Empresa: Optima Tours, tour
em Moscow, preço por pessoa: RUB 6.251 (U$ 203)
- Crowne Plaza São Petersburgo:
Excelente hotel! Recomendadíssimo. Chiquérrimo! O hotel é novo e cheio de
tecnologia: do banheiro pode-se tomar banho só escutando ou assistindo
televisão, da cabeceira da cama pode-se fechar o blackout da janela e por aí
vai. A decoração é de muito bom gosto. A internet no saguão do hotel é de
graça. O hotel fica em frente ao shopping Galeria (provavelmente o maior de São
Petersburgo) e a uns 100 metros da estação de trem e da estação de metrô mais
próxima.
Dia 03/10/2011 - Aeroporto de Moscow e Hotel
Chegamos à estação Komsomolskaya às 21h30. Ainda tínhamos mais de uma 1h30 até o embarque. Ficamos enrolando na estação. O meu marido ficou preocupado com os nossos tickets comprados na internet e impressos em casa e fez questão de ir a um guichê perguntar. Mostrei nossos passaportes e as passagens e a moça acabou trocando nossas passagens por passagens que ela mesma imprimiu.
Às 23h00, buscamos nossas mochilas e esperamos até que informassem em
qual guichê embarcaríamos. Às 23h15 informaram onde era nosso guichê e fomos
para o vagão 5. Tinhamos comprados um dos melhores quartos do trem. O meu marido
tinha medo de comprarmos um quarto simples e ele ser ruim. Mas foi muito
diferente disto, o nosso quarto era excelente para um quarto de trem. As camas
eram separadas e havia espaço para guardar nossas mochilas debaixo das camas.
Assim que entramos, a camareira nos perguntou (em russo, mas com mímicas) o que
gostaríamos de beber e depois nos mostrou o cardápio do café da manhã. Pedimos
suco e ela logo apareceu com duas garrafinhas. Pensamos que ela serviria um
jantar, mas ela logo apareceu para arrumar as camas para dormimos. Tudo muito
limpinho e organizado. Algumas vantagens que achamos que teríamos por termos
pago a mais, como revistas, não adiantou de nada. Era tudo em russo. A TV só
tinha um canal e adivinha em que língua? O trem saiu exatamente às 23h55 e antes
de dormir, fui ao banheiro. Que diferença para os banheiros dos trens
egípcios... O banheiro do Expresso do Oriente era de alta qualidade,
limpíssimo. Quando voltei para o quarto, notei que há indicadores dos
banheiros, como nos aviões, para você não precisar ficar esperando na porta
para usá-lo. Bastava acompanhar a sinalização. Depois, fomos dormir.
Continuamos andando, passamos por um mercado gigantesco, que hoje é o shopping Gostinyy
Dvor, e chegamos a Kazah Cathedral. Gigantesca e muito bonita, entramos para
visita-la. Estava tendo missa e ficamos quietos para não atrapalhar. Fiquei com
dó das pessoas assistindo missa em pé, mas como é tradição deles. Assim que
saímos da Catedral Kazah, começou a chover. Tivemos que correr em entrar no
primeiro lugar que encontramos. Era uma livraria no prédio do Museu Estatal do
teatro e da música de São Petersburgo. Ficamos um tempo lá dentro até a chuva
diminuir. O meu marido se arrependeu de não ter comprado o guarda-chuva no Gostinyy
Dvor, mas na hora achamos muito caro (USD 20).
Quando a chuva diminuiu, fomos andando até a Catedral “Savior on the
Spilled Blood”, muito parecida com a Catedral de São Basílio. Queriamos
visita-la, mas ela ficava fechada às quartas-feiras. Iriamos seguir para uma
feirinha perto da Catedral, mas a chuva apertou e tivemos que ficar abrigados
na bilheteria da Catedral até a chuva diminuir. Queria muito comprar um fabergé
(aquele ovo todo enfeitado) e uma
bonequinha russa. Mas os preços da feirinha estavam absurdos. Pensei que era
apenas porque a feira era em frente a Catedral, mas depois descobri que São
Petersburgo era uma cidade cara. Atravessamos uma ponte cheia de cadeados e,
enquanto nos abrigávamos da chuva de novo, vimos um casal recém-casado
colocando um cadeado na ponte. É tradição dos casais, “amarrar” o amor a ponte
para que eles nunca deixem de se amar (não sei a lógica da coisa, mas é assim
que eles fazem).
Já estava ensopada e tremendo e frio quando chegamos ao Hermitage. O
Hermitage é o maior museu da Rússia. Como só chovia, decidimos conhecer o
museu. Tinhamos duas opções, pagar a entrada e fazer o tour sozinhos ou
contratar um tour. Contratamos o tour em inglês e ainda, a permissão para tirar
fotos. Almoçamos dentro do museu e fomos para o ponto de encontro do tour.
Enquanto estávamos esperando, a organizadora dos tours apareceu dizendo que
ainda tinham mais duas pessoas para fazer o tour e nos apresentou a nossa guia.
Pense em uma guia ruim!!! Parecia que ela tinha bebido e tinha ido fazer o
nosso tour. Toda vez que perguntávamos alguma coisa, ela intercalava entre “É,
pode ser” ou “O Hermitage é um museu de minerais!”. Dessa vez, foi uma péssima
ideia contratar a guia, dinheiro jogado fora! Além disso, uma das outras duas
mulheres que fizeram o tour conosco sempre sumia e a guia sempre queria
procura-la. Ainda bem que depois de três sumiços, a guia desistiu. O tour durou
1h e depois ficamos mais umas duas horas andando dentro do Hermitage. O
Hermitage por dentro parece muito o Palácio de Versailles. Só que é uma galeria
de arte: há quadros e esculturas de todas as épocas. Antes ele era o Palácio do
Czar, e sempre quando um novo Czar assumia o trono, ele construía uma nova ala.
Então, as salas são diferentes entre si e cada uma mais bela que a outra.
Quando, finalmente, conseguimos encontrar uma banca de revistas, a
senhora não falava uma palavra de inglês. Nossa sorte foi que havia duas
pessoas jovens na banca que nos ajudaram. Compramos finalmente o mapa, e
descobrimos que tínhamos deixado o Porto para trás e já estávamos perto de uma
das pontes que levavam ao continente. Decidimos então caminhar pela beira do
mar. Quando chegamos ao calçadão, encontramos uma lojinha cheia de
lembrancinhas e mais baratas que no centro. Nós entramos e compramos
lembrancinhas para todos da família. Depois continuamos andando vimos uma
igreja linda chamada Templo da Assunção. Tiramos algumas fotos e ficamos
impressionados com a restauração de suas cúpulas: estavam lado a lado, a
restaurada e a em restauração. A restaurada brilhava como ouro e a em
restauração era verde.
Na St. Peters e St. Paul’s Cathedral, pudemos visitar o túmulo de vários
Czares russos. Na época que São Petersburgo se tornou capital da Rússia, os
Czares passaram a ser enterrados lá. Vimos os túmulos de Catarina, a Grande, e
de Pedro I, quem construiu São Peterburgo. Além disso, a uma sala em um canto
da catedral onde estão enterrados os restos mortais da família Romanov. Como
eles foram brutalmente assassinados, hoje são considerados santos. Queriamos
subir ao Duomo da catedral, mas como lá já era época de chuvas, ele só seria
reaberto no verão. Andamos mais um tempo dentro da fortaleza, fizemos um lanche
bem mais ou menos (não recomendo comer dentro da fortaleza), visitamos uma
exposição de miniaturas (que tivemos que pagar por fora) e depois visitamos a
prisão. Depois da prisão, todos os locais aonde íamos, tínhamos que pagar além
do ticket que tínhamos comprado. O ticket, definitivamente, não se pagou.
Andamos pelo parque de Alexandre, tiramos fotos da Mesquita Jami e
pegamos o metrô para a estação Sodovaya. Descemos em um shopping e continuamos
andando pela Sodovaya Ulitsa até chegar a Catedral de São Nicolas. Ficamos
impressionados com os parques da cidade, como eram bem cuidados e bonitos.
Depois continuamos subindo até a Boulevard Morskaya. Fomos seguindo esta rua
até chegar a praça em frente a Catedral de São Isaac. Quando chegamos lá,
percebemos que havia várias pessoas no duomo da catedral, mas como já passavam
de 18h, pensamos que já estava fechado. Mesmo assim, insisti com o meu marido para irmos
perguntar. Quando chegamos a entrada, descobrimos que o duomo ficava aberto até
as 20h. Pagamos e subimos os 550 degraus. Tiramos várias fotos da vista e
descobri que não tínhamos ido a Catedral da Santíssima Trindade,
linda, com as
cúpulas azuis e pequenas estrelas douradas. Achei engraçado que estávamos
discutindo o mapa e de repente, um russo apareceu e nos disse, em inglês, que
se precisássemos de ajuda, ele poderia nos ajudar. Perguntamos algumas coisas
para ele e ele foi super solicito.
Descemos do duomo, tiramos fotos da estátua de Pedro às margens da
ilha e fomos andando pela Nevsky Prospekt até a Anichkov Bridge, onde ficava a
Angloturismo e onde começaria nosso passeio de barco. Infelizmente, não
conseguimos fazer o passeio em inglês, então o passeio foi mesmo para
admirarmos a paisagem da cidade à noite. O passeio durou 1h30 e no começo o
frio estava suportável, principalmente porque eles fornecem cobertores. À
medida que o tempo foi passando, o frio foi aumentando. Eu, assim como todas as
outras pessoas, desistimos de ficar na parte aberta e fomos para o salão
fechado do barco. Só o meu marido conseguiu resistir ao frio e passou o passeio inteiro
fora do salão tirando fotos. Fomos desde a Anichkov Bridge até a estátua de
Pedro as margens do mar e voltamos até a Anichkov Bridge. Já eram 21h30 e
estávamos mortos de fome, pois o almoço não tinha sido lá grande coisa na
Fortaleza de Peter & Paul. Caminhamos pela Nevisvky Prospekt até o KFC (que
o meu marido passou a adorar), comemos filés de frango frito e voltamos para o hotel.
No dia anterior, quando estávamos no Duomo da Catedral de São Isaac,
vimos outra igreja que se destacava no horizonte. Fiquei louca para ir lá.
Sorte que o meu marido também queria ir. O nome da igreja era Smolny Cathedral.
Tomamos nosso café, fizemos o check-out e fomos para lá. Descemos na Cherbyshevskaya
e depois de 20 minutos de caminhada, chegamos lá. Não entramos, tiramos apenas
fotos por fora da Catedral e já foi difícil, pois estava lotada de carros e
excursões.
Depois, fomos até o Museu Russo descendo na Nevisky Prospekt. Já eram
por volta de 11h e tínhamos que embarcar no Cruzeiro para Helsinki entre 15h e
18h, então tínhamos tomar cuidado com o tempo. Ao ir ao museu com o meu marido, me dá
até arrepios, pois ele adora e não tem dó de mim. Antes de entrar, conversei
com ele e falei que não tínhamos muito tempo para ficar lá dentro. Eu gosto de
museus, mas no caso do meu marido chega a ser insano. Já contei que passamos 12 horas
seguidas no Louvre, né! Pois é, eu fiquei traumatizada. Consegui convencê-lo a
parar apenas nas obras-primas do museu. E mesmo assim, passamos duas horas lá
dentro. Mas o museu é realmente muito grande. Não tão grande quanto ao
Hermitage, mas merece ser visitado. No final, acabamos passando por todas as
salas e parando apenas nas obras mais importantes. Saímos do museu depois das
13h.
Comentários: Nossa guia, a Nina, foi excelente. A empresa é séria e
não tivemos nenhuma dor de cabeça.
Hotéis:
- Izamilovo Gamma-Delta:
Escolhemos este hotel porque os hotéis que encontramos no centro de Moscow eram
caros e não eram lá grande coisa. Reservamos pelo Decolar.com e depois tive que
ligar para lá para eles me mandarem a reserva com o número de confirmação. Eu achei o hotel simples, embora grande. No
entanto, como era só por uma noite e ficava perto da estação de metrô
Partizanskaya (uns 100 metros de distância), já nos bastava. O hotel tem os
dois primeiros andares repletos de serviços: restaurantes, salões, lojas, etc.
Dia 03/10/2011 - Aeroporto de Moscow e Hotel
Achei o máximo que viemos sobrevoando as nuvens desde Atenas e quando chegamos a Rússia, não tinha uma nuvem sobre o céu de Moscow. Tive a oportunidade de ver como Moscow é linda, tanto a cidade como os arredores. Chegamos às 18h, passamos pela imigração e depois pegamos o trem até o centro da cidade. Apenas o terminal que compramos as passagens tinha tradução para o inglês. O resto, tudo em russo.
O trecho até o centro durou 35 minutos contados no relógio. Ficamos impressionados como eles são pontuais. O sistema de metrô de Moscow é super desenvolvido, 8 milhões de pessoas andam diariamente de metrô. O trem parou em uma estação de metrô e de lá fomos para o hotel. Desde a primeira estação já vimos a diferença. As passagens são compradas em guichês, não há maquinas vendendo. Raramente se vê o mapa do metrô na estação. Há placas nas informando qual é a linha e quais as próximas estações de metrô. Sendo assim, se você quer ir para alguma estação, basta verificar se ela está na lista. Tudo em russo, obviamente. Ficamos impressionados como a estação era decorada, parecia uma galeria de arte. Detalhes por todos os lados, estátuas e mosaicos.
Há vantagens e desvantagens de viajar de mochila. Vantagem, a locomoção se torna muito mais fácil, mas tente entrar em um metrô lotado. Não tinha espaço para a minha nem nas minhas costas nem no chão. Vi algumas pessoas me xingando por causa da minha mochila (bom, eu acho que estavam, pois embora não entender uma palavra, a cara feia delas dizia tudo).
Chegamos ao hotel já por volta de 21h. A atendente ao abrir nosso passaporte já foi perguntado onde estava o visto. Disse que como éramos brasileiros, não precisávamos de visto. Mesmo assim, ela foi conferir a informação. Terminamos de fazer o check-in e subimos para o quarto para deixarmos nossas mochilas. Estava morrendo de fome. Também tinha lido a respeito das estações de metrô de Moscow e estava louca para conhecer algumas, se elas fossem tão belas quanto a que pegamos para ir para o hotel, valeria a pena o passeio. No entanto, o meu marido não quis sair. Comemos em um dos restaurantes do nosso hotel (a comida estava bem mais ou menos) e depois fomos dormir. De barriga cheia, a empolgação deu lugar ao sono. Estávamos exaustos!
Dia 04/10/2011 – Moscow e o Expresso do Oriente
O horário do tour era às 10h, mas achamos que era às 10h estaríamos no
centro da cidade para iníciá-lo. Decidimos, então, fazer o check-out às 9h e
ficar esperando no saguão. Às 8h fomos tomar café. Eu achei muito estranho
porque as pessoas estavam, literalmente, almoçando: salada, carne, arroz, ao
parecido com feijão e outros acompanhamentos dignos de um almoço bem servido.
Também havia itens de um café da manhã regular, mas em bem menos quantidade.
Eu, inclusive, achei pouquíssimas coisas que me agradassem. Até comentei com o
meu marido e ele me disse que provavelmente a gente almoçaria em algum lugar com mais
opções e eu poderia comer melhor. Então fiquei despreocupada.
Às 9h50, o nosso motorista chegou. Não falava quase nada de inglês! Só
descobrimos que era ele porque ele estava com uma plaquinha escrita “Ferreira”
nela. Então dissemos que éramos nós e, com as poucas palavras que ele sabia,
nos disse para esperar que a guia estava chegando. Quando ela chegou, levei um
susto. Ela chegou falando em espanhol e pelo que eu me lembrava, o meu marido tinha
escolhido uma guia em inglês. Demorou um pouco para eu virar aquela chavezinha
na minha cabeça do inglês para o espanhol. Como ela era professora de espanhol,
ela pediu para nos guiar em espanhol. Tinhamos que guardar nossas malas em
algum lugar e conversamos com a Nina, nossa guia, a respeito. Ela pediu para nós
levarmos nossas mochilas que ela daria um jeito.
Saímos do hotel às 10h e a Nina já começou o nosso tour nos dando um
puxão de orelha, dizendo que se nós a tivéssemos encontrado no centro da
cidade, poderíamos ver muito mais coisas. Mas fazer o quê, o meu marido tinha muito
medo de Moscow. E realmente ouvimos muitas histórias de policiais corruptos.
Fui eu quem insistiu em ir até lá e então o meu marido contratou uma empresa para nos pegar no
hotel, fazer o tour e depois nos deixar na estação de trem no final do dia,
como uma forma de nos proteger. Ao sair na rua pudemos observar que a cidade é
tão movimentada como São Paulo, por exemplo. A Nina nos disse que são 8 milhões
de pessoas circulando de metrô, mas mesmo assim as ruas ficam lotadas de
carros.
A Nina combinou da seguinte forma conosco: deixaríamos nossas mochilas
na ferroviária e no final do dia, ela nos levaria até a ferroviária de metrô ou
nos ensinaria a chegar até lá. Foi muito engraçado porque ela parecia uma
professora: primeiro ela ensinava e depois perguntava para nós o que ela havia
dito. Não tinha jeito de esquecer. E foi muito bom ela ter ido a ferroviária
conosco, pois ela nos ensinou diversas dicas como: mostrar a passagem no
banheiro e não precisar pagar para usá-lo, onde eram os lockers (no final da
escada a esquerda, do lado dos portões de embarque), que os horários da placa em
frente aos lockers eram a hora que ele estaria fechado e onde eram os melhores
lugares para sentar. Depois, quando saímos da Leningradsky Voskal, ela nos
posicionou em frente à estação e nos deu pontos de referência para não
errarmos, pois se pegássemos o trem errado na estação do lado da nossa, iriamos
para na Sibéria e não em São Petersburgo.
Teatro Bolshoi |
Uma hora depois, nosso motorista nos deixou em frente ao Teatro
Bolshoi. O Teatro estava fechado para reformas e estava para ser reaberto, mas
não tivemos essa sorte. Depois, fomos ao Hotel Metropol. Ficamos apaixonados
pelo lugar. A decoração era esplendorosa, cheia de vitrais e móveis de época. O
meu marido ficou todo empolgado para jantarmos lá no final do dia, pois o restaurante
era espetacular, mas quando perguntamos a Nina sobre o preço, ela nos disse que
era muito caro. Ela era muito preocupada com dinheiro, tanto que nos disse que
se entrássemos no hotel, pegássemos alguns folders para ler e sentássemos nos
sofás, ninguém nos incomodaria e que poderíamos fazer isso caso quiséssemos nos
esconder da chuva.
Mausoléu de Lenin |
A poucos metros dali, chegamos ao Museu de História do Estado e a
entrada do Mausoléu de Lenin. Embora o Mausoléu fosse na lateral da Praça
Vermelha, era necessário passar por toda uma vistoria antes de conseguir entrar.
Eu mudei o nosso itinerário para chegarmos lá e encontramos o Mausoléu aberto.
Nunca fui fã de Lenin, mas queria ver se realmente ele parecia estar só
dormindo ou se era tudo conversa fiada. Como estava chuviscando, a fila estava
pequena. A Nina disse que poderíamos deixar nossas coisas com ela,
principalmente máquinas fotográficas e celulares, para não precisarmos pagar os
lockers e andarmos mais rápido. Entreguei para ela minha câmera e me esqueci
completamente do meu netbook dentro da minha bolsa. Antes de chegar a nossa
vez, fui correndo ao locker do outro lado da rua, deixei minha bolsa e voltei
para a fila. E não é que o Lenin realmente parece que está dormindo. A
Nina nos contou que uma das mãos dele estava fechada porque antes de morrer,
ele teve um derrame e a mão dele nunca mais abriu. Agora, ele é a múmia mais
bem conservada que eu conheço. E o policiamento lá é forte, e cada um dos
cantos e dos corredores, há um policial vigiando. Enquanto estávamos vendo o
corpo de Lenin, coloquei minhas mãos dentro do bolso. Assim que eu caminhei um
metro, um policial deu um passo a frente e fez um gesto para que eu tirasse
minhas mãos do bolso.
Catedral de São Basílio |
Quando saímos do Mausoléu, a Nina já estava nos esperando. Quando
chegamos perto dela, comecei a falar em inglês e o meu marido me cutucou, foi aí que
eu percebi que tínhamos que conversar em espanhol (a chavinha dentro da minha
cabeça ainda não tinha mudado direito). Enquanto fui buscar a minha bolsa, ela
começou a falar para o meu marido que os turistas nunca escutam ela, uma hora ou
outra, alguém acabava fazendo o que eu fiz: esquecer de entregar todos os
eletrônicos para ela.
Gum |
Minutos depois, encontrei com eles novamente e a Nina virou nossa
fotografa: tirou fotos nossas em frente ao Mausoléu de Lenin e o Kremlin ao
fundo, em frente a Catedral de São Basílio, em frente ao Shopping Gum e em
frente ao Museu de História do Estado. Fomos então visitar o Shopping Gum.
Pensem em um lugar deslumbrante. Acho que foi um dos shoppings mais bonitos que
eu já vi. A Nina nos ensinou que na entrada do shopping havia banheiros
limpinhos que poderíamos usar sem pagar nada. Depois nos disse que no último
andar, o restaurante Studio 51 era o lugar mais barato para se comer no
shopping. Pensei, ela vai nos dar uma meia hora para comermos, pois já eram
mais de 13h. Que nada! Saímos do shopping e fomos esperar o motorista para
irmos a Igreja do Cristo Salvador. Antes de chegar a Igreja, paramos para tirar
fotos do Kremlin enquanto estávamos do outro lado do rio.
Catedral de Cristo Salvador |
Ao chegarmos a Igreja de Cristo Salvador, Nina nos contou que ela
havia sido destruída por Stalin para construir um monumento a Stalin 17 vezes
maior que própria igreja. Quando começaram a construir o monumento, tendo em
vista que era à beira do rio Moscow (Moscow significa pântano,) as fundações
começaram a ruir e o início da construção do monumento veio abaixo. Então,
Stalin desistiu da construção. Depois, entramos na igreja e ficamos
deslumbrados: a igreja havia sido reconstruída há pouco tempo e estava novinha.
Vista da ponte em frente a Catedral Cristo Salvador |
As paredes todas pintadas com detalhes, belíssima. Os russos também são
ortodoxos e a igreja era cheia de ícones. Eu acho que foi uma das igrejas mais
bonitas que eu já vi. Tiramos várias fotos fora da igreja e depois tiramos
algumas da ponte em frente a igreja, que dava vista para o Kremlin.
Desde quando estávamos na Praça Vermelha, estava um vento frio batendo
e uma chuvinha fina, combinação perfeita para a sensação térmica ser quase de 0
graus. Estava gelado! Quando chegamos a Praça da Universidade, onde há um vista
maravilhosa de Moscow, mal conseguimos enxergar o topo da Universidade.
Admiramos a vista por alguns instantes e a Nina já nos chamou para voltarmos
para o carro. Ela havia comprado nossas entradas para o Kremlin para às 14h30 e
já eram 14h15. Vimos de passagem o belo Novodevichy Convent e chegamos ao
Kremlin às 14h45.
Na entrada do Kremlin, a Nina se desculpou pelo atraso para o
recepcionista na entrada e conseguiu que nós entrássemos com nossas coisas, do
contrário, teríamos que gastar parte do nosso tempo depois da visita para
pegarmos nossas coisas de volta. Ao entrarmos, encontramos um dos maiores sinos
do mundo, se não o maior, perto da entrada das igrejas. Fizeram o sino e não
redimensionaram a torre que iria suportá-lo. Resultado, o sino nunca foi posto
no seu devido local. Além disso, houve um incêndio e ao resfriarem o sino, ele
rachou. A primeira visita foi a Catedral da Assunção. Pequena, com poucos
bancos e as pinturas passando por restauração.
Depois a Catedral da Anunciação e da mesma forma que a da Assunção, com
a diferença que a catedral inteira estava precisando de restauração. As
catedrais deviam ser muito bonitas no seu tempo de glória. E última a ser
visitada foi a Catedral do Arcanjo. Perguntamos a Nina porque acima do Palácio
do Patriarca havia tantas cruzes ortodoxas com meias luas. Segundo ela, em
tempos idos, eram para representar a vitória dos católicos ortodoxos sobre os
mulçumanos. Mais a frente, ela nos mostrou que a estrela que vemos na ponta de
uma das torres do Kremlin é de rubi e ela gira de acordo com o vento. Terminada
a visita no Kremlin, fomos andar pelos jardins de Alexander.
Já eram mais de 16h e não tínhamos comido ainda. Eu estava faminta!
Foi aí que eu percebi porque o café da manhã dos russos parece o nosso almoço:
porque eles simplesmente não almoçam! Como o tour estava contratado até às 17h,
os russos são tão certinhos que a Nina queria fazer de tudo para preencher o
nosso tempo até às 17h. A Nina andou conosco dentro de um shopping e queria nos
levar para outro bairro ou então passear com a gente de metrô. Quando
percebemos que ela estava tentando preencher o tempo até dar 17h dissemos a ela
que não precisava que estávamos com fome que íamos almoçar já que o tour
terminou mais cedo. Ela ficou toda sem graça, além do mais quando o meu marido deu
USD 10 de gorjeta para ela. Ela não queria aceitar de jeito nenhum, contamos
para ela sobre a nossa viagem e ela ficou repetindo que nós precisaríamos
daquele dinheiro. Além disso, dizia que não precisava que a empresa que
contratamos pagaria os serviços dela. Mesmo assim insistimos e no final, ela
acabou aceitando. Despedimo-nos e fomos finalmente almoçar.
Voltamos ao Gum e almoçamos no Studio 51 que a Nina nos indicou. A
comida estava muito boa e era um esquema meio self-service: tinha os pratos
prontos e você pegava o que quisesse. Depois fomos para o shopping que a Nina
passeou com a gente no final do tour, em frente ao Museu Histórico do Estado.
Andamos um pouco por lá, fiquei impressionada com as tranças nos cabelos das
moças que um stand de cabeleireiras fazia. Já eram quase 19h e o shopping
estava fechando. Nina havia nos dito que havia muitas praças bonitas subindo a
rua que passava do lado do shopping.
Decidimos subir a Tverskaya e passamos por algumas praças. Quando
chegamos à estação Mayakovskaya, vi que havia um Hard Rock Café em Moscow.
Acabei convencendo o meu marido de irmos lá. Quando descemos na Boulevard Smolensky,
fizemos uma confusão com o mapa que não conseguimos encontrar o Hard Rock Café
mesmo ele estando do lado da estação. Demoramos quase 30 minutos para
encontra-lo. A única vantagem desta confusão foi que vimos mais um dos arranha-céus
de Stalin.
Lanchamos no Hard Rock e o nosso trem para São Petersburgo só sairia
às 23h55. Então, resolvemos descer em algumas estações de metrô para
conhecê-las, tendo em vista que já havia lido que várias delas eram muito
bonitas. O metrô de Moscow é tão sinistro que primeiro, os trens param a cada 1
minuto e segundo, as estações são tão profundas que, em alguns casos, as
escadas rolantes têm mais de 200 metros de comprimento. Em menos de 20 minutos
visitamos 6 estações de metrô contando com a estação onde desceríamos para ir
para a Leningradsky Voskal. Visitamos a Kievskaya, Krasnopresnenskaya,
Belorusskaya (a mesma aonde chega o trem que vem o aeroporto Sheremetyevo),
Novoslobodskaya, Prospekt Mira e finalmente a Komsomolskaya (onde ficava nossa
estação de trem). Ficamos impressionadas como elas eram bem decoradas:
mosaicos, estátuas e portais decorados. Nunca tinha visto estações de metrô tão
bonitas.
Chegamos à estação Komsomolskaya às 21h30. Ainda tínhamos mais de uma 1h30 até o embarque. Ficamos enrolando na estação. O meu marido ficou preocupado com os nossos tickets comprados na internet e impressos em casa e fez questão de ir a um guichê perguntar. Mostrei nossos passaportes e as passagens e a moça acabou trocando nossas passagens por passagens que ela mesma imprimiu.
Dentro do Expresso do Oriente |
Dia 05/10/2011 – São Petersburgo
Acordamos cedo e chamamos a camareira para servir o café da manhã.
Tinha tanta coisa e ao mesmo tempo nada para eu comer. O meu marido se esbaldou,
comeu o que havia trazido para mim e para ele. Não sou fã de geleias e havia
vários tipos. No final, eu quase não tomei café da manhã. O trem parou
exatamente às 7h55 na Moskovsky Voskal. Ao descermos do trem, escutamos a
musica do filme “O Expresso do Oriente” tocando. Caminhamos uns 10 minutos até
achar o nosso hotel, Crowne Plaza São Petersburgo.
Fiquei impressionada com a qualidade do hotel. Altíssimo padrão! Até a
porta de entrada no hotel abre sozinha. Deixamos nossas mochilas lá e fomos
andar. Em São Petersburgo quase não tinha nuvens no céu, mas estava fazendo
muito frio. Fomos andando até chegar ao Teatro de Alexandre e o meu marido foi se
apaixonando pela cidade, uma mistura da arquitetura de Paris com os canais de
Veneza. Passamos pela rua lateral, atravessamos uma praça com a estátua de
Catarina, a Grande, e chegamos a Nevisky Prospekt. Entramos no primeiro café
que achamos e finalmente tomei um café da manhã descente.
Kazah Cathedral |
Savior on the Spilled Blood Cathedral |
Hermitage |
Quando saímos do Hermitage, devia estar fazendo uns 5 graus. Já
estávamos cansados e decidimos voltar para o hotel. Fizemos o check-in,
descansamos e depois fomos jantar no shopping Galleria, em frente ao hotel. A
praça de alimentação de lá é muito boa. Andamos em algumas lojas de eletrônicos
e os preços eram até mais caros que no Brasil. Fizemos algumas comprinhas no
supermercado dentro do shopping e comprei um guarda-chuva da Samsonite. Insisti
para o meu marido comprar um para ele, mas ele disse que voltaria ao Gostinyy Dvor
para comprar um para ele, pois era mais barato do que o que eu havia comprado.
Depois do shopping, voltamos para o hotel e fomos dormir.
Dia 06/10/2011 – Peter & Paul Fortress e Centro histórico
Tomamos café e fomos descobrir aonde era o Porto em que embarcaríamos
no dia seguinte para Helsinki. Antes, fomos até a Anichov Bridge para ver o passeio noturno de barco. Bom, para a gente é noturno para eles, até meia-noite ainda é de tarde. Aparente é um hábito dos russos que falam inglês, fazer o “meio-campo” entre os estrangeiros e a população que não fala a língua. Estávamos com dificuldade de entender a atendente, que só falava russo. De repente, uma moça apareceu e se ofereceu para nos ajudar. Só achamos engraçado que para eles até meia-noite ainda é de tarde. Perguntamos sobre o passeio noturno e a moça nos disse que não tinha mais, então perguntamos qual era o último passeio e ela nos disse 21h30 da tarde. Imagina! Depois, fomos para o porto.
Descemos na estação Primorskaya e quando nos demos conta, não tínhamos nenhum mapa. IMPORTANTÍSSIMO: nunca, mas nunca mesmo esqueça o mapa. Vimos um mapa na estação de metrô e chegamos a conclusão que sabíamos para onde tínhamos que ir. Bom, na realidade, não sabíamos. Andamos pelos cantos mais esquisitos de São Petersburgo. Foi bom, pois o meu marido percebeu que fora do centro histórico da cidade, as coisas são bem diferentes do que ele pensava. Caminhamos por horas sem sequer achar um hotel ou uma banca de revistas para poder comprar um mapa. E o pior, não conseguimos chegar ao porto. No centro da cidade, há mapas por todos os lados mostrando onde você está. Já na ilha Vasilevisky, não tinha mapas em lugar nenhum.
Descemos na estação Primorskaya e quando nos demos conta, não tínhamos nenhum mapa. IMPORTANTÍSSIMO: nunca, mas nunca mesmo esqueça o mapa. Vimos um mapa na estação de metrô e chegamos a conclusão que sabíamos para onde tínhamos que ir. Bom, na realidade, não sabíamos. Andamos pelos cantos mais esquisitos de São Petersburgo. Foi bom, pois o meu marido percebeu que fora do centro histórico da cidade, as coisas são bem diferentes do que ele pensava. Caminhamos por horas sem sequer achar um hotel ou uma banca de revistas para poder comprar um mapa. E o pior, não conseguimos chegar ao porto. No centro da cidade, há mapas por todos os lados mostrando onde você está. Já na ilha Vasilevisky, não tinha mapas em lugar nenhum.
Templo da Assunção |
Continuamos pelo calçadão até chegar a Fortaleza de Peter & Paul.
Segundo o guia da Lonely Planet era uma boa comprar o ticket completo, que dava
direito a praticamente todas as atrações do lugar. Na realidade, não dava.
Entramos na St. Peters e St. Paul’s Cathedral e na prisão da fortaleza com o
ticket.
Fortaleza de Peter e Paul ao fundo |
Você vê o final da escada rolante lá embaixo? |
Catedral de São Nicolas |
Catedral de São Isaac |
Vista noturna do Hermitage, Passeio de Barco |
Dia 07/10/2011 – Smolny Cathedral e Cruzeiro para Helsinki
Smolny Cathedral |
Museu Russo |
Almoçamos e depois fomos até a estação Sadovaya. Tinha visto um
fabergé por um preço razoável perto da estação Sadovaya. Fomos andando até lá e
quando encontrei a loja, ninguém falava inglês. Apontando e fazendo mímicas,
consegui comprar. Veio em uma caixinha linda, com a Catedral “Savior on the Spilled Blood” dentro. Muito
bonitinho! Daqui, voltamos para o hotel para pegar nossas coisas e ir para o
porto.
A intenção era pegar um taxi para o porto, mas como estávamos no
hotel, resolvi perguntar quanto seria para nos levar até o Moskoi Voskal. Era
USD 30 e sendo USD 15 para cada em ser ter que preocupar em esperar um taxi, decidimos
ir com o motorista do hotel para o porto. Antes de sair, o meu marido perguntou para
a recepcionista se o motorista realmente sabia onde era o porto. Ela falou que
sim, que ele com certeza sabia. Pois é, ele não sabia. Como já tínhamos ido na
ilha Vasilevisky, tínhamos uma noção de onde era o porto. Quando ele passou
pela rua principal da ilha, percebi que ele não sabia onde era o porto, pois a
Moskoi Voskal, era exatamente na outra ponta. Quando ele parou para perguntar
em um lugar abandonado, fiquei até com medo. Mas ele parou o carro longe e foi
até o portão perguntar. Aparentemente, ele tinha entendido onde era, mas 10
minutos depois paramos em outro lugar para perguntar. Ou seja, o transfer que
deveria demorar 20 minutos no máximo, já estava chegando em 40 minutos, sorte
que saímos bem antes do horário final de embarque. O senhor para quem ele foi
perguntar veio até o carro, embora não soubéssemos uma palavra de russo,
pudemos entender que ele estava perguntando para o motorista para onde íamos.
Quando dissemos Helsinki, ele fez aquela cara de “ah, entendi” e explicou para
o motorista. Pouco mais de 5 minutos depois, estávamos no estacionamento do
porto.
O porto é bem abandonado, se você já foi a Atenas, não espere nada
parecido com Porto de Piraeus. O prédio é velho e sem sinalização. Fora que a
região parece um ferro-velho. Entramos no prédio, mostramos nossos passaportes
e passagens no guichê, nos entregaram nossos cartões de embarque, passamos pelo
detector de metais e embarcamos. Deixamos nossas coisas no quarto e fomos para
uma lanchonete no andar de embarque, era a única coisa que estava funcionando até
o barco zarpar. E as coisas eram bastante caras lá. Comemos um sanduiche,
tomamos um refrigerante e voltamos para o quarto. O quarto era bem simples,
apenas com uma cama, televisão, escrivaninha, frigobar e um banheiro minúsculo.
Ficamos observando na janela e descobrimos que o horário limite de embarque até
às 18h era apenas para apressar os retardatários, pois vimos pessoas embarcando
até um pouco antes das 20h, horário da suposta saída do barco. Saímos para
jantar já perto de 22h e o barco estava lotado gente andando pelos corredores.
Havia um bar, dois ou três restaurantes, cassino, boate e um cinema, além de
sauna, uma pequena piscina e academia nos andares mais inferiores. Ele não era
tão grande quanto o Cruzeiro que fizemos pelas ilhas gregas, mas o povo era bem
mais animado. O bar estava lotado, não tinha um lugar para sentar. Assistimos a
um show de dança russa em pé e depois fomos jantar. Os restaurantes já estavam
fechando. Quando chegamos a um deles, nos pediram para ir para o bar e dissemos
que não tinha lugar para sentar. Então foram tentando nos dar outras opções, no
entanto, as outras opções já estavam fechadas ou lotadas. Foi então que o
recepcionista resolveu nos atender. Sentamos, jantamos e acabamos saindo mais
cedo do que as pessoas que chegaram ao restaurante antes de nós. Ainda tínhamos
rublos e tínhamos que gastá-los antes de chegar a Helsinki. Fomos ao Duty Free,
que ainda estava aberto até àquela hora, compramos um monte de guloseimas e depois,
fomos dormir.
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