Hotel:
- Courtyard Marriot Flora: O
hotel é muito bom, quarto e banheiro espaçoso. No entanto, você tem que pagar o
café da manhã que nós achamos muito caro (EUR 20 por pessoa, por dia). A
localização do hotel é muito boa, de frente a um shopping e a estação de metrô
Flora. Se você não se importar com o preço do café da manhã ou em fazer compras
no mercado dentro do shopping, é uma ótima opção.
Dia 09/10/2011 –
Praga
Estava um pouco preocupada porque só teríamos 1 hora
de conexão em Stockholm. Compramos a esse percurso porque pela Czech Airlines o
trecho direto era R$1200 por pessoa e pela SAS/Blue1 (ambas low fare) saiu, por
pessoa, R$ 150. Bem mais barata! O avião ainda era de hélices e me deu um frio
na barriga quando eu vi. Mas o vôo foi super tranquilo. O avião não tremeu e a
paisagem de Helsinki até Stockholm é linda, cheia de ilhazinhas. Não vimos
distâncias grandes sem terra.
Chegamos a Stockholm 40 minutos antes do próximo vôo.
Desembarcamos no mesmo terminal do próximo vôo, mas pense em um aeroporto
grande! Nas placas ele informava quanto tempo andando chegaríamos ao nosso
portão de embarque. Quando descemos e vi 15 minutos, fiquei desesperada.
Corremos que nem loucos dentro do aeroporto e quando chegamos ao nosso portão
de embarque, não haviam chamado ainda os passageiros para entrar no avião.
Fiquei mais aliviada. Mas só embarcamos quando o meu marido viu nossas mochilas serem
colocadas dentro do avião. E elas foram as últimas a serem colocadas entrarem.
Sentamos nas últimas poltronas do avião. O modelo do
avião era diferente, com as turbinas atrás, então mesmo sentando na janela, não
dava para ver nada. O vôo durou 1h30 e não sei o que eu comi que fiquei muito
enjoada e minha cabeça latejando. E o pior é que não tínhamos remédio conosco. Quando desembarcamos em Praga, eu mal conseguia fica em pé. A minha
sorte, é que eu coloco os remédios na minha mochila em um bolso de fácil
acesso. Pegamos as malas, tomei alguns remédios e em 30 minutos estava zerada.
Enquanto eu me recuperava, o meu marido foi comprar nossos tickets de transporte (Kc
310, R$ 31). No bilhete dizia que se não o validássemos e se fossemos abordados
por fiscais, teríamos que pagar multa.
Fomos para frente do terminal e pegamos um ônibus que
nos levou até a estação de metrô Dejvice. Nosso hotel era na estação Flora da
mesma linha. Chegamos ao hotel e tínhamos feito a reserva sem café da manhã.
Perguntamos quanto seria para incluir o café da manhã e achei o preço
assustador: EUR 20, por pessoa, por dia. Um absurdo! Fomos para o quarto,
deixamos nossas mochilas e fomos andar em um shopping na frente do hotel.
Almoçamos no KFC e foi engraçado, pois tudo estava
escrito em checo e raramente se achava alguém que falava inglês. Então, pense
no suplicio para pedir o almoço. O meu marido, para variar, queria filés de frango
empanado frito. Então ele conseguiu pedir só informando o número. No entanto,
nos outros lugares que comemos, sempre tinha um molho para acompanhar. Ele
chegou a perguntar para uma pessoa que falava mais ou menos inglês sobre o
molho, mas ela disse que não tinha. Eu achei que ela não tinha entendido e fui
olhar o cardápio. Pensei que se visse o mesmo nome várias vezes e só mudando o
final, poderia ser o molho. Fiz o pedido do que eu achava que era e veio batata
frita, então descobri que minha tática não dava certo.
Depois fizemos algumas comprinhas, principalmente
coisas para o café da manhã, em um mercado no shopping e voltamos para o hotel.
O meu marido ficou tão preocupado por eu ter passado mal no avião, que decidiu que
era melhor eu descansar durante o resto do dia para só começarmos a passear no
dia seguinte. Eu concordei, além do mais, tínhamos acordado muito cedo para ir
para o aeroporto e passar mal, quer queira quer não, acaba debilitando a gente.
Passamos o resto do dia no hotel.
Dia 10/10/2011 – Castelo de Praga e Charles Bridge
Charles Bridge |
Com as energias renovadas, tomamos café da manhã e fomos para o
Castelo de Praga. Descemos na estação Staromestska, atravessamos a Mones Bridge
e fomos seguindo o mapa até perto do Castelo de Praga. O tempo estava chuvoso e
bem frio. Em algum momento do percurso, fomos para o lado errado e acabamos
chegando a Loreta Square. Quando percebemos o erro, voltamos na direção do Castelo de Praga e logo o
encontramos.
Castelo de Praga |
Pagamos as entradas (Kc 350 cada um) e queríamos fazer o tour, mas por
termos nos perdido antes de chegar no Castelo, acabamos perdendo o único tour
do dia em inglês. O ingresso dá direito a visitar todas as atrações do Castelo
e é válido por dois dias. Cogitamos a possibilidade de voltamos no dia
seguinte, mas como tínhamos outros
Catedral do Castelo |
planos, essa possibilidade foi descartada.
Então, decidimos passear dentro do castelo sozinho. Sozinhos é modo de dizer
por que o lugar estava lotado. Era quase impossível caminhar dentro dela. E ela
é muito bonita, em um estilo bem gótico. O palácio real antigo tem vistas
maravilhosas de Praga.
Vista do Castelo |
Visitamos também um museu que há dentro castelo e fiquei agoniada com
um fiscal do museu nos perseguindo. Nós andávamos um pouco, ele se adiantava,
andávamos mais um pouco, ele se adiantava. E o pior é que ele parava na frente
dos quadros ou das esculturas então, quando nós queríamos observar as obras,
principalmente eu, ele ficava sempre na frente. Eu já estava perdendo a
paciência com ele. A sorte dele era que o museu era pequeno e não demoramos
muito lá.
Vista do Castelo |
A galeria das armaduras também é super interessante. Lá tem até um
jogo de tiro ao alvo, mas com arco e flechas. Queria que o meu marido jogasse, mas
ele não animou. Passeamos pelo castelo durante umas 3 horas e depois fomos
almoçar.
Almoçamos em uma casa de massas na rua Nerudova. A comida estava uma
delícia. Nossa próxima parada seria a Petrin Tower. No restaurante, no
informamos de como deveríamos fazer para chegar lá e nos disseram que
deveríamos descer até a Kannelitska Ujezd para pegar o funicular que levava até
a torre. Fomos andando até a estação do funicular, na chuva, e quando chegamos
lá, o funicular tinha sido fechado no dia anterior para ser renovado. Não tinha
outro jeito a não ser, subir o Petrin Park a pé. Demoramos uns 30 minutos para
chegar lá em cima, além de ser bastante inclinado, sem indicação de como chegar
a Petrin Tower, quando a chuva apertava, tínhamos que nos abrigar.
Petrin Tower |
Pagamos as entradas na Petrin Tower e subimos até o topo. Como estava
chovendo muito, quase não conseguíamos ver a cidade por causa das nuvens
baixas. A vista deve ser maravilhosa em um dia de sol, pois a torre é o ponto
mais alto da cidade. Ficamos na torre observando a paisagens por umas duas
horas. Praga é deslumbrante! Ela ainda conserva a arquitetura medieval da época
do seu surgimento. Enquanto estávamos em cima da torre, percebemos que do
restaurante onde almoçamos até a torre não seria mais de 10 minutos caminhando.
Nós demos uma volta gigante para chegar até a torre. Então, decidimos voltar
pelo parque até chegar a rua Nerudova e descer até a Charles Bridge. Quando
chegamos lá em baixo, vi o meu marido comentou comigo sobre o Wallenstein Garden, que
nós tínhamos avistado quando estávamos no Castelo de Praga, mas não passamos
por ele quando descemos. Identificamos a localização dele no mapa e fomos
procura-lo na cidade. Quando finalmente encontramos o lugar onde ele ficava, já
eram mais de 18h30 e o prédio onde ele ficava já estava fechado. Fomos então
para a Charles Bridge.
Charles Bridge |
Percorremos a ponte diversas vezes e para variar, lotada de pessoas
caminhando como nós. Na ponte há vários artistas tocando instrumentos musicais
e vendendo diversos artigos. A ponte é muito bonita, cheia de estátuas e com
torres em cada uma das extremidades. Os visitantes têm acesso para subir nas
torres. Nós não subimos, pois para variar, estava chovendo e fazendo frio. Além
disso, já estava de noite, achamos melhor subirmos uma das torres quando o dia
estivesse claro. Fomos caminhando até a estação Staromestska e fomos para o
hotel. Quando estávamos dentro do metrô, um fiscal nos parou e perguntou pelos
nossos tickets. Mostramos para ele e ele nos disse que a validação deveria ter
sido feita apenas uma vez. Como não sabíamos como funcionava e ainda estávamos
com a experiência da Grécia na cabeça (você poderia validar o ticket quantas
vezes quisesse que ele só imprimia no ticket a primeira data de utilização),
achamos que em Praga seria da mesma forma. Mas lá não é assim, depois que o
ticket é validado pela primeira vez, ou seja, você o insere dentro da máquina,
não se pode mais inseri-lo na máquina.
