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domingo, junho 10, 2012

EUA


Esta viagem estava programada há muito tempo, pelo menos que nós iriamos a algum lugar do norte da América do Norte para ver a Aurora Boreal (Northen lights, como é mais comumente conhecida por lá). Fiz algumas pesquisas e descobri que supostamente a semana entre os dias 18 e 22 de março de 2012 seriam os melhores dias porque estavam em noite de lua nova (sem lua no céu), semana de Equinócio e fim de inverno (menos luzes no céu) e ápice do ciclo solar. Além disso, descobri que um dos melhores lugares no mundo para se ver Auroras Boreais era uma cidade no Alaska: Fairbanks. Lá, a chance de se ver Auroras Boreais era de 97% em 3 dias. Assim como em Fairbanks, há outras cidades no mesmo alinhamento, como Yelownife e Fort McMurray no Canadá que também dizem que as chances são muito boas. No entanto, juntando a vontade do meu marido de conhecer o Alaska com o fato de em Fairbanks ter uma universidade que estuda Auroras Boreais, ou seja, Auroras Boreais em Fairbanks são coisa séria, decidimos por Fairbanks. Tanto que há um site da própria Universidade com um histórico dos últimos eventos e uma previsão da atividade do dia.
Também queríamos conhecer o Canadá e passar uns dias em Nova Iorque. Além disso, convencemos os meus pais para que eles viajassem conosco. Então, a viagem ficou assim: do dia 18 à 22 de março em Fairbanks, 22 e 23 em Anchorage, 24 e 25 em  Chicago, 26 em Quebéc, 27 à 29 em Montréal, 29 à 1 de abril em Toronto e finalmente, de 1 à 6 em Nova Iorque. Tiramos as passagens por milhas Brasília – Nova Iorque ida e volta e o trecho entre Quebéc e Nova Iorque, reservamos todos os hotéis pela Bancorbrás.

Dia 16/03/2012 e 17/03/2012 – Voando para Fairbanks


Hotel em Fairbanks:

Pike’s Lodge Riverview: Excelente hotel!!! Recomendo fortemente, tem um shuttle que é muito prático e é apenas 5 dólares ida e volta por pessoa. Os quartos são super espaçosos e confortáveis. A equipe muito agradável e gentil. Não é a toa que eles se auto intitulam o hotel mais amigável de Fairbanks.


Nosso vôo era às 19h30, mas como o tempo estava super fechado e chegamos às 17h no aeroporto, o atendente sugeriu anteciparmos o vôo. No entanto, antes de sair para o aeroporto, o meu marido tinha descoberto que estávamos sem água em casa. Ou seja, tínhamos que tomar banho na casa da minha mãe, que mora perto do aeroporto. Então, depois de muita correria, conseguimos entrar para a sala de embarque às 17h40. No final, o vôo saiu quase 19h. Quando chegamos ao Rio, encontramos com os nossos padrinhos de casamento, o Lucena e a Gi, e ficamos batendo papo com eles por um bom tempo até o embarque para Nova Iorque.

O vôo para Nova Iorque  saiu no horário e chegou até antes do horário em Nova Iorque. Foi um vôo muito tranquilo e como eu estava muito cansada, dormi boa parte do vôo. Chegamos à Nova Iorque depois de 10 horas de vôo. Nosso próximo vôo seria até Seattle, mas ele só sairia às 16h, e como ainda eram 9h, decidimos dar uma volta em NY. Despachamos as nossas mochilas e pegamos o trem até a cidade. Demorou em torno de 1h para descermos em Manhatan. Fomos direto para uma loja de eletrônicos, J R Computer and Music, que ficava a apenas alguns metros da estação de metrô Fulton. Andamos um bom tempo dentro da loja, depois demos uma volta na Stamples, do outro lado da rua, e depois lanchamos na cafeteria da J R Computer and Music. Já eram 13h, então decidimos voltar para o aeroporto. O aeroporto JFK é gigantesco, tem 6 terminais e estacionamentos sem fim. Lá, em dias de pico, vale a pena deixar o carro em um dos vários estacionamentos distantes e pegar o trem até o terminal desejado.

O vôo saiu no horário. Foi o primeiro vôo que entramos que tinha internet in-flight. E nada de preços exorbitantes, como o preço cobrado no cruzeiro na Grécia, EUR 20 por hora. Neste vôo e em todos os outros que pegamos com o mesmo serviço, a partir de 5 dólares por todo o trecho dependendo do aparelho e do tipo de conexão. O avião balançou muito quando passamos pelas Montanhas Rochosas, mas também foi só isso. Fiquei tão nervosa nesse trecho que quando passou e voltou a estabilizar (e eu me acalmar pois, depois da turbulência, eu estava tremendo mais que o avião) eu apaguei. Acordei quando o piloto informou que o nosso pouso havia sido autorizado. O vôo para Seattle durou 5h30.

