Hotel:
Westin Michigan Avenue: Excelente hotel! Super bem localizado, no final da Michigan Avenue, a principal rua de Chicago. Perto de tudo! O quarto superconfortável com uma cama que não dá vontade de levantar. O hall é antigo, mas bem conservado. Não tomamos café da manhã porque não estava incluso na nossa diária.
Dia 24/03/2012 – Chicago
Quando acordamos pela manhã
dentro do avião e olhamos para baixo, só vimos nuvens. Eu achava que era porque
ainda estávamos alto no céu. Na realidade não, quando o piloto nos avisou que
estávamos em procedimento de pouso, com um ar meio preocupado, percebi que a
cidade estava no meio de um nevoeiro. Ficamos observando pela janela e mais
adiante vimos um avião literalmente parando no ar, inclinando para baixo e
entrando na nuvem. E foi isso que nosso avião fez. Instantes depois estávamos
pousando no O’Hare. A sensação era de um aeroporto no céu: a neblina estava por
todos os lados e era praticamente impossível ver o edifício do aeroporto. Pegamos
nossas malas e fomos para o metrô. O interessante para mim foi me lembrar que
naquele aeroporto, a 2 anos atrás, eu fiquei presa por 18 horas pois cheguei às
6h ao O’Hare, o meu vôo para o Brasil só sairia às 21h30, estava fazendo -15C e
as minhas malas estavam dentro do avião que eu havia perdido em Las Vegas. Resumo:
foi um dia bem traumatizante!
Quando estávamos caminhando para
o metrô, um rapaz me parou, me entregou um cartão e me disse “Pode ficar com o
meu cartão, ainda tem crédito, é como se você tivesse recebendo dinheiro de
graça”. O cartão do moço tinha apenas uma passagem de crédito, então o meu marido
teve que comprar o cartão dele. Passei pela catraca do metrô fiquei esperando
por ele. Os trens do metrô saem regularmente a cada 15 minutos. Olhamos no mapa
onde ficava nosso hotel e onde era a estação de metrô mais próxima e fomos para
o centro da cidade.
Tivemos que trocar de metrô no
centro para a linha vermelha e já notamos que o metrô de Chicago é bem
diferente dos metrôs da Europa: mal conservado e sujo. Fora que as plataformas
de embarque são bem estreitas, então, dependendo do horário, as pessoas se
amontoam para não cair nos trilhos do metrô. Mas assim que saímos do metrô e
fomos caminhando para o nosso hotel, as coisas mudaram de figura. A cidade é
linda! A mistura de arquitetura antiga com nova fazem com que a vista da cidade
seja estonteante. Chegamos ao hotel, perguntamos sobre o check-in e o atendente
nos informou que era apenas às 16h mas como eles tinham quartos disponíveis,
poderiam fazer o nosso check-in naquele momento. Foi um alívio. Subimos, deixamos
nossas malas e as caixas das botas para os meus pais, tomamos um banho e
enquanto eu estava terminando de me arrumar o meu marido foi para um restaurante,
indicação de um amigo dele, para garantir a reserva que ele havia feito dias
antes. Ele me disse em qual esquina era o restaurante, Gib’s, e lá fui eu,
debaixo de uma chuva fina em direção ao restaurante. Quando cheguei lá,
descobri que nem era necessário fazer a reserva. Embora o restaurante fosse
muito bom, não estava cheio. Mas a comida estava excelente: comemos salada,
carne e sobremesa. Tudo delicioso! O preço foi bem salgado, mas valeu muito a
pena.
Chicago |
Depois do almoço, queria muito ir
a Fry’s, uma loja de eletrônicos gigantesca que fica nos subúrbios de Chicago.
Conversamos na recepção do hotel e nos informaram que só para ir era em torno
de 1 hora e teríamos que pegar um trem e depois um taxi para conseguir chegar
lá. O meu marido ficou muito desanimado, só que eu estava louca para ir. Mesmo assim,
ele acabou me convencendo do contrário. Então, fomos andar pela cidade.
Caminhamos até a beira do Lago Michigan e depois fomos seguido à orla. Acabamos
chegando a um parque de diversões, Navy Pier Park na
Navy Pier Park |
beira do lado. O
interessante é que o parque tinha partes cobertas e partes abertas. O meu marido
ficou muito entusiasmado com o restaurante Bubba Gump (do filme Forest Gump)
que tinha no parque, pois ele já havia ido neste restaurante em São Francisco e
segundo ele, o pão com alho (que eu adoro!!!) do lugar era fenomenal. Fenomenal
também era a fila para comer lá: a espera estava de 1h30. Desistimos e fomos
andar pelo parque de diversões. O parque estava muito cheio e enquanto
caminhamos pela parte coberta (acredito que um galpão antigo, mas remodelado)
vimos lojas, restaurantes, cinemas, jogos, mas o que mais gostamos foi uma
exposição de vitrais.
Do parque fomos andar pela
cidade. Assim que começamos a andar em direção ao centro da cidade um guarda
nos parou e nos perguntou se éramos brasileiros. Respondemos que sim e ele “ah,
que bom, assim vou poder treinar o meu português”. O guarda era americano, mas
estava estudando português... E olha que ele falava muito bem. Ficamos
impressionados. Mas acredito que a intensão dele era nos investigar e testar se
o português que ele já tinha aprendido era o suficiente para interrogar um
suspeito. Perguntou-nos coisas como a quanto tempos estávamos lá, quando íamos
embora, se estávamos gostando da cidade e de onde estavamos vindo. No final,
nos disse “foi um prazer conhecê-los, aproveitem o resto da viagem”. Ou seja,
nós brasileiros já estamos indo tanto aos EUA que até a polícia está aprendendo
português para conversar conosco.
Continuamos andando em direção a
Michigan Avenue e tirando fotos da cidade, lindíssima. Foi quando, olhando no
mapa, notei que estávamos perto de um Hard Rock Café. Fomos andando até lá,
comprei uma camiseta e depois tomamos um café na Starbucks.
O meu marido estava louco para ir num
show de jazz. O amigo dele também tinha indicado o show do “Buddy Guy”. Estão,
voltamos para o hotel pela Michigan Avenue com passadinhas rápidas na
Victoria’s Secret, na Best Buy, na North Face e na Columbia e depois fomos para
o hotel nos arrumar. Fomos para o show, em uma casa de shows com o mesmo nome,
de metrô. Ficamos meio perdidos quando saímos da estação, mas logo achamos o
local. A entrada era USD 20. Achei caro, principalmente porque não estava
inclusa a consumação, mas como o meu marido queria muito, não reclamei. O local
estava lotado, então subimos para um segundo andar onde poderíamos assistir ao
show por um telão e comer. Pedimos comida e eu só consegui assistir o início do
show: eu estava tão cansada que me encostei ao ombro do meu marido e apaguei. Acordei
com ele meia hora depois me chamando para ir embora. Pensei que ele ficaria
chateado comigo, mas não, ele ficou foi feliz por eu tê-lo acompanhado (mesmo
dormindo) ao lugar. Na volta de taxi, passamos em frente a um parque muito
bonito no centro da cidade e em frente a uma estátua gigantesca da Marilyn
Monroe. Falei para o meu marido que no dia seguinte tínhamos que ir lá. Quando
cheguei ao hotel, eu apaguei.
Dia 25/03/2012 – Bye, Bye Chicago
e Estados Unidos e Bonsoir, Quebéc
Campos de tulipas na Michigan Avenue |
Acordei por volta de 9h. O meu marido
já estava acordado já fazia um tempo, mas como eu estava muito cansada no dia
anterior, ele ficou com dó de me acordar. Arrumamos nossas coisas e fizemos o
check-out deixando nossas bagagens guardadas no hotel. O dia estava lindo, a
neblina do dia anterior tinha desaparecido. Então decidimos caminhar pela
Michigan Avenue até o Milenium Park, o parque que eu tinha visto na noite
anterior. Fiquei deslumbrada com as tulipas plantadas nos canteiros. Que cidade
maravilhosa! Não economizo elogios a Chicago, pois é difícil encontrar uma
cidade tão bem cuidada e arquitetonicamente linda como esta. Paramos na
primeira Starbucks que encontramos e tomei o meu fraputtino matinal (sorvete,
leite, caramelo e café, uma bomba de calorias, mas que me deixava acesa por
horas).
Estátua de Marilyn Monroe na Michigan Avenue |
O meu marido gostou muito foi do
pessoal correndo nas ruas, pois ele é fã de corridas. E tinha muita gente com
roupas esportivas nas ruas. Nossa primeira parada foi na estátua da Marilyn
Monroe, muito disputada para se tirar fotos. Tanto que tirei apenas uma foto do
meu marido perto da estátua.
Escultura no Milenium Park |
Nossa próxima parada foi no
Milenium Park. Pense em um parque lindo. A vista da cidade, junto com as
estruturas do parque é digna de várias fotos. Além disso, há uma estrutura em
forma de feijão gigante, toda em metal no parque. Assim, é possível você tirar
um auto-retrato com a cidade toda atrás de você.
Vista de Chicago |
Continuamos andando pelo parque
até chegar a Buckingham Fountain. Eu queria ver a fonte ligada, mas não foi
possível. Descobrimos de onde tinham saído tantos corredores. A largada da
corrida foi feita em frente à fonte. O engraçado foi ver todos aqueles corredores,
depois da corrida, bebendo copos e copos de cerveja. Mas também foi
interessante ver o controle deles com relação à bebida: a partir de um
determinado ponto em frente ao parque, ninguém poderia passar com um copo de
cerveja.
Nossa próxima parada seria o
Museu de Ciência e Indústria de Chicago. Sabíamos que no parque onde estávamos
tinha um trem que saia do centro do parque até perto do museu. Quando chegamos
à estação de trem, o próximo trem só passaria em mais de 1 hora. Então,
decidimos pegar o metrô até algumas quadras perto do museu e se ainda ficasse
muito longe, terminaríamos de chegar de taxi.
O museu fica no subúrbio de
Chicago. É bem diferente uma favela, pois as casas ainda são bem arrumadas, mas
a concentração de negros lá é bem maior que no centro da cidade. O museu fica
na mesma região da Universidade de Chicago, tanto que para chegar ao museu,
tivemos que andar mais ou menos uma hora atravessando a universidade. Tentamos
até pegar um taxi, mas os poucos que passavam estavam cheios.
Museu de Industria e Ciência de Chicago |
O museu fica em um parque na
beira do lago Michigan. Os gansos nos jardins do museu eram tão mansos que
quase podíamos passar a mão neles. O interessante deste museu é que, embora o
prédio tenha diversas entradas, ele fica todo fechado e entra-se por passagens subterrâneas.
Embora o prédio fosse antigo, por dentro ele é bem moderno. Deixamos nossas
coisas no guarda-volumes, pagamos USD 15 para entrar e fomos conhecer o museu.
Roupas de astronauta usada em juma missão lunar |
Nossa primeira parada foi no
submarino U-505, um submarino que atuou durante a II Guerra Mundial. Como
tínhamos pouco tempo, não chegamos nem a entrar no submarino. Nossa próxima
parada foi na área espacial, aí eu fui ao delírio, adoro o assunto, pois
trabalho com isso. Sondas espaciais, foguetes, roupas de astronauta, tinha de
tudo lá e a grande maioria foi usada em missões espaciais. ADOREI! Até comprei
uma Discovery para me lembrar dessa área do museu. Depois fomos andando dentro
do museu pelas várias áreas até chegarmos a Galeria de Transportes. Havia uma
locomotiva em tamanho
Máquina de tornados |
natural, um avião e Chicago em miniatura com um trenzinho
andando em volta. E no mesmo andar, do outro lado do museu, uma ala chamada
Ciência das Tempestades onde você poderia produzir o seu próprio tornado ou uma
tsunami apresentando a sua entrada para o equipamento. O legal deste museu é
que praticamente tudo é interativo, em todas as alas do museu há diversos
equipamentos que você pode usar para entender melhor como as coisas funcionam.
O meu marido adorou o lugar e, se um dia voltarmos a Chicago (espero que sim!) vamos passar
mais tempo neste museu e nas suas redondezas. Almoçamos dentro do museu,
andamos pelas lojinhas já na saída, pegamos nossas coisas e fomos embora.
Para voltar para o hotel, tendo
em vista que caminhamos muito para chegar ao museu na vinda, decidimos pegar
outro meio de transporte. O meu marido tinha visto que havia um ônibus que saia da
frente do museu e trafegava pela Michigan Avenue, perfeito para nós. Era o
ônibus 10. Confirmamos essa informação com o motorista do ônibus e nos
sentamos. Cinco minutos depois o ônibus saiu, andou 10 minutos e parou em um
engarrafamento. Ficamos super preocupados: já eram quase 15h e o nosso vôo era
às 19h e ainda tínhamos que ir ao hotel para pegar nossas coisas e depois
voltar para a estação de metrô para ir para o aeroporto. No final, conseguimos
chegar ao hotel em torno de 15h30, estávamos tão agoniados que assim que vimos
o nosso hotel, descemos na primeira parada. Quando estávamos entrando no hotel,
vimos o mesmo ônibus parando a 3 metros da porta do hotel.
No hotel, pegamos nossas coisas e
pedimos um taxi para uma estação de metrô que pudéssemos pegar a linha direta
para o aeroporto, pois se pegássemos o metrô perto do hotel, teríamos que ir
até o centro da cidade para trocar de linha e aí sim, ir para o aeroporto. O taxista
chegou a perguntar quanto que era de metrô para o aeroporto, acho que com a
intensão de se oferecer para nos levar até lá e cobrar o mesmo preço, mas
quando ele escutou o preço (USD 5 para os dois) nem fez mais comentários.
Durante o trajeto de metrô, vimos como foi bom termos indo para o aeroporto
deste modo: por diversas vezes vimos engarrafamentos desde o centro da cidade
até o aeroporto.
No aeroporto, encontramos nosso
terminal e fomos atendidos por uma senhora da United muito gentil (graças a Deus!).
Ela fez o nosso check-in com muito bom humor e nos indicou para onde teríamos
que ir para passar pela imigração. Às 17h30 estávamos na sala de embarque. Um
alívio! Andamos até o nosso portão de embarque, o aeroporto muito movimentado,
bem diferente do que tinha visto dois anos antes. Deixei o meu marido no portão de
embarque e fui comprar um chocolate quente para ele e um frapuccino para mim na
Starbucks, agora bem mais calma. Quando nos chamaram para embarcar, achei
esquisito porque no mesmo horário e portão do nosso vôo também tinha outro vôo
para Nashville. Fiquei preocupada: será que o vôo que tínhamos comprado tinha
escala em Nashville? Quando passamos pelo portão de embarque vimos o que estava
acontecendo: nosso avião, assim como os outros parados perto do nosso portão de
embarque era pequenos, 3 cadeiras por fileira. Ficava um rapaz perguntando para
cada um que aparecia para onde a pessoa ia. Parecia mais uma rodoviária que um
aeroporto. Mas, no final tudo deu certo, decolamos no horário e o vôo foi de
quase 2 horas e muito tranquilo. Foi engraçado ver a aeromoça se virando
sozinha para fazer tudo.
Quando chegamos a Quebéc, no
Canadá, pegamos nossas malas e fui sacar dinheiro para pagarmos o taxi. A máquina
de saques engoliu meu cartão! Na hora fiquei muito irada, cheguei a chamar
alguém do aeroporto para me ajudar, mas ele me disse que não podia fazer nada,
que a única coisa que eu poderia fazer era ligar no 0800 do banco e reclamar.
Minha sorte era que eu tinha outro cartão Travel Money, então não foi tão
desesperador assim. Mas o meu marido não fez mais saques nessas máquinas que engolem
o cartão.
Pegamos o taxi e fomos direto
para o hotel. Falamos para o taxista que o nosso hotel era o Hiton Quebéc. Ele
nos levou para um hotel chamado Hotel de Quebéc. Assim que ele parou, nós
olhamos o hotel e dissemos para ele não era aquele hotel. Ele tentou argumentar
e nós mostramos o nome e o endereço do hotel no nosso voucher. Então ele nos
levou para o hotel certo. A corrida custou em torno de CAN 30. Já no hotel, a
atendente fez nosso check-in e me perguntou em qual língua eu gostaria de
conversar com ela. Eu pedi em francês. Só que esqueci que o meu marido não entende
nada de francês! Ela me deu algumas instruções básicas, disse-me que o
restaurante do hotel fica aberto de 19h às 22h e que depois das 22h poderíamos
pedir o serviço de quarto.
O quarto era muito confortável, com duas camas
queen size e no 13 andar. Como não havia prédios em volta do hotel, tínhamos
uma vista maravilhosa da cidade. Pedimos serviços de quarto, pois já eram quase
23h e estávamos famintos. Saladinha, dois wraps, batata rufles e dois sucos de
laranja: CAN 50. Que país caro!!! Depois do nosso jantar, fomos dormir, pois o
dia tinha sido puxado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário