terraço do hotel com vista para a Acrópolis de Atenas. No entanto, estava tendo uma festa de casamento no local e tivemos que desistir deste plano. Jantamos no restaurante que fica no subsolo do hotel, pagamos por 24 horas de internet (EUR 5, bem razoável) e depois de navegarmos, fomos dormir.


Dia 26/09/2011 – Início do Cruzeiro pelas Ilhas Gregas e Mykonos

Tomamos café, navegamos por mais um tempo na internet e fizemos o check-out. O programado era que o nosso motorista passasse no nosso hotel por volta de 8h45, embora o horário programado para o cruzeiro zarpar era às 11h. No entanto, como anteriormente, o motorista chegou por volta de 8h30. Só que desta vez já estávamos preparados, às 8h20 já estávamos no hall do hotel esperando por ele. Na ida para o Cruzeiro conhecemos outras regiões de Atenas. Indo em direção ao Porto de Piraeus, conhecemos umas das principais ruas de Atenas, a Syngrou Avenue, larga, cheia de lojas e hotéis. No entanto, como Atenas também é uma cidade grande, as avenidas do porto estavam engarrafadas e o nosso motorista para não nos atrasar, decidiu passar por ruas pequenas e começamos a ver que, o abandono de alguns prédios no centro da cidade não existia nesta região, muito parecida com as praias de Copacabana e Ipanema no Rio de Janeiro. Definitivamente, os mais abastados vivem no litoral em Atenas.

Chegamos ao Porto às 9h30 e o check-in foi muito parecido com o de um aeroporto, com a diferença que existiam placas e pessoas da Louis Cruises Lines por todos os cantos informando onde fazíamos o check-in. Além disso, nos mesmos que identificamos e colocamos nossas malas na esteira. Já na entrada no check-in uma moça nos abordou para perguntar se queríamos comprar o pacote de bebidas, ao em torno de EUR 60 por pessoa para beber o que quiser durante os quatro dias do Cruzeiro. Preferimos embarcar primeiro para depois decidir o que faríamos. Quando finalmente chegamos ao balcão de check-in, ficaram com nossos passaportes e nos entregaram cartões que serviriam para praticamente tudo dentro do barco, desde identificação até para o pagamento de bebidas e tours. O meu marido ficou preocupado com a história de entregarmos nossos passaportes, mas no final, acabamos consentindo pois não vimos ninguém negando a entrega. Antes de embarcar, passamos pelo Duty Free e não encontramos nada que nos interessasse. Fiquei impressionada com o tamanho do Cruzeiro: gigantesco!!!

Assim que entramos, um rapaz verificou nossos cartões e nos informou que o nosso quarto só estaria pronto depois das 10h30. Como ainda eram 10h, resolvemos passear dentro do barco. Ficamos um tempo no deck superior e depois fomos para a recepção para já analisarmos os tours que gostaríamos de fazer. Acabamos escolhendo os seguintes: Ephesus e The House of Virgin Mary (EUR 65 por pessoa), Saint John’s Monastery & Grotto of the Apocalypse (EUR 51), Knossos Palace (EUR 58) e Excursion to Oia Village (EUR 55). No caso do último tour, ficamos extremamente indecisos quanto as opções em Santorini, pois havia uma outra excursão que visitávamos o vulcão e nadávamos em uma região de água quente no mar. Mas as construções braquinhas, marca registrada da Grécia, acabaram vencendo o páreo.

Não só na Grécia, mas em outras regiões, ao saber que éramos brasileiros começavam a conversar em espanhol conosco, como se tivéssemos obrigação de saber espanhol. Aconteceu na Jordânia e não foi diferente no Cruzeiro. No entanto, neste Cruzeiro, acredito que pelo menos 40% dos 1200 passageiros eram brasileiros ou “espano-hablantes”. Tanto que todos os lugares que íamos, nos cumprimentavam em português. Na realidade, em portunhol. Claro que a intenção deles era a melhor possível, mas dispensamos todas as explicações em espanhol ou em portunhol e sempre íamos às apresentações em inglês.

Quarto da nossa  suite no Cruzeiro
Às 11h15 tivemos a nossa primeira apresentação. O gerente do Cruzeiro nos explicou como tudo funcionava: havia 4 restaurantes no Cruzeiro, um a la carte, um self-service, um de massas e outro de petiscos. Além disso, havia lojas, bares e até um cassino a bordo. No cartão de identificação seriam cobrados como gorjeta para os 
Sala da nossa suíte no Cruzeiro
camareiros EUR 8 por dia, por pessoa dentro do quarto e quanto ao pacote de bebidas, ele foi muito sincero, se eu não bebesse bebida alcoólica e no mínimo 4 latinhas de refrigerante por dia, não valia a pena contratar o pacote de bebidas. Depois da apresentação do gerente do cruzeiro, houve outra apresentação a respeito dos tours. Terminada as apresentações, fomos para o nosso quarto e tivemos uma supresa: era um apartamento! Quarto, sala, closet e banheiro com banheira. Televisão tanto no quarto quanto na sala, aparelho de som, frigobar e janelas panorâmicas tanto no quarto quanto na sala. Quando contratamos o Cruzeiro, 8 meses antes, já havíamos contratado um dos melhores quartos, mas uma semana antes do nosso embarque, a Aliki havia enviado um e-mail informando que nossa reserva havia sofrido um upgrade e que iriamos ficar na melhor suíte do cruzeiro. A-D-O-R-A-M-O-S-!!!

Às 11h30 soou um alerta informando que cada um deveria pegar o seu colete salva-vidas e ir para um ponto de evacuação. Pegamos nossos coletes e dois minutos depois, já estávamos no convés do Cruzeiro. Era um ensaio e após verificarem que todos os passageiros estavam lá (o que foi muito rápido por sinal), terminaram o exercício e todos retornaram para os seus quartos.