Ficamos no aeroporto em Seattle por 4h. Jantamos e depois fomos esperar pelo vôo para Fairbanks. Estava tão cansada que todos os lugares que eu encostava, eu dormia. Quando entramos no avião e o comandante avisou que o vôo seria tranquilo e que quem estivesse sentado do lado direito do avião poderia ver Auroras Boreais, eu fiquei acesa. Só que, como sentamos do lado esquerdo, logo, logo a animação foi baixando e dormi, inacreditavelmente, o vôo todo. Acordei com o piloto avisando do pouso. O vôo durou 3h.

Chegamos à Fairbanks 2h da manhã de domingo. Foi uma jornada. O aeroporto novinho, arrumadíssimo. Fico imaginando porque no Brasil, um país tão rico em recursos, não conseguimos fazer algo parecido. Quando chegamos a esteira, 5 minutos depois do nosso desembarque, nossas malas já estavam lá. E olha que o vôo estava cheio.

Fora do aeroporto estava fazendo -14 graus... Farenheit, ou seja, quase -30 graus Celsius!!!! Estava fazendo muito frio! E nenhum taxi... Nossa sorte foi que um casal que morava lá tinha chamado um taxi e ofereceu para dividirmos o taxi com eles. Chegamos ao hotel, fizemos o check-in e o rapaz nos encaminhou para outro prédio do hotel. Achamos esquisito, pois tínhamos feito a reserva com 3 meses de antecedência, para uma cama kingsize com vista para o lago. O moço nos colocou em um quarto virado para a rua com duas camas queensize. Estávamos tão cansados que nem argumentamos. Pegamos as coisas que tínhamos comprado e mandado entregar no hotel e fomos para o nosso quarto. Ficou parecendo noite de natal, eu numa cama abrindo os presentes que eu tinha comprado para mim e o meu marido abrindo o que ele tinha comprado para ele. Depois fomos dormir, estávamos exaustos.

Dia 18/03/2012 – Chena Hot Springs e… A AURORA BOREAL FERVILHANDO NO CÉU!!!!

Acordamos às 8h e fomos tomar café da manhã (o café terminava às 9h). Depois questionamos a atendente quanto o nosso quarto e quando ela olhou no sistema, realmente estava errado, tínhamos que ficar em um quarto no prédio principal. Ela disse que teria um quarto disponível a partir das 10h e que assim que estivesse tudo pronto, poderíamos mudar de quarto.

No quadro de empresas de turismo, vi o folder da 1st Alaska Outdoors School. Já tinha pesquisado na
Vista do quarto em Fairbanks
 internet e no Trip Advisor a respeito e todos indicavam a empresa. Mostrei para o meu marido e decidimos contratar essa empresa. Fomos para o quarto para arrumar nossas coisas. O meu marido terminou primeiro e foi para recepção para acessar a internet. Assim que eu terminei de arrumar as minhas, fui para a recepção e o meu marido já tinha pego as chaves do nosso novo quarto. Aí sim, vista para o lago, ou melhor, para a neve por cima do lago, banheira para duas pessoas, cama kingsize, um quarto gigante.

O meu marido ligou para a empresa e ela lhe disse que só havia vagas para um Lodge (lugar na montanha para observação) no dia seguinte e para o Circulo Ártico no dia 22. Queriamos muito ir ao Chena Hot Spring, 40 graus celsius debaixo d’água e pelo menos -20 fora dela. Ela iria levantar a possibilidade e depois entraria em contato.

Como já estava perto do horário de almoço, fomos almoçar no KFC. O meu marido adorou o KFC na última viagem e desde então vinha “sonhando” em comer novamente lá. O shuttle do hotel (que nós poderíamos ter chamado no dia anterior para nos buscar no aeroporto, mancada nossa!), nos deixou no KFC e nos disse que quando quiséssemos que fossem nos buscar, bastava ligar para o hotel.

Almoçamos e depois atravessamos a rua para ir a SEARS. Uma caminhada de 500 metros a 15 graus é bem diferente de uma a -15 graus. Primeiro que você não vê pessoas na rua, segundo que com o frio, toda a humidade do ar vira gelo, então o ambiente fica muito seco. Quando chegamos a SEARS, estava passando mal com a secura e com o frio. Foi um alívio entrar na loja quentinha.

Ficamos passeando dentro da loja por 1h. Depois, queria ir a um supermercado e perguntamos se tinha algum por lá, a moça nos disse que em 800 metros, teriam alguns, então voltamos para o frio.

Quando chegamos ao Safeway, minha garganta estava seca. Fui direto para a farmácia do supermercado (acho muito legal isso nos supermercados nos EUA, você vai ao supermercado e tem de tudo lá) e expliquei para a moça o que estava acontecendo. Ela me passou um remédio chamado Advil, para gripe e eu, por conta própria, ainda peguei uma vitamina C. Depois compramos algumas coisas básicas como shampoo, condicionador, sabonete (não trouxe nada disso), água, barras de cereal e por aí vai. Quando terminamos ligamos para hotel e em 5 minutos o shuttle do hotel estava em frente ao supermercado.