Dia 11/10/2011 – Relógio Astronômico e Wenceslau Square
Relógio Astronômico |
Nossa primeira parada do dia foi na Old Town Square. Queriamos ver a
tão famosa badalada do Relógio Astronômico. Chegamos lá por volta de 9h20. Como
ainda ia demorar 40 minutos para o próximo “show” pensamos em subir a torre do
Relógio Astronômico para ver a vista, mas odor dentro do prédio era tão ruim,
que abortamos a ideia. Não conseguíamos ficar nem dentro do prédio, quanto mais
subir até o topo. Então fomos andar pela U Obecniho domu, cheia de lojinhas de
souvenirs além de lojas de marca, como a Guess. No final desta rua, também há
uma torre parecida com as torres da Charles Bridge. Além dessa torre, há vários
prédios muito bonitos.
Old Town Square |
Quando deu 9h45, voltamos para a Old Town Square para ver o Relógio Astronômico
funcionar. Reza a lenda que depois que ele foi montado, ele nunca atrasou. Além
disso, os checos têm nomes diferenciados para da um dos dias do ano e os 365
nomes estão escritos no Relógio Astronômico. Às 10 horas, um galo dourado no
alto do prédio tocou, e enquanto há uma passeata de apóstolos nas janelinhas no
alto do prédio, pode se ver um esqueleto balançando uma corda para tocar o sino
e os três reis magros, dois do lado esquerdo e um ao lado do esqueleto do lado
direto, se movimentando. É bem interessante e valeu a pena ir a praça para ver
o tal relógio funcionando.
Museu Nacional |
Wenceslau Square |
Fomos caminhando até chegar a Na prikope, uma peatonal cheia de lojas.
Demos uma volta nesta rua e depois fomos para a Wenceslau Square. A praça é
muito bonita, com um jardim extenso e o belo prédio do Museu Nacional ao fundo.
A praça também é cheia de lojas e restaurantes nas ruas laterais. Fomos andando
até o Museu Nacional para visita-lo. Quando chegamos lá, ele estava fechado
para reforma. Descobrimos que no inverno não é uma boa época para se conhecer
Praga, pois várias atrações da cidade fecham para restauração.
Rua transversal a peatonal Na prikope |
Voltamos para a Na prikope para almoçar em um restaurante chamado
Paul. O lugar parece mais uma padaria, mas quando passamos pela porta estava
lotado e exalava um cheiro muito agradável. E realmente a comida estava uma
delicia. Comemos sanduiches e quiches. Achei interessante que para usar o
banheiro, tínhamos que necessariamente comprar alguma coisa, pois no cupom
fiscal saia uma senha e só com essa senha acessávamos o banheiro.
Dancing Building |
Depois, decidimos dar uma volta pela orla do rio Vltava. Fomos até um
dos prédios conhecidos como um dos mais feios do mundo, Dancing Building. Lá
funcionam academias de dança, mas a impressão que se tem é que ele vai cair a
qualquer hora de tão torto que ele é. Ele não é aberto para a visitação do
público. Daqui, pegamos o metrô e fomos para a estação Namesti Republiky,
novamente no início da Na prikope. Voltamos para a Old Town Square e sentamos
em um dos restaurantes em frente ao relógio astronômico. O meu marido queria ver o
relógio tocar mais uma vez. Tomamos um café até que o relógio badalou 16h da
mesma forma que ele havia feito pela manhã.
Wallenstein Garden |
Wallenstein Garden |
Como no dia anterior não tínhamos conseguido entrar no Wallenstein
Garden e tínhamos o resto da tarde livre, decidimos ir até lá. Atravessamos a
Charles Bridge e fomos andando pela Cihelna, onde há uma fonte muito engraçada
de dois homens urinando. Como havia dito antes, o Wallenstein Garden fica dentro
de um prédio e o interessante é que ele não tem nada a ver com o resto do
jardim, cheio de flores e uma fonte bem romântica no meio. Além disso, há uma
gaiola com uma coruja enorme em uma das paredes. Em meio às gotas cinza é
possível identificar bichos como cobras e sapos.