O meu marido queria almoçar no Seven Seas, por imaginar que, como o nome possuía a palavra oceano, o restaurante teria frutos do mar. Embora fosse self-service, a fila para almoçar já estava saindo do restaurante. Então decidimos almoçar no Four Seasons, o restaurante a la carte. Como era tudo incluído no preço do Cruzeiro, tinhamos direito a entrada, prato principal e sobremesa e tinhamos de 4 a 5 opções para cada um dos pratos. As bebidas seriam pagas a parte quando fechássemos nossa conta no cruzeiro. A comida estava deliciosa e enquanto almoçávamos, o cruzeiro zarpou. Ficamos impressionados como ele tremeu nos primeiros instantes. Depois do almoço, fomos para o  quarto, deitamos na cama e ficamos admirando a paisagem: o mar da Grécia é deslumbrante, de um azul bem escuro, igualzinho aos filmes.

O meu marido resolveu dormir e eu decidi tomar sol no Sun Deck. O vento estava tão forte que o barco estava navegando inclinado, perceptível para inclinação no nível da piscina e das banheiras de hidromassagens. Além disso, nem precisávamos entrar na água para nos molharmos, o vendo batia com tanta força na água que a água do mar espirrava nas pessoas dentro do barco. Logo, logo, desisti de tomar sol.


Mykonos
Chegamos a Mykonos por volta de 16h30 e o desembarque foi muito rápido. Primeiro desembarcaram as pessoas que contrataram o walking tour e depois as que pegariam apenas no transporte até a cidade (nosso caso). Chegamos a Mykonos e fiquei empolgadíssima, minha primeira ilha grega!!! Como eu sonhei com isso. Estava com um sorriso de orelha a orelha. Segundo o meu marido, era nítida a minha alegria. O cruzeiro parou a
Mykonos
 uns 3 km da entrada da cidade e os ônibus nos levaram até 500 metros da rua principal, em um ponto de ônibus. Caminhando na beira do mar para chegar até a rua principal notamos que os gregos têm uma preocupação muito grande em preservar a água do seu país: limpíssima! E a cidade branquinha ao fundo fazia um contraste belíssimo com a água. Quando chegamos à Mykonos, começamos a passear pela cidade e fomos até um ponto alto para ver o pôr-do-sol. Ventava tanto que a única posição para mim era encostada em algum canto que bloqueasse o vento. E olha que eu nem sou magra. O pôr-do-sol foi maravilhoso!

Little Venice, Mykonos
Quando o sol se pôs, fomos andar pela cidade. Um labirinto! No entanto, embora seja uma cidade pequena, vimos pousadas dignas de cidade grande, paradisíacas. Fomos caminhando pelo labirinto de ruas da cidade até chega a uma igreja de cúpula vermelha, muito bonita. Depois, fomos até Little Venice e aos Moinhos de Vento que são uma marca registrada de Mykonos. Little Venice tem esse nome porque os prédios foram construídos na rocha a beira mar, bem parecido com o que ocorreu em Veneza.

O vento ainda estava bem forte e foi difícil tirar fotos de Little Venice. Ao andar pela cidade e perguntar o preço das coisas, notamos que a realidade da ilha é bem diferente da realidade do continente: tudo é mais caro. Queria acessar a internet e do cruzeiro o preço era proibitivo: EUR 20 por hora. Então encontramos vários bares que tinham internet wi-fi de graça. Comemos brusquettas, acessamos a internet e ficamos admirando a paisagem, principalmente porque este bar era em Little Venice.

Voltamos para o cruzeiro às 20h satisfeitos com Mykonos, poderíamos ter ficado até às 21h, mas já tínhamos visto tudo que nos interessava na ilha. Como havia comprado algumas guloseimas tipicamente gregas em Mykonos, perdemos o interesse em jantar. Chegamos no cruzeiro e fizemos um depósito nos nossos cartões de mais ou menos EUR 300, quantia que acreditávamos que íamos gastar considerando os tours, as gorjetas e as bebidas. Deixei também um bilhete para os camareiros pedindo para eles deixassem o jornalzinho do cruzeiro (com todas as atividades do dia) em inglês e não em espanhol, como eles haviam feito. Depois disso, fomos dormir.


Dia 27/09/2011 – Kusadasi, Casa da Virgem Maria, Ephesus e Patmos, Mosteiro de São João e Gruta do Apocalipse.

Estátua da Virgem Maria
Acordamos já atracados em Kusadasi, na Turquia. Tomamos café bem cedo e nos preparamos para a excursão. Sairíamos às 6h45. A distância entre 
Casa da Virgem Maria
 Kusadasi e a Éphesus é de 50 km. Fomos direto para a Casa da Virgem Maria. O passeio lá foi bem rápido, em torno de 1h. Nossa guia era excelente e bem divertida.  Fez uma explicação de 30 minutos e depois nos deu mais 30 minutos de tempo livre. A Casa da Virgem Maria foi o local onde ela passou os seus últimos anos. Entramos em uma fila para conhecê-la por dentro e ver a estátua que foi encontrada em escavações da região. Já na volta para o ônibus, há um muro cheio de pedidos e eu e o meu marido não perdemos a oportunidade de fazer os nossos.

Ephesus
Por volta de 8h fomos para Ephesus, aos pés do morro onde fica a Casa da Virgem Maria. Um dos sítios arqueológicos mais bem preservados da região do Mediterrâneo. Obviamente, os prédios não resistiram aos séculos, mas diversas faixadas resistiram ao tempo. Há um museu dentro do sítio arqueológico, mas por falta de tempo, não pudemos visita-lo. Tiramos várias fotos do lugar, inclusive da faixada da Biblioteca de Ephesus, o símbolo do sítio. Já quase no final da cidade, há um anfiteatro para quase 7 mil pessoas. Além disso, foi bem interessante saber que Cleópatra e Júlio Cesar já andaram pelas ruas de Ephesus em diversas ocasiões.