Logo que entramos no quarto do nosso hotel, o telefone tocou. Era a moça do 1st Alaska Outdoors School informando que havia vagas para aquele dia para o Chena Hot Springs. Confirmamos que queríamos fazer o tour e a moça nos informou que dentro de 40 minutos o guia nos pegaria no hotel.

Alce na beira da pista
De acordo com o combinado, 40 minutos depois, o guia estava na frente do nosso hotel. O nome dele era Ralf, um alemão erradicado nos EUA. Durante o trecho entre Fairbanks e o Chena Resort, 60 milhas distante, ele nos contou que ele era o dono da empresa e que havia morado nos EUA durante um tempo, voltado para a Alemanha, mas decidido que realmente queria morar nos EUA. Então foi morar no norte do Alaska, numa região chamada Bush. Viveu lá por 8 anos e depois abriu a empresa de turismo. Entre uma história e outra, quando avistávamos um alce na beira da pista, ele parava para tirarmos fotos. Chegamos ao Chena por volta de 20h45 num frio de -20°C. 

Flor congelada - Museu
de Gelo - Chena Resort
Fizemos uma visita ao Museu de Gelo de 30 minutos e incrivelmente, lá dentro estava mais frio que do lado de fora. Depois fomos para a piscina. Foi difícil entrar porque quando você sai do prédio fazendo -20C só de biquíni, a sensação é que você vai congelar antes de entrar na piscina. A água estava quentinha e o melhor de tudo, o céu estrelado. Mas o vapor da piscina estava me incomodando, tanto que logo quis sair e só fiquei porque o meu marido estava empolgado com a água quente. O engraçado era que se você molhasse o cabelo, 5 minutos depois ele estava congelado.

Cabelo congelado
do meu marido
Ficamos na piscina até às 23h. Quando saímos, percebemos que tinham pegado a toalha do meu marido. Ele ficou muito chateado. Conversamos com o rapaz que cuidava do lugar e ele emprestou uma toalha para o meu marido. Não fui preparada para tomar banho no lugar, principalmente porque eu nem sabia que existia essa possibilidade, então só joguei uma água no corpo, troquei de roupa, sequei o cabelo e sai. Estava meio decepcionada porque não tínhamos visto nada enquanto estávamos dentro da piscina. Quando chegamos ao Centro de Convivência do Chena, apenas alguns metros de onde ficava o complexo da piscina, o guia notou nossas caras de decepção. Mal sabíamos nós que a noite estava só começando.

Máximo de Aurora Boreal que
conseguimos tirar com a
minha câmera (Sony T-90)
Ele nos disse que o horário normal da Aurora Boreal acontecer era entre 0h e 2h da manhã, para não nos preocuparmos tanto que nas últimas noites haviam ocorrido Auroras muito boas e que provavelmente aconteceria nesta noite. Além disso, o Centro estava lotado de expectadores, se ele esvaziasse, era provável que alguma coisa estava acontecendo lá fora. Dito e feito. Por volta de 0h10, o Centro esvaziou. Ele viu que o Centro estava vazio e foi lá fora ver. Quando ele voltou fazendo um gesto de positivo com o dedo, demos um pulo da cadeira. Estava sorrindo de orelha a orelha. Ele notou a nossa empolgação e nos disse que não esperarmos muito ainda, pois ela era apenas uma faixa clara no céu sem muita definição, que demoraria ainda algum tempo para se intensificar ou sumir. Fomos para uma sala de observação e para nossa sorte, ela se intensificou. Ela parecia labaredas brancas bem clarinhas saindo do topo do morro no horizonte. Às vezes ela formava uma faixa de um lado ao outro do céu, às vezes, ela se mantinha apenas no topo dos morros. De repente, todos os japinhas começaram a gritar (90% das pessoas que estavam ali). Saímos correndo da sala de observação e lá estava ela, uma labareda entre o branco e o verde claro bem definida no céu. Ela formou uma faixa que cortava o céu de fora a fora e começou a dançar bem acima de nós. Foi incrível!!! A medida que a movimentação aumentava, ela começava a mudar de cor: a beirada bem encima das nossa cabeças começou a ficar rosada. Foi a coisa mais linda que eu já vi na minha vida!!! Queríamos muito ficar o tempo todo de fora, mas o frio estava enlouquecedor, em torno de -30C e mesmo com todas as roupas de frio que tínhamos, estávamos sofrendo, então revezávamos entre a sala de observação e o lado de fora do Centro de Convivência. Além disso, o frio diminui o tempo de funcionamento das baterias da câmera de 1h30 para pouco mais de 15 minutos. Tentei, mas sem sucesso, tirar um foto descente da Aurora. Ficamos assistindo ela até às 2h da manhã. Na volta para Fairbanks, acredito que eu era a única pessoa da van que ficou acordada e continuei assistindo o espetáculo. Em alguns momentos, ela formava uma cortina em cima das montanhas como se as montanhas estivessem emitindo luz. Foi espetacular! Chegamos ao hotel às 3h da manhã.

Dia 19/03/2012 – Lodge e nada de Aurora...