Depois fomos para Kampa Island, uma ilhazinha no rio Vltava e famosa
pelos seus restaurantes. Como era nossa última noite em Praga, queria jantar em
um restaurante legal. Tinha visto no guia um restaurante com uma vista ótima de
Praga chamado Kampa Park. Quando chegamos lá, além de não estar vestida
apropriadamente, o restaurante era caríssimo. Desistimos, passamos por baixo da
ponte e fomos jantar em um dos restaurantes em da rua. A rua era muito calma e
nem parecíamos que estávamos em Praga. Não foi muito caro, pois escolhemos o
menu: entrada, prato principal e sobremesa. Foi muito bom por que eles
forneciam um coberto por causa do frio e a comida era muito boa. Depois do
jantar, fomos para o metrô com a intenção de voltar para o hotel. Quais são as chances de em dois dias seguindos você ser parado duas vezes por fiscais do metrô? Mínimas, supostamente. Pois bem, para nós não foi. Neste dia, fomos parados novamente por um fiscal assim que descemos a escada da estação Staromestska. Ele pediu nossos bilhetes e nós o mostramos. Quando ele viu que as datas de validação estavam sobrepostas, ele nos disse que teriamos que pagar uma multa por ter invalidado o bilhete e mesmo assim estar andando de metrô. Nós explicamos para ele que tinhamos chegado no domingo e que não sabiamos que tinhamos que validar o bilhete apenas uma vez, pois nos outros lugares que tinhamos ido, validava-se o bilhete todas as vezes que se entrava no metrô. Além disso, também dissemos que só ficamos sabendo que a validação era apenas uma vez, quando o fiscal no dia anterior nos informou. Ele nos perguntou novamente quando tinhamos chegado (o bilhete era de três dias, então valeria até o dia seguinte depois do almoço), conversou com o supervisor dele e nos deixou ir embora, mas antes disse que se fossemos pegos de novo, não haveria conversa, teriamos que pagar a multa. Fiquei indignada e muito chateada. Odeio ser acusada por algo que não fiz. E o pior foi que a culpa não foi nossa, foi pura falta de informação, inclusive da organização do metrô.
Dia 11/10/2011 – Aeroporto de Praga e vôo para Londres
Acordamos bem cedo. Com a abordagem dos fiscais do metrô no dia anterior, compramos outro bilhete e pegamos o metrô para a estação Dejvice. Logo, o ônibus
para o aeroporto passou. O trecho demorou 40 minutos e às 7h00, já estávamos no
aeroporto. Quando chegamos lá, o check-in não estava aberto ainda, então
sentamos em uma lanchonete do lado da sala de embarque e tomamos café. O
check-in abriu duas horas antes do vôo, às 7h50. No entanto, quando fomos para
a fila, ela já estava enorme. Mas em pouco mais de 20 minutos fomos atendidos.
Passamos pela imigração e
o aeroporto tem pouquíssimas lojas na área de embarque. Andamos um pouco pelo
local e fomos para o nosso portão de embarque. Como o vôo era pela Easyjet, não
havia acentos marcados. Então fomos para a fila para entrar na sala de embarque,
pois é necessário passar por detector de metais e vistoria antes. Eu passei sem
problemas, já o meu marido que estava carregando nossas compras de Helsinki, ficou
preocupadíssimo, pois a fiscal que estava fazendo a vistoria nas bagagens
queria abrir as sacolas. Eu não pude acompanhar, pois fui logo para a fila de
embarque para reservar um local (a Easyjet não tem lugares marcados, cada um
senta onde desejar ou onde estiver livre). Segundo o que ele me contou, ela fez
de tudo para ver o que tinha dentro e quando ela tentou abrir as sacolas, ele
disse a ela que se ela abrisse, perderíamos o estorno das taxas, então ela o
deixou passar sem abrir as sacolas.
Enquanto estávamos esperando
para entrar no avião, vimos uma cena insólita: uma senhora deixou a mala dela
na fila para guardar o lugar dela, a moça depois dela estava tranquilamente
parada atrás da mala e nós atrás dessa moça. A senhora apareceu e chegou para a
moça, na maior grosseria do mundo e disse a ela: Não tenha a audácia de tocar
na minha mala! Ficamos impressionados com aquilo. A moça virou para trás, olhou
para nós com aquela expressão como se estivesse perguntando se sabíamos o que
estava acontecendo. O mais engraçado foi que quando entramos no avião, a mesma
senhora começou a puxar assunto com a moça como se nada tivesse acontecido.
Conseguimos sentar juntos e na janela. Já
quando estávamos em vôo, queríamos comprar os bilhetes de trem para Londres
dentro do vôo, com as aeromoças para não termos que procurar o guichê dentro do
aeroporto. Não conseguimos: a máquina de cartões do avião não funcionou nem com
o nosso Visa Travel Money e nem com os nossos cartões de crédito. Acabamos gastando
nossos euros no lanchinho dentro do avião.
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