Ephesus
Finalizada a visita em Ephesus, voltamos para Kusadasi e nossa próxima parada foi uma loja de tapetes  turcos. Fiquei imaginando minha mãe, que adora tapetes, num lugar como aquele. Os tapetes belíssimos e de excelente qualidade. Os preços não eram exorbitantes, mas como nem eu e nem o meu marido gostamos de tapetes, após a apresentação, fomos embora. Andamos pelo mercado perto do porto e acabamos entrando em uma ótica para procurar uns óculos para o meu marido. Inacreditavelmente, achei uns óculos idênticos ao que eu tinha e que, por algum motivo inexplicável, estragaram as lentes quando fomos ao Mar Morto. E o preço foi bem razoável: U$ 125. No entanto, o meu marido não encontrou os óculos que ele estava procurando.

Passamos pelo Duty Free antes de embarcar e não achamos nada de interessante. Embarcamos por volta de 11h00, uma hora antes de o cruzeiro zarpar. Notei que os nossos camareiros haviam deixado o jornal em inglês como havíamos pedido. Também demos sorte que, como as pessoas deixaram para embarcar já perto do 12h, tivemos a oportunidade de almoçar no Seven Seas sem tumulto. No entanto, não era nada do que o meu marido esperava. Era um restaurante self-service normal, servindo apenas um tipo de frutos do mar. Fiquei até com dó dele, pois ele ficou super decepcionado. No entanto, a comida estava uma delícia.

Menor distância entre a Europa
e a Ásia (esquerda - Turquia,
direita - Samos, Grécia)
Logo depois que zarpamos, passamos pelo estreito entre a Turquia e a Grécia. O interessante deste lugar é que ele é a menor distância entre a Europa e a Ásia.

Chegamos a Patmos por volta de 16h. Nosso desembarque foi realizado por tenderboats. Fiquei impressionada com a rapidez. Em menos de 20 minutos, eles já haviam desembarcado mais da metade dos passageiros. Nosso primeiro destino foi a Gruta do Apocalipse em Hora. Nossa guia era excelente. Ela fez algumas explicações sobre o local, pois todas as explicações deveriam ser feitas antes de entrar
Gruta do Apcalípse
 na gruta, pois não era permitida a entrada de guias junto com os seus grupos. Entramos na fila e demoramos uns 15 minutos até chegar à entrada da gruta. Foi bem interessante ver o local onde São João escreveu o Apocalipse, o local onde ele colocava a cabeça para dormir, a rocha do teto dividida em três, representado a Santíssima 
Vista de Patmos
(nosso cruzeiro a direita)
Trindade, e o local onde o seu discípulo anotava fazia as anotações das citações de São João. Depois, fomos ao Mosteiro de São João, visitamos uma igreja e escutamos informações novas: as imagens dos santos das igrejas ortodoxas não mudam com o tempo, elas são as mesmas desde o início do catolicismo. Em contra-partida, as estátuas das igrejas católicas engordaram, emagreceram, ficaram musculosas ou franzinas de acordo com o passar dos séculos.  Após as visitas, houve uma confusão com os ônibus e acabamos tendo que esperar por um pouco mais para descer para Skala, onde ficava o porto da ilha. Enquanto esperávamos, ficamos conversando com a guia e ela nos contou que as casas daquele local eram caríssimas. Também pudera, a vista é deslumbrante!

Chegamos a Skala por volta de 18h30, enquanto que programado era 18h. Despedimos-nos da guia e fomos andar pela parte central da cidade. Em 20 minutos, já tínhamos visto tudo, andamos mais um pouco pelo local, fizemos umas comprinhas e notei que, nas ilhas menos badaladas, as coisas não eram tão caras. Vi um vestido que em Mykonos custava EUR 40 por EUR 25 em Patmos. Acabei comprando o vestido.

Voltamos para o cruzeiro por volta de 20h, nos arrumamos e fomos jantar. A fila para o Four Seasons estava gigantesca, então fiquei na fila enquanto o meu marido foi tentar arranjar outro restaurante para nós. Nesta noite, gostaria de comer no Piazza San Marco, de massas. No entanto, tanto ele quanto o Seven Seas estavam lotados. Acabamos comendo Café Royal, de petiscos, mas não me agradou tanto. Depois, fomos dormir.


Dia 28/09/2011 – Lindos, Antony Quinn’s Bay, Faliraky e Rhodes (Old Town).

Atracamos em Rhodes por volta de 4h30. Tomamos café às 7h e 8h desembarcamos. Para esse dia, não contratamos nenhum tour. Queriamos ter a oportunidade de passear por uma ilha grega sem guias por perto. A “Old Town” de Rhodes fica do lado do porto. Além disso, há vários locais de aluguel de automóveis.

Lindos
Alugamos um quadriciclos por um dia por EUR 50. Tinha outros mais baratos, mas preferimos alugar o mais caro por ser mais novo e a
O meu marido e o nosso super quadriciclo
(Lindos ao fundo)
 possibilidade de dar defeito ser menor. Nosso primeiro destino em Rhodes foi Lindos. O nome já diz tudo, é realmente lindo. No entanto, o quadriciclo mal passava de 60 km/h então demoramos quase uma hora para chegar lá. Lindos é um forte em cima do morro com uma cidadezinha de casas brancas na base. Além disso, uma praia muito bonita de água transparente banha a cidade. Ficamos na praia por umas duas horas e pagamos EUR 8 para podermos utilizar as esteiras e o guarda-sol.