Acordamos por volta de 8h e fomos tomar café. Tinhamos o dia inteiro livre pois, o tour só iria nos pegar às 21h00. Depois do café ficamos até às 14h na cama. Estava muito frio!!! Depois fomos conhecer um supermercado famoso de Fairbanks, o Fred Meyer. E ele merece a fama. Ele tem simplesmente de tudo. Ficamos andando dentro dele por 2 horas e depois voltamos para o hotel. O tour nos pegou às 21h.
Fomos os primeiros do tour, o interessante é que fomos conhecendo a cidade enquanto o guia passava nos hotéis para pegar os outros passageiros. Conversamos com o motorista sobre a possibilidade de ficar nublado no local para onde estávamos indo, mas ele nos disse que ele estava no local para onde íamos e o céu estava claro. Ficamos super empolgados, já imaginou vermos em duas noites seguidas a Aurora Boreal, seria demais!

Chegamos ao Lodge às 22h e enquanto esperávamos, o dono do local colocou algumas fotos que ele mesmo havia tirado para nos mostrar o que poderíamos esperar. Só que a nossa previsão se confirmou: o céu ficou todo nublado. Em alguns momentos, por causa da luz que a Aurora Boreal produzia, pudemos ver que havia um clarão sobre as nuvens, mas nada mais que isso. O meu marido perdeu a empolgação logo e apagou no sofá do lodge. Eu ainda tentei ver alguma coisa, mas as nuvens foram más conosco nesta noite. Ficamos lá até às 2h, mas sem ter visto a Aurora Boreal. Foi uma pena! Chegamos ao hotel às 3h da manhã.

Dia 20/03/2012 – Conhecendo Fairbanks, lojas e Exposição Internacional de Esculturas de Gelo

Praça central de Fairbanks
Não conseguimos nenhum tour para esta noite. Tinha até feito a reserva para o Murphy Dome pela 1st AlaskaOutdoors School na internet, mas o meu marido já havia me avisado que a moça tinha dito que não teriam vagas. E realmente foi o que aconteceu, recebi o cancelamento da reserva no meu e-mail.

Só um pouquinho longe de casa!!!
Então tomamos café e saímos do hotel já perto do horário de almoço. Almoçamos em um restaurante chamado Garbarella, indicação do guia da Lonely Planet. O lugar ficava perto do centro da cidade, então fizemos um pequeno city tour a pé e depois fomos almoçar. A comida estava uma delícia. Comemos pães, salada e massa. E fomos muito bem atendidos. E o melhor, o almoço para nós dois ficou em torno de USD 50.

Depois do almoço, fomos andando até um centro comercial. Como estava fazendo apenas -10C (apenas, eihn!) pudemos caminhar até o lugar. Foi uma caminhada de 30 minutos. Haviam várias lojas reunidas: The Home Depot, Wal Mart, Barnes & Nobles, Sports Authority... Fizemos um tour por todas elas. Mas ficamos impressionados mesmo foi com Sports Authority: a loja é gigantesca e vende produtos de esporte de praticamente todas as marcas, principalmente da North Face e da Columbia. Achamos uma bota de caminhada da Columbia, a prova d’água, para o meu pai por incríveis USD 45 já com as taxas. Uma pechincha!

Ficamos andando nas lojas até às 18h. Queríamos ir à exposição de esculturas de gelo, mas nos disseram que o melhor horário era a noite pois as esculturas ficavam iluminadas e era melhor para vermos os detalhes. Como em Fairbanks o sol só se põe às 20h30, decidimos voltar para o hotel para descansar e só depois ir à exposição. Chegamos ao quarto e enquanto descansávamos, pegamos no sono. Acordei às 21h. Quando vi o horário e sabendo que a exposição fechava às 22h, acordei o meu marido e nos arrumamos correndo.

Exposição Internacional
de Gelo
Chegamos à exposição às 21h30. Pagamos a entrada e a moça nos disse que o horário era só para entrar e que depois que estivéssemos lá dentro, poderíamos ficar o tempo que quiséssemos. No entanto, o frio estava tão absurdo no meio de todo aquele gelo que em 10 minutos de passeio entre as esculturas, os meus dedos começaram a doer com o frio, tanto que eu jurei que eles iam congelar. E olha que eu estava com duas luvas!!! Fomos correndo para uma lanchonete quentinha no meio da exposição, foi a minha salvação! Tomei um café quente e voltamos para a exposição. Terminamos a exposição e chamamos o shuttle. O motorista, quando nos deixou lá, nos disse que demoraria em torno de 10 minutos para chegar depois que nós ligássemos. Ligamos e esperamos os 10 minutos para sair, só que ele não tinha chegado ainda. Então ficamos esperando... 15 minutos e nada dele aparecer. Como eu já estava congelando, decidimos voltar para o café e ficarmos esperando por ele de lá de dentro. Se ficássemos esperando lá fora, seriam mais 10 minutos esperando no frio, pois do momento em que ligamos até a hora que ele apareceu foram 25 minutos. Chegamos ao hotel às 23h.

 Dia 21/03/2012 – Circulo Ártico e última noite em Fairbanks

Durante a noite, notei que o meu novo celular, um Samsung Galaxy SII, estava acabando a bateria e quando fui procurar o carregador, descobri que eu o havia esquecido no primeiro quarto em que nós ficamos. Fiquei preocupada, afinal, como faria para carregar o celular novamente? Descobri que poderia carregar pela USB do meu computador, mas mesmo assim, decidi conversar na recepção para saber se alguém tinha achado um carregador no quarto em que ficamos.

Havia mandado um e-mail para meu pai sobre a bota que tinha visto no dia anterior e ele me autorizou a compra-la. No entanto, tínhamos que fazer a compra pela manhã, pois o tour para o Circulo Polar Ártico começaria às 14h (tínhamos que estar prontos às 13h) e no dia seguinte iriamos embora para Anchorage.

Acordamos cedo, tomamos café e fui conversar com a recepção para saber se alguém tinha achado um carregador. A moça do front desk ligou para o serviço de quarto e segundo o que foi informado, foi encontrado um carregador no quarto 510 e não 516, que foi o que nós ficamos na primeira noite. Então pedi para ir até o quarto na esperança de encontrar o carregador ainda na tomada. A recepcionista me disse que o andar estava em manutenção e que eu poderia procurar alguém da equipe do hotel e pedir para abrir o quarto. Foi o que eu fiz, mas o carregador não estava na tomada onde eu o havia deixado. Conversei com o pessoal da manutenção que me deu a ideia de mesmo que o carregador encontrado não estivesse no quarto em que ficamos, seria bom verificar. Fiquei constrangida e deixei a ideia de lado.

Saímos, fomos a Sports Authority, compramos a bota do meu pai e lanchamos no Subway do Wal Mart. Tudo muito rápido. Em uma hora já tínhamos feito tudo e estávamos voltando para o hotel. Enquanto estávamos aguardando o tour, decidi conversar de novo com a recepção a respeito do carregador. Decidi por a ideia do pessoal da manutenção em prática! Conversei com a Dana (a recepcionista) e expliquei para ela que existia a possibilidade de terem achado o carregador no quarto que eu estava, mas de repente terem anotado o número do quarto errado. Ela conversou com o serviço de quarto que levou o carregador encontrado até o meu quarto. E adivinhem... era o meu carregador!!! Fiquei super feliz e aliviada. Menos um problema para resolver, pois se não achasse o carregador, teria que obviamente comprar outro.

A 1st Alaska Outdoors School passou no hotel por volta de 13h40. Estávamos preocupados com o horário, pois tinham marcado conosco às 13h20. O meu marido chegou a ligar perguntando e eles disseram que o motorista estava um pouco atrasado. Achei interessante que eles ficaram muito impressionados quando dissemos que erámos brasileiros. Pelo jeito, é bastante raro aparecer alguns por lá. Nós chegamos até a ver um casal de brasileiros no nosso primeiro dia em Fairbanks, mas tenho certeza que eles moram nos EUA ou já moraram lá, pois quando a moça abria a boca para falar inglês era difícil dizer que ela era brasileira.

Saímos de Fairbanks por volta de 14h20. Por sermos brasileiros, ligaram o aquecedor do carro na potência máxima achando que estávamos sentindo frio, estava tão quente lá dentro que eu estava colocando a mão nos vidros para esfriar as minhas mãos. Até que alguém pediu para diminuir o aquecedor. Foi um alívio!

Dentro da van estavam 8 pessoas:  eu e meu marido de brasileiros e outros 6 turistas americanos. Além disso, tínhamos um motorista/guia e um fotógrafo. Ainda bem que tínhamos um fotógrafo, pois se tivéssemos uma Aurora Boreal como no nosso primeiro dia em Fairbanks, ele poderia tirar uma foto nossa com a Aurora, o que seria perfeito! Mesmo que ele cobrasse, eu pagaria qualquer preço por essa foto.

Pipeline
Foram distribuídas sacolinhas com lanches e começamos nossa viagem. A programação era que chegássemos ao hotel às 3h da manhã do dia seguinte. Ou seja, a viagem seria longa. Nossa primeira parada foi no Pipeline: um tubo que corta o Alaska desde o norte do país até o sul para o transporte de petróleo. Essa foi a melhor solução que eles encontraram porque o Mar Ártico fica congelado parte do ano, então não seria possível fazer o transporte por navios.

A viagem até o Circulo Ártico durou 6 horas. Foi uma jornada. No meio do caminho fizemos algumas paradas em pontos estratégicos e notamos que não estávamos sozinhos, haviam outras duas vans da mesma empresa fazendo o mesmo tour, inclusive o Ralf, dono da empresa, era o motorista em uma das vans. Nosso motorista/guia, Travis, fez de tudo para passar o máximo de informações possíveis para nós sobre o Alaska. Nosso fotógrafo, Frank, também nos passou algumas informações sobre a profissão dele, como na época em que ele era fotógrafo de ursos. Segundo ele, todo cuidado com comida era pouco, pois o olfato dos ursos é 10 vezes mais apurado que o dos cachorros.

Estrada congelada
Também passamos por aquelas estradas do documentário “Estradas Mortais” do Discovery Channel. Travis nos contou que quando está nevando muito, é fácil encontrar a equipe do Discovery Channel fazendo filmagens no local, mas como já era quase primavera e as estradas estavam descongelando, seria difícil ver alguém por ali. Mesmo assim ele nos disse que em alguns momentos, como a estrada ficava muito estreita com a neve dos dois lados, ele pararia a van para deixar os caminhões passarem e que, além disso, o veríamos entrando em contato com os caminhões via rádio para manter a segurança do passeio.

Foi interessante ver os vidros da van congelando com a umidade que transpirávamos. No começo apenas as janelas da direita congelaram. Depois, faltando umas duas horas para chegar ao destino, os vidros da esquerda também congelaram. Tínhamos que usar um raspador nas janelas para conseguirmos tirar algumas fotos de dentro da van. No entanto, a solução era temporária, pois depois da primeira “congelada”, a limpeza da janela durava poucos minutos.

Rio Yukon
Paramos no rio Yukon totalmente congelado. O Frank nos disse que existe uma loteria para ver quem acerta o dia e hora exata em que o rio racha a primeira vez no desgelo. Ele ainda nos disse que tinha um amigo que tinha acertado o dia, mas errado por 4 minutos a hora. Aparentemente ganha-se um bolada ao acertar.

Fizemos uma última parada antes de chegar ao Circulo e ficamos observando o pôr do Sol. Já eram quase 20h30 e foi engraçado vê-lo dar uma “quicada” no horizonte: ele estava quase se pondo e de repente, ele começou a subir de novo. Nesta região, ocorre esse tipo de fenômeno, o Sol fica subindo e descendo no horizonte até ele se pôr. Tanto que o Circulo Polar Ártico é a primeira latitude que, durante o solstício, o sol não se põe por um dia.

20h47 e o dia ainda estava claro
Quando finalmente chegamos à placa que determinava o começo do Circulo Polar Ártico, foi um alívio. Nem acreditava que ainda tínhamos mais 6 horas de viagem. Mas estávamos empolgados porque o céu estava claro e o Ralf, no nosso guia no primeiro dia em Fairbanks nos disse que a possibilidade de vermos uma Aurora Boreal neste dia era muito alta porque a estrada tinha vários pontos altos de onde poderíamos enxergar quilômetros de distância, ou seja, uma Aurora ocorrendo a quilômetros de distância. Tiramos fotos junto com a placa que demarcava o início do Circulo, tiramos fotos em grupo, fomos ao banheiro (lá tinha
Nós no Círculo Polar Ártico
banheiro, dá para acreditar?) e depois voltamos correndo para a van. Estava fazendo -30C. O Travis nos serviu bebidas quentes e ficamos lá dentro. O Frank foi conversar conosco e ficou nos perguntando se realmente estávamos sentido todo aquele frio e nos disse que se
Foto em grupo
estivesse ficando realmente insuportável, eles tinham mais roupas para nos aquecer. Foi a primeira vez que eu vi o meu marido reclamar de verdade a respeito de frio, mas também ir para o Circulo Polar de calça jeans, ninguém merece! Eu até que estava aguentando bem, mas também com a parafernália de roupas que eu estava usando...

Foto de uma Aurora Boreal tirada por
Frank, o fotógrafo da excursão
Partimos então para a segunda parte da viagem, supostamente a mais empolgante: a caça por uma Aurora Boreal. O primeiro lugar que paramos foi novamente às margens do rio Yukon. Vimos, no horizonte, uma pequena mancha branca bem clarinha. Comentei com o Travis e ele nos disse que poderia ser a luz de alguma vila refletida na nuvem, mas então o Frank tirou uma foto com a máquina profissional dele e adivinha: era uma Aurora Boreal. Só que estava tão clara, mas tão clara, que era difícil ver até a olho nu. Queríamos ver novamente o céu pegando fogo como vimos no primeiro dia. Não queríamos precisar de uma câmera fotográfica profissional para definir se a mancha era ou não uma Aurora Boreal. Durante o percurso de volta para Fairbanks, vimos várias outras manchas, tão claras como a primeira da noite, mas nada que se desenvolveu para o que havíamos visto no domingo. No final, foi decepcionante! Jurei que veria algo parecido com o que havíamos visto no primeiro dia, mas não vimos praticamente nada. À medida que fomos nos aproximando de Fairbanks, a nossa empolgação foi baixando e logo dormimos. Acordamos quando já estávamos chegando à cidade, exaustos. Fiquei imaginando como o Travis aguentou dirigir todo esse tempo, a 50 km/h, velocidade padrão para evitar qualquer tipo de acidentes no gelo. Além disso, agradeci a Deus por nos ter dado a oportunidade de, no nosso primeiro dia, já vermos a Aurora Boreal, pois se a vaga para o Chena Hot Springs não tivesse surgido, estaríamos indo embora de Fairbanks no dia seguinte  sem termos visto nada. Deus é e sempre foi muito bom conosco.

 Dia 22/03/2012 – Monte Makinley e Anchorage

Hotel:
Crowne Plaza: O hotel não é no mesmo estilo do hotel de São Petersburgo com toda aquela tecnologia e luxo, mas é muito bom. Limpo, organizado, internet de graça no quarto e lavanderia a USD 2 a lavagem, USD 2 a secagem e USD 2 o sabão em pó. O café da manhã é pago a parte.

Arrumamo-nos, tomamos café e voltamos para o quarto para fechar as malas. Embora o aeroporto fosse perto, decidimos ir para o aeroporto às 10h00, pois nosso vôo era 11h40. Chegamos ao aeroporto, despachamos as malas e fomos para a sala de embarque. Por lá mesmo, entrei em uma lojinha para olhar algumas lembrancinhas e acabamos comprando um livro sobre Auroras Boreais.

O vôo saiu no horário, 11h40. No entanto, durou apenas 35 minutos, foi praticamente o sobrevôo ao Monte Makinley. O meu marido queria ir de trem para Anchorage para ver o Monte Makinley e foi uma grata surpresa para ele.

O aeroporto de Anchorage é bem grande, bem maior que o de Brasília por exemplo. E como lá é o hub da Alaska Airlines, só se viam aviões desta empresa no pátio. Fomos retirar a bagagem e incrivelmente, apenas 5 minutos depois que tínhamos desembarcado, nossas mochilas já estavam na esteira. O meu marido procurou um desses balcões para ligar para os hotéis e para nossa sorte o nosso hotel tinha shuttle. Em 5 minutos a van do hotel nos pegou no aeroporto.

Chegamos ao hotel e não podíamos fazer o check-in, pois o horário para o check-in era às 16h. Então pedimos que as nossas malas fossem guardadas para depois as pegarmos. Fomos almoçar no Bear Tooth Grill. Quando perguntamos no hotel sobre este restaurante a recepcionista nos disse que era o melhor restaurante de Anchorage. Pegamos um taxi e fomos para lá.

Há uma diferença evidente entre o Fairbanks e Anchorage: como Fairbanks tem poucos carros e é muito frio, a cor branquinha da neve impera e se parece muito com areia, pois quando neva e a neve não derrete, já em Anchorage, por ser uma cidade grande e ser mais quente, a neve tem um tom cinza escuro por causa da fuligem dos carros. A sensação quando você anda pelas ruas de Anchorage é que o asfalto está sendo construído agora, pois há montes e montes de neve com fuligem às margens das ruas.

Eu jurava que o  Bear Tooth Grill era uma Steak House. Na realidade não, é um restaurante como o Friday’s, por exemplo. Pedi um sanduiche e o meu marido pediu outro. Não podemos negar que estava uma delícia. Depois do almoço, fomos conhecer a 4th Ave de Anchorage. Segundo nosso guia, era a rua mais movimentada de Anchorage. Bom, tendo em vista como a cidade é pacata, a movimentação de carros nesta rua pode ser considerada grande, mas de resto, quase não se via pessoas na rua. Fomos tomar café e incrivelmente, os cafés fecham depois do almoço e só reabriam em torno de 17h. Foi complicado achar um café que ainda estivesse aberto. Entramos pedimos café e logo a atendente perguntou: “Vocês vão demorar? Porque nós estamos fechando em 15 minutos!”

Tomamos nossos cafés e fomos andar. A única coisa interessante que vi naquela região foi um shopping relativamente grande entre a 5th e a 6th e o museu de Anchorage. Fiquei pensando que se eu soubesse que Anchorage era tão pacata assim, tinha ficado em Fairbanks por mais um dia e só passado o dia aqui antes de ir para Chicago.

Passeamos no shopping, o meu marido para variar entrou na loja da Apple e ficou um tempão lá dentro (ele adora os produtos da Apple) e depois voltamos para o hotel por volta de 17h. No hotel, o meu marido pediu para a atendente nos avisar se tivesse alguma Aurora Boreal visível, a moça tentou explicar para o meu marido que para se ver Auroras Boreais dependia de várias fatores, inclusive clima (estava nublado aquele dia). O meu marido disse que entendia mas, mesmo assim, queria que se algo aparecesse no céu que nós fossemos chamados. Nosso dia em Anchorage terminou aqui.

Dia 23/03/2012 – Anchorage e adeus ao Alaska

Tínhamos que lavar roupas urgente. Descobrimos que o hotel tinha uma lavanderia self-service no dia anterior. Então nosso planejamento era tomar café, lavar nossas roupas, fazer o check-out  e depois ir ao Museu de Anchorage. Fomos tomar café e quando chegamos lá a garçonete nos perguntou se o meu marido era associado de um programa de milhas do hotel. Nós dissemos que sim, pois no dia anterior a atendente, durante o check-in, nos passou um cartãozinho com um número e nos disse que já tínhamos 5 mil milhas naquele cartão. Então a garçonete nos disse que poderíamos tomar café da manhã no sexto andar do hotel sem pagar nada (fizemos a reserva sem café da manhã). Achamos esquisito porque a recepção tinha nos encaminhado para aquele restaurante. Explicamos isso a ela e ela disse que iria verificar. No final,  estávamos certos e elas nos mostrou o cardápio e nos disse como funcionava.

Terminamos de tomar café e fui lavar nossas roupas. Achei estranho que o ciclo da máquina de lavar era de 25 minutos. Coloquei as roupas lá, segui as instruções, liguei a máquina e voltei para o nosso quarto. Quando eu voltei para a lavanderia, as roupas estavam realmente lavadas e então coloquei na máquina de lavar. Até pensei que seriam os mesmos 25 minutos, mas não, foram 45 minutos. No final terminei de lavar as roupas e secar já entorno de 11h, tive que me arrumar e arrumar a minha mala correndo porque tínhamos que fazer o check-out.

Fizemos o check-out e deixamos nossas malas no hotel. Conseguimos que o shuttle nos levasse para o centro da cidade e fomos ao museu. Achamos o museu bem interessante porque uma parte do museu é interativa sobre ciências, então tinha várias crianças dentro do museu brincando nessa área. Depois, andamos pela parte do museu que contava a história do Alaska desde os primórdios até a construção do pipeline e a Segunda Guerra Mundial. Almoçamos lá no museu mesmo e por incrível que pareça, embora meu frango estivesse frio, a comida estava uma delícia.

Do museu, fomos aos correios. Queríamos despachar algumas coisas que sabíamos que não precisaríamos mais, como o case para tirar fotos debaixo d’água da minha câmera, o livro que eu comprei sobre Auroras Boreais entre outras coisas. Também descobrimos que não tínhamos devolvidos as moedinhas que valiam sorvete do hotel em Fairbanks. Então fizemos dois pacotes, um para Fairbanks e outro para Brasília. Quando fomos despachar e a atendente viu que um dos pacotes era para Pike’s Lodge, ela ficou super empolgada porque ela já tinha ficado neste hotel. Fez várias perguntas a respeito da nossa estadia e nos disse que é com certeza, se não o melhor, um dos melhores lugares para ficar em Fairbanks. Concordamos com ela, adoramos ficar lá.

Depois do correio, fomos a Sports Authority de Anchorage. Pense em um lugar longe da 4th Ave! A loja ficava do outro lado da cidade. Pegamos o taxi e ficou em USD 20 a nossa corrida. Queria ir a REI, a mesma loja que fui em Las Vegas em outra viagem e gostei muito, mas quando vi os preços pela internet, desisti: eram bem mais caros do que havíamos visto na Sports Authority. Fui atrás de uma bota para minha mãe, pois quando ela viu os e-mails que eu mandei para o meu pai, pediu para procurar para ela também. Quando chegamos lá, descobrimos que a Sports Authority ficava em um centro comercial, perto de várias outras lojas. Achei uma bota com um preço um pouco mais caro, USD 70, mas mesmo assim para a qualidade da bota da Columbia, ela estava muito barata. O meu marido acabou comprando um par de palmilhas, pois os pés dele estavam começando a doer de tanto que andávamos. Depois fomos para a Best Buy do outro lado da rua e andamos um pouco por lá. Achei interessante que nas lojas da Best Buy sempre tem um rapaz na entrada. Como não estávamos conseguindo um taxi, perguntei a ele se teria alguma forma de chamar um. Ele ligou para a central de taxi, me entregou o telefone e me disse: Diga à moça que você quer um taxi para a Best Buy da Diamond e responda as outras perguntas que ela fizer. Dito e feito, em 2 minutos tinha um taxi esperando por nós. Agradeci a ele e voltamos para o hotel.

No hotel, pegamos o shuttle para o Aeroporto. Quando chegamos lá, a atendente nos informou que só poderíamos fazer o check-in 2 horas antes do vôo. Como tínhamos chegado com quase 4 horas de antecedência, sentamos e ficamos na internet (que no aeroporto era de graça) até dar o horário de check-in. O vôo sairia às 21h40. Entramos para a sala de embarque por volta de 20h e ficamos tirando fotos dos ursos polares empalhados na entrada do salão de embarque. No Alaska eles adoram bichos empalhados, há em todos os lugares: aeroportos, hotéis, restaurantes e etc. O vôo saiu na hora e tivemos uma última surpresa: olhando pela janela do avião, no horizonte, vimos uma Aurora Boreal se movendo. Uma pena que não conseguimos ver direito, pois o senhor que estava do meu lado ligou a iluminação dele e fez questão que ela ficasse ligada o tempo todo. Então, tínhamos que tampar a janela o máximo possível para conseguirmos ver alguma coisa lá fora. Mas mesmo assim, foi um belo adeus ao Alaska. Nós com certeza vamos voltar a Fairbanks um dia!

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