Antony Quinn's Bay
No vôo que fizemos de Tel Aviv até Atenas na ida para a Capadócia, havia uma revista da Aegean Air. Por sorte, havia uma reportagem sobre as praias de Rhodes. Vi uma que fiquei louca para conhecer: Antony Quinn’s Bay. Insisti com o meu marido para irmos até lá, embora a vista desde Lindos até a cidade de Rhodes fosse deslumbrante. Quando chegamos lá, ele se apaixonou pelo lugar. A água transparente, sem ondas, sendo possível ver as formações rochosas no fundo. Não pagamos por nada na praia, pois nossa intenção era ficar por uma hora e não utilizamos as esteiras e nem o guarda-sol, mas nos arrependemos de não ter ido mais cedo para lá. Em Antony Quinn’s Bay descobrimos porque as praias da Grécia são tão famosas. Há recantos deslumbrantes!!!

Falikary
Depois fomos para Falikary. É uma praia normal, como as do Brasil, só que com areia escura. A água não é tão bonita como nas outras praias, mas é uma praia enorme, com uns 2 km de extenção. Almoçamos por lá em um restaurante na beira da praia. A comida foi boa e bem barata, não foi mais que EUR 10 por pessoa. Como já eram quase 14h30, decidimos voltar para Rhodes.

Chegamos às redondezas de Rhodes às 15h. O meu marido estava super preocupado em nos perdemos e acabarmos perdendo nosso cruzeiro. Assim que fomos em direção ao Porto, já vimos o nosso cruzeiro. Ele ficou bem mais aliviado. Quando entregamos o quadriciclo então, ele relaxou.

Rhodes Old Town
Ficamos umas duas horas passeando dentro da velha cidade. Um mercado gigante, mas muito melhor que Jerusalém, por exemplo. Paramos em um dos cafés do local e até consegui acessar a internet. Gostamos bastante da cidade, bem medieval. A rua das embaixadas, Kleovoulou Square, é muito bonita. Não tivemos tempo para visitar o Museu Arqueológico. Foi uma pena também que o Palácio dos Grandes Mestres estava em reforma. Um verdadeiro palácio medieval!

Embarcamos novamente por volta de 17h. Zarpamos por volta de 18h30. Decidimos jantar no Four Seasons e para fazer isso e evitar a fila monstruosa que se formava na frente do restaurante a noite, fomos um dos primeiros a entrar assim que o restaurante abriu. No entanto, como éramos apenas um casal e a maioria das mesas eram para 8 pessoas. Nós fomos colocados em uma mesa com um casal de canadenses e um casal de argentinos. No final, foi bem interessante, o meu marido conversou com o casal de argentinos e eu pude arranhar o meu francês com o casal de canadenses. Mas, para o meu marido não ficar perdido na minha conversar, resolvemos todos conversar em inglês. Menos os argentinos que nos disseram que não sabiam nada de inglês. O jantar foi ótimo, tanto a conversa quanto a comida. Logo depois fomos dormir.


Dia 29/09/2011 – Creta (Palácio de Knossos) e Santorini (Fira e Oia)

Atracamos em Creta por volta de 6h. Contratamos o tour do Palácio de Knossos e ficamos bem decepcionados. A guia não era lá grande coisa e a primeira frase dela foi: “O Palácio de Knossos não era assim no início, um inglês descobriu as ruinas, comprou o terreno e começou a reconstruir o palácio da forma que ele acreditava que era.” A nossa empolgação acabou na hora. Ver construções inglesas a gente vai à Londres para ver. Se eu pudesse trocar de excursão naquela hora eu trocava. Ficamos ainda mais umas duas horas lá dentro do palácio e eu acho um absurdo ainda dizerem que o palácio ainda é um dos mais bem conservado. É óbvio, um cara há um século começou a reconstruir da cabeça dele, sem pesquisa nenhuma. A guia ainda disse que o famoso labirinto do Minotauro era o próprio palácio, devido a grande quantidade de quartos e salões.

O cruzeiro zarpou por volta de 12h com direção a Santorini. Tivemos uma última reunião com o gerente do cruzeiro e ele nos informou que às 15h30 chegariamos a Santorini. Além disso, solicitou que todos que não tinham cadastrado o cartão de crédito como forma de pagamento das despesas do cruzeiro que fechassem suas contas e que as bebidas passariam a ser pagas em dinheiro a partir do almoço deste último dia. Após o nosso retorno de Santorini, tínhamos que pegar os nossos passaportes e ficaríamos com o cartão do cruzeiro como souvenir.

Diferença na cor da água do vulcão,
Santorini
Almoçamos, dormimos, e às 15h foi para frente do cruzeiro para ver nossa chegada em Santorini. Poucos minutos depois, o meu marido também apareceu por lá. Não é a toa que ela é considerada uma das mais belas ilhas da Grécia. À medida que fomos entrando na caldeira, onde há séculos atrás era o vulcão, as cidades foram ficando cada vez mais linda. O Cruzeiro passou ao lado do vulcão e foi possível perceber a diferença na cor da água devido a grande presença de enxofre no local. Descemos por tenderboats e pegamos um ônibus que nos levou direto para Oia. O interessante da estrada é ver as camadas de lava descendo pelo morro. A guia também nos contou que os antigos afirmam que quando o vulcão está para entrar em erupção, a água do mar em volta do vulcão se torna avermelhada. Além disso, nos disse que as casas não possuem telhado porque a água da chuva é preciosa, pois a reserva de água doce deles é quase inexistente e eles constroem a parte de cima da casa como se fosse um reservatório justamente para acumular a água lá.

Oia, Santorini
Sabe aquelas fotos que vemos da Grécia, com aquelas igrejas de cúpula azul e as casas brancas se espremendo na encosta? Pois é, a grande maioria destas fotos são tiradas em Oia. A cidade é pequena, mas deslumbrante. Toda esquina é um cartão postal. Ficamos apenas 1h30 na cidade, mas pudemos tirar diversas fotos do local. Oia é o típico lugar para ir e se esquecer do mundo lá fora. Acredito que fora do horário de pico, deve ser relaxante ficar lá. Se eu tiver a oportunidade um dia, vou querer passar pelo menos uns dois dias lá.
Hotel em Oia, Santorini
 De Oia fomos para Fira, a capital da ilha. Ficamos andando pelas ruazinhas e pelas dezenas de lojinhas. Queríamos até ver o pôr-do-sol de lá, tendo em vista que dizem que é um dos mais bonitos do mundo, mas não tivemos tempo. E os bares na encosta estavam lotados. Depois de caminharmos por quase 1h, paramos para tomar um café e acessar a internet. Por displicência minha, acabei perdendo o meu chapéu (o mesmo que comprei em Cuzco no ano anterior). Por volta de 19h30 decidimos voltar para o cruzeiro. Tínhamos duas opções: a pé ou de funicular. Já tínhamos a intensão de descer o morro a pé por uma escada que existe no local. E quando vimos a fila para comprar o ingresso para o funicular, a idéia de descer andando ficou mais forte ainda. A descida durou uns 15 minutos e o único inconveniente foi o cheiro das fezes dos burrinhos. Também existe a possibilidade de descer de burro. Quando chegamos ao porto, pegamos o tenderboat e voltamos para o cruzeiro.

Chegamos ao quarto, terminamos de arrumar nossas malas, buscamos nossos passaportes, jantamos pela última vez no Four Seasons e fomos para uma apresentação de piano e violino. No final da apresentação, o cruzeiro balançava tanto que tivemos que nos apoiar nas paredes para conseguir chegarmos ao nosso quarto. Não mencionei isso antes, mas existem diversas atividades para manter os passageiros ocupados o dia inteiro e boa parte da noite. O meu marido, por exemplo, fez aulas de grego por dois dias. Como o meu interesse era apenas as ilhas gregas, não participei de nada, apenas das reuniões para saber quais seriam os procedimentos de desembarque e de tours.

Identificamos nossas malas e as colocamos de fora do quarto para que quando acordássemos no dia seguinte, elas já tivessem sido desembarcadas. Depois, fomos dormir.


Dia 30/09/2011 – Atenas, Acrópolis e Sonio

Acordamos cedo, tomamos café e às 6h30 desembarcamos. Adoramos o cruzeiro! Não duvido que se tivéssemos a oportunidade, o faríamos de novo. Quando desembarcamos, haviam filas de malas na área de desembarque. Tinhamos combinado com a Aliki que iriamos deixar as nossas malas no porto e só as pegaríamos novamente na central do city tour que iriamos fazendo. No entanto, como ainda era muito cedo, tivemos tempo de pegar nossas mochilas e as levarmos conosco.

Entrada da Acrópole
Nosso transfer estava agendado por volta às 7h, mas como descemos antes, ficamos um tempo esperando pelo nosso motorista no porto. Quando ele chegou, nos levou a central da Key Tours, a empresa de turismo que faria o City Tour conosco. O nosso ônibus estava lotado. Fizemos um passeio por diversos lugares da cidade como o Arco de Adriano, o Templo de Zeus, o Estádio Olímpico, a Praça Syntagma e o Parlamento e o que eles chamam de Triade Ateniense: a Academia de Letras, a Universidade e a Biblioteca de Atenas, uma do lado do outro. O ônibus do city tour nos deixou na porta da Acrópole.

Pathernon, Acrópole
Nossa guia era excelente, fez diversas explicações sobre a Acrópole e depois subimos até a entrada. Eu, que sempre fui louca para visitar esse lugar, não via a hora de ver o Pathernon de pertinho. E finalmente lá estava ele, em toda a sua imponência. O lugar estava. E uma das coisas que a guia nos disse era que dentro da Acrópole só se pode beber água, respirar e admirar. E nós pudemos observar que a guia estava correta: vimos uma pessoa tirando o cigarro para fumar, quando um supervisor viu, veio gritando dizendo que não era permitido e tomou o cigarro do rapaz. Eu e o meu marido como tempos alergia a fumaça do cigarro, achamos ótimo.

Pathernon
Acho que admirar foi o que mais fiz. Acho que o meu marido nunca me viu tão deslumbrada com um lugar como eu estava com o Pathernon. A guia nos contou que, como ele foi construído para a deusa da sabedoria e da inteligência, Atena, o Pathernon, no seu auge, era a mais perfeita das edificações. Já naquela época sabia-se que a visão humana afunila as imagens, então as colunas dele eram ligeiramente inclinadas para que os seres humanos as enxergassem perfeitamente paralelas.  Hoje o Pathernon está em restauração para que, em um futuro, ele se pareça com o que ele era na época dos antigos gregos. O interessante é que os arqueólogos estão reconstruindo as colunas com o mármore branco. Nas colunas que foram recentemente restauradas, é evidente a diferença de cor. No entanto, as que foram restauradas a 3 ou 4 anos, já é difícil identificar o que é novo e o que é antigo. O mármore branco fica amarelado e se iguala a cor do mármore original. A guia também nos contou que na entrada da Acrópole há a única deusa Nike, a deusa da vitória, sem asas. Isso porque os atenienses não queriam a vitória fosse sempre deles e que não fugisse, então a esculpiram sem asas.

Templo de Zeus visto da Acrópole
Depois, fomos para o novo Museu da Acrópolis, aos pés da Acrópolis. Além de boa parte das esculturas originais da Acrópolis, o terceiro andar do museu foi construído no mesmo alinhamento do Pathernon, com os resquícios das faixadas. Então, os se observar o terceiro andar do museu, é possível imaginar, ao olhar o Pathernon ao fundo, como aquela faixada era originalmente. Uma pena uma grande quantidade de partes da faixada esteja no British Museum. No museu também tem, além das estátudas que faziam parte daquela faixa triangular em frente e atrás do Pathernon em tamanho real, um modelo em tamanho pequeno de como eram as estátuas. Segundo nossa guia, as estátuas contavam a história de como surgiu a cidade de Atenas. Zeus criou uma competição entre Atena e Posseidon e que ganhasse se tornaria o deus protetor da cidade que levaria o seu nome. Posseidon ofereceu a água e Atena ofereceu a oliveira, tão venerada pelos gregos até hoje. Obviamente, Atena venceu a competição e como era um complexo de pequenas cidades no início dos tempos, recebeu o nome de Atenas.

Almoçamos, por conta do tour, em um restaurante em Plaka, um bairro aos pés da Acrópole. A guia nos deixou lá e nos informou que 14h45 deveríamos estar novamente na Key Tours, 10 minutos de caminhada desde o restaurante para iniciar o tour da tarde até Sonio. Durante o almoço, conhecemos um grupo de americanos que concidentemente estavam no mesmo hotel que nós. A conversa estava tão boa, que perdemos a noção do tempo, quando percebemos já eram 14h30 e nem tínhamos pagado a conta ainda. No entanto, o restaurante também enrolou muito para servir os pratos. Começamos a comer às 12h30 e até aquela hora não tínhamos comido a sobremesa. Dispensamos a sobremesa, pagamos a conta e corremos para a Key Tours. Nossa sorte foi que o tour só saia às 15h, então chegamos a empresa a tempo.

Templo de Posseidon, Sonio, Grécia
O tour para Sonio foi muito bom, principalmente porque tive a oportunidade ver o litoral perto de Atenas. Há vários bairros, muito bem estruturados e com casas excelentes. Além disso, o mar da Grécia é espetacular. Não era difícil ver pessoas nadando nas pequenas praias ou mergulhando nas encostas. Além disso, da mesma forma que em Rhodes e mesmo tão perto de Atenas, a água era transparente e sem ondas. Se soubesse antes de fazer as reservas do hotel, teria reservado pelo menos um dia de hotel na beira do mar.

Chegamos a Sonio por volta de 16h. E o local é realmente muito bonito. O templo ainda está preservado e as colunas ainda estão brancas, o que não é comum. Segundo nossa guia, o clima do local contribuiu para que o templo permanecesse daquela forma. Uma pena que os antigos visitantes não tivessem a consciência de que eles estavam depredando um bem precioso da história, a pichações escadas em várias partes do templo, inclusive de Lord Byron. Voltamos para Atenas por volta de 17h.

Vista do restaurante no terraço do hotel
Deixaram-nos no hotel por volta de 18h30. Decidimos que se nesse dia fosse possível, jantaríamos no restaurante no terraço do hotel. Fizemos nossa reserva e fomos nos aprontar para o jantar. A vista do restaurante era espetacular, parecia que o Pathernon a noite era ainda mais bonito. A comida estava deliciosa!!! Pena que o frio que estava fazendo não nos deixou ficar por mais tempo no restaurante. Terminamos de jantar e fomos para o quarto do hotel. Estávamos exaustos e com sono.


Dia 01/10/2011 – Plaka, Rua Ermou, Hard Rock Café e McArthur Glen Design Outlet

Tomamos café da manhã e fomos lavar roupas. Haviamos procurado uma lavanderia que poderíamos ir de metrô até lá. A intenção era levarmos as roupas e ficarmos esperando até que elas ficassem prontas para levarmos de volta para o hotel. Encontramos a uma lavanderia de uma senhora chamada Maria Nestoros Konstantatou e que dizia que era self-service. Vimos que bastava chegar à estação Metaxourgeio que estaríamos a poucos metros da lavanderia.

Ficamos impressionados com a qualidade do metrô em Atenas, tudo bonito, novinho e bem arrumado. Fora que o bilhete não é por trecho e sim por tempo: podíamos comprar o bilhete de 1h30 ou de 24h. Compramos o de 24 horas e foi em torno de EUR 4. Quando chegamos a lavanderia, tivemos uma surpresa: não era self-service, a senhora que lavava para nós. Ela nos cobrou EUR 40 por 10 kg de roupa, o que achei caro, mas como já estávamos lá, decidimos pagar. A vantagem foi que só tínhamos que voltar mais tarde para buscar as roupas. Sendo assim, voltamos para Plaka.

Aparentemente, os gregos gostam de acordar cedo. Já eram mais de 10 horas e boa parte das lojinhas ainda estavam fechadas. Mesmo assim, passeamos por umas duas horas em Plaka. Por volta de 12h, voltamos à lavanderia para buscar as nossas roupas. Fomos para o hotel, deixamos nossas roupas e voltamos para Plaka. Andamos lá por mais uma hora e fomos para a rua Ermou, a Champs-Elysées de Atenas. No entato, os preços não eram nem comparáveis. Fui a H&M, uma loja já havia visitado em outras partes da Europa, e os preços de Atenas eram bem atraentes. Comprei uma blusa de frio lindíssima por EUR 20. Fiquei impressionada. Até o meu marido que não gosta tanto assim de comprar, me disse que se a Grécia fosse o nosso último destino da viagem, ele me deixaria levar um guarda-roupa novo de volta para o Brasil, pois até ele achou os preços baratos.

Almoçamos no Hard Rock Café de Atenas. A comida estava ótima. Havia comprado as passagens de um ônibus do McArthur Glen Design Outlet. Na volta para a Praça Syntagma, vimos o ônibus do outlet estacionado a uns 200 metros da praça em uma das ruas. Ficamos encucados com aqui, pois no nosso bilhete dizia que ele passaria na Praça Syntagma às 16h. O motorista estava no ônibus, mas não falava uma palavra de inglês. Então voltamos para a praça para tentar buscar informações. Perguntamos a várias pessoas, inclusive uma guia do Hop-on, Hop-off de Atenas, e ninguém soube nos informar onde pegaríamos o ônibus. Uns 20 minutos depois, vimos uma moça com uma placa do Outlet a uns 50 metros de distância de nós. Ficamos aliviados. Informamos a ela que tínhamos comprado os bilhetes pela internet e ela nos deixou entrar no ônibus, o mesmo que tínhamos visto antes.

Desde a Praça Syntagma até o outlet foi 1 hora. O estilo do outlet era bem parecido com o que visitei em Las Vegas. Parecia uma pequena vila, cheio de lojas de marca. Visitamos a Guess, a Polo, a Lacoste, a Columbia, a Nike, a Adidas e muitas outras. O preço não era tão agradável como dos EUA, mas ainda era mais barato que no Brasil. Compramos poucas coisas e fomos para um café para esperar a hora de voltar para Atenas. Estava tão cansada que quando entrei no ônibus apaguei. Só acordei quando o ônibus parou na Praça Syntagma e vários manifestantes começaram a reclamar com o motorista. O motorista andou uns 200 metros e nos deixou e uma rua perto da praça. Voltamos para a praça, pegamos o metro e isso foi o máximo de manifestação que vimos na Grécia.

Chegamos à estação de metro Acropolis e terminamos de chegar ao hotel a pé. O meu marido ficou impressionado que já eram quase 22h e as lojinhas que vimos abertas pela manhã ainda estavam abertas até àquela hora. Quando chegamos no hotel, o grupo de americanos com quem tínhamos almoçado no dia anterior estava saindo para jantar, mas estávamos tão cansados que desistimos do convite deles. Nem jantamos, fomos direto para a cama.


Dia 02/10/2011 – Sítios Arqueológicos e o Museu de Arqueologia de Atenas

Arco de Adriano
Hoje era um dia livre, não tínhamos programado nada. Tomamos café da manhã e saímos para andar pela cidade. Fomos primeiro ao Templo de Zeus e ao Arco de Adriano. Quando o meu marido me disse que o Templo de Zeus era maior que o Pathernon eu não acreditei, mas quando chagamos lá, era evidente. Tiramos algumas fotos e fomos andando pelo National Garden até chegar ao Parlamento.

Para nossa sorte, era domingo e quase 10 horas da manhã, horário em que ocorre a troca da guarda mais especial da semana. As pessoas já se reuniam em frente ao Parlamento e eu fiquei interessada em ver. O meu marido, como já havia sido militar, não estava dando tanta importância, mas ficou lá por minha causa. Depois de 15 minutos, no sol forte, perdeu a graça. Digamos que ficar olhando homens abanando o pé para andar não é o meu forte.

Faixada da Universidade
Fomos andando desde o Parlamento até a Triade Atenense pela 
Biblioteca de Atenas
Panepistimiou. Quando chegamos na Triade não achamos tão glamorosa como parecida de dentro do ônibus. Estava tudo sujo, haviam até seringas jogadas no chão. Fiquei com nojo do lugar embora as edificações e as pinturas do hall de entrada dos prédios fossem lindíssimas. Continuamos andando até a Rua 28 de Outubro (28th Octovriou), a rua do Museu Arqueológico. A medida que chegávamos perto do museu, fomos vendo como a região ali era barra pesada, cheia de gente mal-encarada e policiais por todos os lados. O prédio da Escola Politécnica de Atenas estava abandonado. Já o Museu Arqueológico estava bem conservado e como era o primeiro domingo do mês, a entrada era de graça.

Museu Arqueológico
Começamos nossa visita ao Museu Arqueológico por volta de 11h. Ele é gigantesco, para vê-lo com calma, precisaríamos de pelo menos 4 horas, tempo este que não tínhamos. Neste museu há uma estátua
Estátua de Zeus ou Posseidon
 famosíssima que os arqueólogos não sabem dizer se é Zeus jogando raio ou se é Posseidon jogando o seu tridente. Além disso, há diversas pontas de flechas que foram encontradas em Lamia, na região da Trácia, local que visitamos quando estávamos indo para Meteora. Há cartuches mostrando a relação entre os Egípcios e os 
Estátua de Atena
Gregos. Há uma ala de artefatos de ferro e outra com artefatos de ouro. Há também uma ala de estátuas dos deuses gregos e foi o local onde eu finalmente vi uma estátua de Atena é facilmente encontrada nas lojinhas em Plaka. Depois de duas horas de visitação eu já estava exausta, o meu marido, empolgadíssimo, ainda ficaria umas três horas lá dentro se eu deixasse. Eu não presto quando estou com fome, fico cansada, minha pressão baixa, não penso direito e meu humor desaparece.
Pontas de flexas encontradas
em Termópolis
 Então decidi ir almoçar enquanto ele terminava a visitação dele. Fui para o restaurante fora do museu. E foi uma pena ter ido terminado a visitação. O meu marido, quando saiu do museu, me disse que o subsolo era um restaurante arrumadíssimo. Não que a comida do restaurante de fora do museu estivesse ruim, mas os pombos andando em cima das mesas não era nada convidativo.

Como havíamos caminhando até o museu pela Rua 28 de Outubro, decidimos caminhar até Plaka pela Rua 3 de Setembro (3rd Septemvriou). Do museu até Plaka e o Praça Monastiraki foi uns 30 minutos de caminhada. De lá fomos direto para a Ágora. Ficamos impressionados como o Templo de Hephaestus ainda está conservado. Nenhuma das colunas do templo 
Templo de Hephaestus
desabou, o teto ainda está no lugar e uma das únicas depredações que encontramos foi a cruz dos Cruzados. Visitamos o também um Museu dentro da Ágora em um dos prédios restaurados. Achamos interessante que na Europa as pessoas tem uma mania de tocar nas esculturas. E tanto na Acrópole quanto na Ágora, não se pode tocar em nada. Vimos um casal sendo reprimido em frente a todo mundo porque o rapaz resolveu tirar uma foto abraçando a estátua. O mais interessante é que é uma regra e o rapaz ficou perguntando por que ele não podia tocar nas estátuas, as moças simplesmente respondiam que era uma regra e ele insistia na pergunta.  Do meu ponto de vista, se é regra tem que ser comprida, pronto e acabou! Não tem que discutir. Afinal, se o lugar está bem preservado é porque eles cuidam muito bem do local.

Depois da Ágora, fomos andando até o hotel e observando os bares e restaurantes do lugar. Pensem em um lugar cheio de gente. Tanto andando pelas lojinhas como sentados conversando. Fomos caminhando até o hotel. Arrumamos nossas malas, acessamos a internet e nos arrumamos para voltar para Plaka. A intenção era jantar no mesmo restaurante que o grupo de americanos havia indicado para nós no dia anterior.

Fomos para Plaka por volta de 20h. A rua estava cheia de gente, todas as lojas abertas e nós com o mapa na mão. A tal Taverna de Psara era escondida e só encontramos por sorte. Chegou em um ponto que o mapa não correspondia com as ruas que estávamos vendo e quando olhamos para o lado, lá estava ela, com o nome escrito tem grego. Interessante é que quando você está lá, você, aos poucos, vai fazendo a correspondência entre o alfabeto grego e o latino. Dois dias depois, você não se lembra de mais nada.

O jantar na Taverna de Psara foi ótimo. Havia um grupo musical  que tocava músicas gregas e o pessoal de uma das mesas acabou se empolgando e levantaram para dançar. Aparentemente todo mundo era grego e dançaram direitinho (para mim que não entendo de dança tradicional grega, parecia direitinho). O jantar foi no pátio do restaurante, a luz de velas. A comida estava excelente. Ainda bem que eles não se prendem tanto a peixe, embora seja o consumo principal deles, e a salada. Até hoje, quando me lembro da minha macarronada me dá água na boca. Uma pena que fazia frio. O meu marido tem a garganta sensível e mudanças bruscas de temperatura sempre fazem a garganta dele doer. Assim que começou a fazer frio e colocaram aquelas colunas de aquecimento perto de nós, ele ficou louco para ir embora.

Plaka tem restaurantes para almoçar e jantar todos os dias durante um mês sem precisar repetir. E a maioria dos lugares têm vista para a Acrópole. Voltamos para o hotel com calma, admirando a noite, me arrependi de não ter comido em Plaka outras vezes. Chegamos ao hotel e fomos dormir.


Dia 03/10/2011 – Vôo Atenas - Moscow

Acordamos, tomamos café e subimos para terminar de arrumar nossas coisas. Fiquei ainda alguns instantes dando uma última olhada no Pathernon, pois nossa varanda tinha vista para ele. Como vou sentir saudade da Grécia...

Desde que eu perdi o vôo em Las Vegas no ano anterior, fiquei paranoica com horário de embarque. Sempre vamos para o aeroporto de três a quatro horas antes do vôo. Neste dia não foi diferente. A Aliki havia marcado nosso motorista para às 11h sendo nosso vôo às 13h30. Pedi para ela remarcar para que saíssemos às 10h do hotel. Ainda bem que ela sempre foi muito compressiva, pois eu testei a paciência dela antes e durante essa viagem. E mesmo assim, ela nos deu um upgrade no quarto do cruzeiro. Um amor de pessoa.

O motorista nos pegou no hotel às 9h45 (como de praxe, os gregos chegam sempre 15 minutos antes da hora marcada).  Fui me despedindo aos poucos de Atenas, mas morrendo de vontade de ficar. Acho que um dia, se tiver a oportunidade, vou ficar um mês inteiro na Grécia, lá tem coisas para se ver que não acaba mais. Além disso, a beleza natural do país é espetacular. Já era louca com a Grécia, fiquei mais apaixonada ainda. E pelo que pudemos observar a crise não chegou aos locais turísticos. É até difícil de acreditar o que o motorista que nos buscou no aeroporto disse: que a Grécia, na região do Mediterrâneo, é um dos países menos visitados.

A viagem desde o centro de Atenas até o aeroporto foi de aproximadamente 1 hora. No entanto, a Aeroflot, a empresa que usaríamos para ir para a Rússia, só começaria o check-in a duas horas antes do vôo. Quando finalmente chegou a nossa vez de fazermos o check-in, a moça pediu o nosso visto. Como brasileiros, não precisamos de visto para entrar na Rússia (nos informamos na embaixada da Rússia em Brasília antes de começar a viagem). Então ela nos pediu as passagens de saída da Rússia e os hotéis onde iriamos ficar. Minha mochila já estava toda empacotada e tive que abrir tudo para pegar o que ela havia pedido. Só depois de ver tudo que ela emitiu os bilhetes. Enquanto fazíamos o check-in, escutamos uma informação no alto-falante do aeroporto de que os meios de transporte não funcionariam entre 11h e 17h. Fiquei preocupadíssimo, não queria passar outras 8 horas no aeroporto da Grécia esperando o vôo para a Rússia como quando estávamos em Istambul para ir para Atenas. Conversamos com a atendente e ela nos confirmou que o vôo estava no horário. Foi um alívio.

Ficamos durante duas horas passeando no Duty Free do aeroporto. Ele é grande e espalhado, todas as lojas da área internacional são free shops. Além disso, qualquer um tem acesso a uma hora de internet no aeroporto, basta acessar o site do aeroporto e no site há um link que permite o acesso por uma hora. Muito bom! Embarcamos 12h45 e às 13h30 estávamos decolando.

Jurei que teríamos turbulência, pois o vôo de Istambul para Atenas foi dessa forma. No entanto, não tivemos quase nenhuma. 

Nenhum comentário: