Dia 26/03/2012 – Quebéc
Hotel:
Hilton Quebéc: O hotel é excelente, 5 estrelas, o quarto e o banheiro são muito confortáveis e a vista da cidade é maravilhosa. Não tomamos café da manhã neste hotel porque não estava incluso na nossa diária.
Fomos acordados pela minha mãe às
7 da amanhã. Ela e meu pai estavam fazendo conexão em Nova Iorque antes de
pegar o vôo para Quebéc. Estávamos ansiosos e preocupados ao mesmo tempo: fazia
15 anos que meus pais não viajavam para um lugar realmente longe do Brasil.
Além disso, meus pais entendem muito pouco de inglês e a viagem que eles
fizeram há 15 anos foi com uma excursão, ou seja, eles nunca viajaram para fora
da América do Sul sozinhos. Minha mãe estava ligando para dizer que já estava
no portão de embarque para o vôo para Quebec (ótima notícia) e para dizer que
tinham arrancado a rodinha da minha mala da Samsonite (péssima notícia). Fiquei
indignada: minha mala é dura e com travas. Não custou uma fortuna porque
consegui um ótimo desconto quando a comprei em Barcelona, mas eu adoro aquela
mala! Fiquei muito chateada na hora, mas estava mais empolgada com a chegada
dos meus pais.
O horário de chegada deles estava
previsto para 12h. Saímos do hotel às 11h e fomos para o aeroporto de taxi.
Quebéc não tem nenhum outro tipo de transporte para o aeroporto. Até
perguntamos no dia anterior quando chegamos, mas no help desk do aeroporto nos
informou que há só um ônibus da cidade até o aeroporto às 4 horas da manhã, ou
seja, sem chances. Os meus pais estavam demorando muito para sair da sala de
desembarque, até que um casal, também de brasileiros, saiu pelo portão de
embarque e nos disse que a minha mãe estava abrindo uma ocorrência a respeito da
minha mala. Meus pais saíram já eram quase 13h. Ficamos muito felizes em
vê-los.
Colocamos as malas deles no taxi
e voltamos para o hotel. Meus pais, no novo país e nova cidade, ficaram bem
curiosos com relação a tudo que passava. Quando chegamos ao hotel, fizemos o
check-in deles e eles adoraram o quarto. Segundo o meu pai, eles iriam dormir
em cima da cidade. Na hora de sair, meu pai não quis se agasalhar e disse que
só com a jaqueta e a bota de frio que tínhamos comprado para ele era o
suficiente para ele se manter aquecido.
Meus pais em Quebéc |
Do nosso hotel até a entrada da
velha Quebéc era questão de metros. Tiramos fotos em frente a Fontaine Tourny e
entramos pela Porte Saint-Louis. Fomos andando pela Rue Saint Louis até
encontramos um restaurante aberto: os restaurantes fecham na segunda-feira em
Quebéc. Achamos um restaurante italiano e entramos. Todos nós pedimos uma
macarronada exceto a minha mãe que viu um salmão defumado e quis experimentar.
O problema é que o salmão era cru e quando chegou minha mãe não quis nem
colocar na boca. Pedimos outra macarronada para ela e o meu marido comeu, satisfeito,
o salmão que minha mãe tinha pedido. Depois, fomos andar pela velha Quebéc. O
tempo esfriou e estava ventando muito. Logo meu pai pediu socorro. A sorte dele
foi que minha mãe estava carregando tudo o que ele não estava querendo usar
antes, pois ela sabia que uma hora ele iria pedir. A sensação térmica deveria ser
de uns -10C. Agasalhamo-lo e continuamos andando. Fomos até o
Terrasse-Dufferin, tomamos Café na Starbucks do hotel no terraço e continuamos
andando. Por volta de 16h, os meus pais que tinham passado a noite no avião
estavam loucos para descansar. Então os deixamos no hotel e eu e o meu marido
decidimos continuar passeando sozinhos.
Terrase-Dufferin |
Passeamos pela Citadelle de
Quebéc e depois voltamos ao Terrasse-Dufferin. Lá, descemos de funicular para a
parte baixa da cidade, tão bonitinha quanto a parte alta. Andamos por lá,
compramos algumas lembrancinhas e fomos procurar onde era a Gare du Palais,
onde pegaríamos o trem no dia seguinte para Montréal. Perto da Gare du Palais,
havia um mercado (Marché du Vieux-Port) onde entramos, um pouco para fugir do
frio e um pouco para conhecer o lugar, e depois começamos a voltar para o hotel
caminhando.
No caminho de volta, descobrimos
uma rua cheia de lojas, restaurante e um supermercado perto do nosso hotel, Rue
Saint Jean. Até pensei que a noite talvez pudéssemos ir até aquela rua para
jantar, mas quando chegamos no hotel e passamos no quarto dos meus pais, os
dois estavam de pijama e dormindo, então desisti da ideia. Já quase 21h, meus
pais nos chamaram para irmos para o quarto deles, ficamos batendo papo até
quase 23h. Depois, voltamos para o nosso quarto e fomos dormir.
Dia 27/03/2012 – Montréal
Hotel:
Novotel Montréal: o hotel é bom, bem
no estilo dos hotéis Ibis. O restaurante é bom também, mas a localização não é
grande coisa. Escolha este hotel só se não existir outras opções de localização.
Ele possui internet no quarto de graça, embora o meu computador não tenha
conectado nem com a ajuda do suporte técnico. Não tomamos café neste hotel
porque não estava incluso na nossa diária.
Nosso trem sairia às 7h45. Então,
às 6h30 já estávamos todos no saguão com as malas prontas. Como éramos 4
pessoas e 6 malas, ficou difícil arranjar um carro que nos levasse até a
estação. Conseguimos uma van. Do hotel até a estação foram 5 minutos de taxi e
CAN 6. Paguei e não percebi que o taxista ficou com a mão estendida pedindo uma
gorjeta. De repente, ele mudou totalmente o semblante e a atitude: praticamente
nos expulsou do taxi e mandou nós tirarmos nossas malas. Só no final que eu
entendi o que estava acontecendo, quando ele disse “rien d’argent, rien du
travail”, ou seja, sem dinheiro, sem trabalho. Achei meio ridículo na hora, mas
depois me senti mal por não ter dado uma gorjeta para o taxista.
Na estação, mostramos nossas
passagens e a moça disse que poderíamos entrar no trem quando estivessem faltando
20 minutos para partir. Como ainda era 7h, fomos tomar um café. Enquanto
tomávamos nosso café, fiquei admirando a Gare do Palais que é muito bonita, com
vitrais no teto e nas paredes. Depois do café, fomos para o trem. Quando
entramos, percebi que havia, no fundo dos vagões, quatro acentos virados de
frente uns para o outro. Era o ideal para nós. Então voltei ao balcão de
atendimento da Via Rail Canadá e solicitei a troca de acentos. O engraçado foi
a moça passando corretivo nas passagens e trocando os acentos enquanto outra
alterava as passagens no sistema. Voltei para o trem e nos sentamos todos
juntos. Os trens da Via Rail têm internet a bordo, então fomos navegando na
internet e apreciando a paisagem desde Quebéc até Montréal. Meu pai adorou
viajar de trem no Canadá, tanto que disse que quer voltar um dia para ir desde
Quebéc até Toronto de trem. A viagem foi muito tranquila e em duas estávamos em
Montréal.
Na estação em Montréal,
perguntamos pela rua do nosso hotel. Pelo mapa, parecia que a estação era muito
próxima ao hotel, mas na realidade não era bem assim. Começamos a andar pelas
ruas e quando percebemos que estávamos perdidos, resolvemos pegar um taxi. O
taxista tinha família em São Paulo, não sabia falar português, mas era muito
simpático. Em Montréal as pessoas já falam mais inglês do que francês. Chegamos
ao nosso hotel, fizemos o check-in e fomos almoçar. O meu marido havia visto no guia um
restaurante que aparentemente era muito bom. Quando chegamos lá, descobrimos
que ele só funcionava a noite. Então fomos caminhar.
Marché Bonsecours |
Uma rua para frente, encontramos
um restaurante francês. O meu pai e o meu marido pediram vinho enquanto eu e a minha mãe ficamos na coca-cola. Pedi tartine de filé minon para mim e para os meus pais
enquanto o meu marido pediu um prato com peixe. Quando nossos pratos chegaram,
levamos um susto: a tartine era crua. Meu pai na hora que viu, disse que não
comeria aquilo. Eu acabei comendo o meu, um pouco do prato do meu pai e um
pouco do prato da minha mãe. Fiquei com a consciência super pesada e ainda tive
que escutar a gozação do meu marido. Ainda bem que a tartine vinha acompanhada de
batata cozida que estava uma delicia, então não foi de tudo perdido. A minha
vergonha foi quando a atendente veio retirar os pratos e viu que os meus pais
não tinham comido a tartine. Ela perguntou se tinha alguma coisa errada e o
meu marido acabou explicando a ela que nós não sabíamos que a tartine era crua.
Hótel de Ville de Montréal |
Depois do almoço, o meu marido sugeriu
que andássemos até a velha Montréal. E então fomos caminhando pelo antigo
porto, pela Rue de La Commune, que foi revitalizada e abriga vários centros de
lazer como cinemas e o Cirque du Soleil. Caminhamos até o Marché Bonsecours e
depois começamos a voltar. Passamos pela Place Jacques-Cartier e tiramos
algumas fotos do Hôtel de Ville de Montréal. Depois fomos andando até a Rue
Notre-Dame de Montréal e quando chegamos lá, minha mãe decidiu entrar na
Basilique Notre-Dame de Montréal |
Basilique Notre-Dame de Montréal. Como eu, o meu marido e o meu pai estávamos cansados
e a entrada era cara, decidimos ficar de fora esperando a minha mãe. O interessante
é que não era tão frio como em Quebéc, mas era difícil ficar em locais que não
se pegava sol. Ficamos esperando minha mãe por uns 30 minutos. Quando ela saiu,
ela nos disse que a Basílica era linda. Fiquei até com vontade de entrar, mas
como já passava das 16h, ela já estava fechando para visitação.
Voltamos caminhando para o hotel.
Nosso hotel ficava bem próximo ao Centre Bell, um estádio de Hockey. E exatamente no dia que estávamos lá, teria a
final do Hockey, então a região estava lotada de gente vestida com as camisas
de seus times. Acho que por isso, quando decidimos passar em uma loja de
conveniência em um posto de gasolina próximo ao nosso hotel, o segurança do
posto estava praticamente perseguindo todo mundo que entrava na loja. Chegava a
ser inconveniente. Quando voltamos para o hotel, decidimos jantar em um
restaurante do outro lado da rua, mas quando vimos os preços desistimos: era
muito caro, algo em torno de CAN 60 por prato. Enquanto estávamos decidindo
onde iriamos jantar, começou a nevar e meu pai nos pediu para tirarmos uma foto
dele na neve. Uma pena que os flocos estavam tão pequeninos que não conseguimos
ver os floquinhos na foto. Acabamos decidindo jantar no nosso hotel.
Meu pai ficou empolgado com o
jogo de hockey e segundo ele, se ele soubesse antes dessa final, ele iria ao
estádio assistir. O meu marido concordou com ele e disse então que os dois iriam
juntos (meu pai e o meu marido são muito bons amigos, sorte a minha). Depois do
jantar, fomos dormir.
Dia 28/03/2012 – Montréal e
Marché Jean-Talon
Nosso itinerário neste dia era
tomar café em um lugar legal e depois conhecer o Mont Royal. Então pegamos o
metrô perto do nosso hotel e fomos para a Petite Italie onde fica o Marché
Jean-Talon. O meu marido se confundiu, pois o local para onde deveríamos ir para
tomar era no Mile-end e não no Marché Jean-Talon. Quando chegamos ao Marché,
descobrimos que lá não tinha nenhum lugar para tomarmos um brunch, vendia-se
frutas e utilidades domésticas. No máximo um café. Foi o que fizemos, tomamos
um café. Aproveitei para sacar dinheiro e minha mãe pediu para que eu sacasse
dinheiro para ela. Na realidade, ela estava com problemas em sacar dinheiro
desde o dia que ela chegou, pois ela jurava que tinha cadastrado uma senha no
Visa Travel Money e cadastrou outra, ou seja, a senha que ela achava que tinha
cadastrado não funcionava. Ela já estava ficando desesperada. Então, finalmente
a convenci de enviar um e-mail para o gerente dela e ela assim o fez. No
entanto, tínhamos que esperar por uma resposta do gerente.
No Marché Jean-Talon compramos
algumas frutas. Quando estávamos de saída, vi uma padaria perto do mercado. A
padaria tinha 200 anos, mas o croissant e o pain au chocolate eram novinhos e
deliciosos. Foi nossa salvação!
Depois pegamos o metrô e fomos
para perto do Mont Royal. Tendo em vista que já tínhamos comido, não fazia
sentido ir para o Mile End. Andamos pela Avenue du Mont Royal, passamos em
algumas lojas e quando estávamos em uma farmácia, minha mãe quis ir ao
banheiro. Só conseguimos achar um banheiro em um restaurante do outro lado da
rua que vendida frango assado. Para nossa surpresa, a dona era portuguesa e nos
deixou usar o banheiro do restaurante. Pensamos que, de repente, se fossemos
passar lá na volta, poderíamos almoçar lá para retribuir a gentileza.
Parc du Mont Royal |
Do restaurante, fomos então
caminhando até Mont Royal. Quando chegamos lá, ficamos meio desconfiados do
lugar. Como estava frio, o local estava um pouco abandonado e tinha neve em
diversos pontos. Minha mãe, sem se lembrar que faríamos uma caminhada pelo
parque, colocou uma bota que estava escorregando com a neve. Além disso, tinha
algumas pessoas mal encaradas que o meu marido e o meu pai juravam que se não fossem
viciados em drogas, eram traficantes ou ladrões. Resultado: desistimos de
passear no Mont Royal. Voltamos caminhando pela Avenue du Mont Royal e paramos
no restaurante da senhora portuguesa.
Depois do nosso almoço/jantar,
voltamos para o hotel para arrumar nossas coisas. Conversei na recepção com
relação a nossa necessidade de pedir uma van para nos levar para o aeroporto no
dia seguinte e a atendente nos disse que bastava que, na hora que fossemos
pedir um taxi, nós pedíssemos que fosse uma van. Depois disso, subimos para o
quarto dos meus pais e ficamos batendo papo até quase 21h.
Dia 29/03/2012 – Toronto e as
galerias subterrâneas
Hotel:
Hilton Toronto: o hotel é muito
bom e confortável. Não tem internet disponível nos quartos, mas possui
computadores a disposição dos hóspedes no saguão para acesso a internet e o
front desk também distribui senhas para os hóspedes acessarem a internet dos
seus dispositivos móveis. Muita atenção com a caução que o hotel cobra mesmo
você pagando a diária com antecedência. O meu marido decidiu fornecer o Visa Travel
Money dele como caução e só conseguiu receber os USD 450 que cobraram no cartão
dele dois meses depois! Então NUNCA forneça o seu Travel Money como caução e
nenhum hotel. Não tomamos café da manhã no hotel porque não estava incluso na
nossa diária.
Nosso vôo para Toronto era às 10h.
Então saímos do nosso hotel às 7h. Conseguimos a van exatamente como a
atendente do dia anterior tinha nos orientado. Nossa intensão era ir para o
aeroporto de ônibus, pois há um ônibus direto para o aeroporto que passa a cada
meia hora perto do hotel e custava CAN 16. O taxi era em torno de CAN 60 mais
CAN 10 de gorjeta. Ponderamos e achamos melhor ir de taxi para o aeroporto.
O trânsito estava tranquilo e em
30 minutos, estávamos estacionando em frente ao aeroporto. Quando fomos
despachar nossas malas, a atendente nos ofereceu para irmos mais cedo. Como
ainda eram 8h, achamos que não haveria problema algum. Despachamos as bagagens
e fomos para a sala de embarque. O avião, da mesma forma que o avião entre
Chicago e Quebéc, era pequeno. Mas foi cheio para Toronto. Achei uma excelente solução
para a companhia aérea realizar vôos com aviões menores e evitar o cancelamento
de vôos por falta de passageiros. Melhor para a companhia aérea e melhor para o
passageiro.
O vôo foi tranquilo e chegamos a
Toronto às 10h. É perceptível a diferença entre Toronto, Montréal e Quebéc:
Toronto é cosmopolita e o próprio aeroporto já refletia isso. O aeroporto de
Toronto é gigantesco. Demoramos quase 10 minutos caminhando desde o desembarque
até o local onde pegaríamos nossas bagagens. Fizemos algumas pesquisas na
internet (que era de graça no aeroporto) e não achamos a melhor opção para
irmos para a cidade. Antes de viajar, vimos que havia um metro que passava
perto do aeroporto, mas descobrimos que teríamos que pegar um taxi para chegar
até lá. Havia um ônibus que cobrava CAN 25 por pessoa para o centro da cidade e
de taxi era CAN 70. Novamente para nós, o taxi foi a melhor opção.
Meus pais em Toronto |
Chegamos ao hotel por volta de
12h. Fizemos o check-in, guardamos
nossas malas nos quartos e fomos almoçar. Não havíamos ido ainda a um Hard Rock
Café no Canadá. Descobri onde ficava o de Toronto e fomos para lá. Meus pais
pediram a mesma coisa que eu: um sanduiche gigante que não me recordo o nome.
Já o meu marido pediu um prato de massa.
O meu marido havia lido sobre galerias
subterrâneas que as pessoas utilizavam para fugir do frio. Então fomos à
procura destas galerias. Ficamos impressionados com a qualidade do lugar. Tudo
em mármore, lojas e mais lojas, restaurantes e mais restaurantes. Minha mãe
ficou apaixonada com aquilo, pois ela estava começando a ficar com preguiça de
sair para caminhar por causa do frio. Só que ao mesmo tempo em que minha mãe
estava curtindo, meu pai estava ficando entediado. Então decidimos voltar para
o hotel.
Meus pais estavam cansados, eu
confesso que eu também estava. Quando voltamos para o hotel, eu e minha mãe
fomos dormir e o meu marido e o meu pai foram jogar conversa fora no quarto dos meus
pais.
No final da tarde, convenci minha
mãe a ir a um shopping famoso de Toronto, o Eaton Center, mas sem sair na rua.
Descobri que o nosso hotel tinha acesso às galerias subterrâneas, o P.A.T.H..
Em 15 minutos, estávamos dentro do shopping.
Caminhamos em torno de 2 horas
dentro do shopping e resolvemos voltar para o hotel. Percebemos como as coisas
fecham cedo em Toronto. As 20h, praticamente todas as lojas das galerias e
todos os restaurante estavam fechados. A única coisa que vimos aberta foi um
pub, já praticamente no saguão do nosso hotel que esse sim, estava lotado.
Quando cheguei ao quarto do meu pai, o meu marido e o meu pai já estavam começando a
beber a segunda garrafa de vinho. Decidi intervir senão nem minha mãe ia
aguentar o meu pai e nem eu ia aguentar o meu marido. Assim que chegamos no nosso
quarto, o rapaz da empresa de turismo para as Cataratas do Niagara, a Niagara
Tours, ligou para confirmar nossa reserva para o tour dois dias depois. Nosso
dia terminou por aqui.
Dia 30/03/2012 – Toronto e a CN
Tower
Vista da CN Tower |
CN Tower |
Saímos para tomar café por volta
de 9h. Andamos um pouco pela cidade e fomos para a CN Tower. A CN Tower já foi
a maior torre do mundo. Acho que pelo frio e por termos chegado cedo, nem
pegamos fila para entrar. Fomos direto para a primeira parada que já é bastante
alta, em torno de 350m. Andamos um pouco reconhecendo alguns pontos que
conhecíamos do alto e depois fomos para o próximo andar, 100m acima. Aí, meus
pais balançaram. Não tiveram coragem nem de sair do hall do elevador. Mas
também pudera: a estrutura que sustenta essa parte é mais estreita e então não
era difícil sentir a torre oscilando. Descemos, passeamos mais uma vez pelo
primeiro estágio da torre e depois descemos até o solo.
Vista dos prédios abaixo da CN Tower |
Fomos andando até a beira do Lago
Ontário e lá paramos em uma loja de vinhos. O meu marido e o meu pai acabaram
comprando algumas garrafas. Minha mãe chegou a experimentar um licor de
chocolate, mas embora tenha gostado, ela não quis comprar a garrafa.
O meu marido tinha visto a indicação de
um restaurante muito bom em um shopping na beira do lago, então achamos o
shopping e fomos atrás do restaurante. Para a nossa surpresa, o restaurante
havia fechado há dois meses. Então almoçamos em um restaurante irlandês e a
comida estava deliciosa. Pedi carne, mas fiquei foi de olho em um prato de
nachos que uma senhora tinha pedido na mesa do lado. Mas o meu filé valeu a
pena!
Saint Lawrence Market |
Depois, fomos andando até o Saint
Lawrence Market. Ficamos impressionados com os vários tipos de café de uma das
bancas. Perguntamos quais eram os mais vendidos e o atendente nos disse que os
brasileiros e os colombianos. O meu marido e minha mãe até resolveram beber um café
na banca do rapaz. A grande variedade de feijões e de arroz que podem ser
vistos por lá impressiona. E em país de primeiro mundo é difícil achar um
banheiro sujo: até os banheiros do mercado eram impecáveis. No final, o meu marido
até comprou uns queijinhos para comer bebendo vinho.
Depois do mercado, fomos andando
por alguns bairros antigos da cidade. Paramos em uma farmácia e de lá meus pais
decidiram voltar para o hotel. Eu e o meu marido continuamos andando pela cidade.
Passamos em uma Staples para comprar um caderninho para o meu pai, pois ele
estava anotando os acertos dele com a minha mãe no verso dos comprovantes do
cartão.
Quando finalmente chegamos ao
hotel, o meu marido decidiu subir para o quarto. Eu passei no quarto dos meus pais e
minha mãe já estava dormindo. Então comentei com o meu pai que eu iria acessar
a internet e então ele decidiu descer comigo. Ficamos em torno de 1 hora na
internet e depois voltamos para o quarto. Quando passei no meu quarto, o meu marido
já tinha acordado então fomos para o quarto dos meus pais. O meu marido e o meu pai beberam
mais uma garrafa de vinho e comeram os queijinhos que o meu marido tinha comprado.
Ficamos jogando conversa fora até quase 23h.
Dia 31/03/2012 –
Niagara-on-the-lake e Niagara Falls
Às 8h30 nosso guia da Niagara
Tours, Michael, passou no nosso hotel para nos pegar. Fomos de van com mais
algumas pessoas, todos americanos ou canadenses. Havia lido no Trip Advisor
sobre a Niagara Tours e havia tanto boas recomendações quanto críticas. Como
não achei nenhuma outra empresa com um rating melhor, decidi pela Niagara
Tours. Michael era um descendente de italianos que nasceu em Toronto. Eu
acredito que as várias reclamações a respeito dele são porque ele é muito
expansivo e comunicativo. Ele conversou o trajeto todo desde Toronto até
Niagara-on-the-lake. Pelo menos o meu marido e eu achamos muito interessante o tour
porque ele conhece muito da região e da história do Canadá.
Nossa primeira parada foi em um
vinhedo onde eles vendiam o famoso Ice Wine Canadense. As uvas são colhidas no
inverno e espremidas ainda congeladas o que produz um vinho mais doce que o
normal. Meus pais e o meu marido fizeram degustação de vinho enquanto eu os
acompanhei com suco de uva (que eu adoro!). O Ice Wine também é bem caro,
enquanto as garrafas de vinhos Cabernet Sauvion e de Merlot eram em torno de USD
30 as mais caras, de Ice Wine haviam garrafas que custavam mais de USD 100. O
meu marido acabou comprando uma garrafa de Ice Wine para a mãe dele e meu pai comprou
um Cabernet Sauvion para ele e o meu marido beberem no final do dia.
Depois da degustação, passamos em
Niagara-on-the-lake, a primeira capital do Canadá. Foi então que perguntei ao
Michael a respeito de quem governa o Canadá: a rainha da Inglaterra ou eles
elegem o presidente. Pelo que ele e os outros canadenses me contaram, eles
apenas prestam respeito a Rainha da Inglaterra mas quem governa o país é o
Primeiro Ministro do Canadá que eles elegem. Eles ainda prestam respeito a
Rainha Elizabeth II porque a independência do Canadá foi amigável, foi um
acordo entre a Inglaterra e a então colônia.
Lago Ontário - Toronto ao fundo |
Niagara-on-the-lake é uma cidade
bem antiga e muito bonitinha. Michael nos deu 30 minutos na rua principal da
cidade para tomarmos sorvete na melhor sorveteria e de repente tomar café da
manhã para quem não tinha feito isso ainda. Tiramos fotos, sacamos dinheiro, olhamos
a neve cair e em 30 minutos, estávamos prontos para seguir viagem. Antes de
seguir para as Cataratas do Niagara, paramos as margens do Lago Ontário e
surpreendentemente, embora tivéssemos percorrido 150 km em volta do lago,
pudemos ver Toronto a 30 km de distância na outra margem. Era possível ver a CN
Tower que tínhamos visitado no dia anterior no horizonte.
Passeamos pelas ruas de
Niagara-on-the-lake e fomos em direção a última parada antes de Niagara Falls,
a Whirlpool, uma curva no rio onde a água se acumula e forma redemoinhos antes
de seguir para o Lago Ontário. Em épocas de calor, é possível fazer passeio de
corredeiras passando por este lugar. Segundo o Michael, essa formação no rio
Niagara é a maior do mundo. Também é possível atravessar de bondinho de uma
margem a outra do rio. Nesse dia, vimos várias pessoas pescando.
Niagara Falls |
Devido a grande quantidade de
pessoas visitando as Cataratas do Niagara, formou-se uma cidade em volta das
Cataratas. A cidade tem cassinos, hotéis e restaurantes tudo girando em torno
das cataratas. Um dos shoppings da cidade fica ao lado das Cataratas. Michael
nos disse que as Cataratas são tão famosas pela quantidade de pessoas que já
tentaram pular e sobreviver as Cataratas e pelo fato de que a queda delas é em
um único estágio de 60 m. Como estava fazendo frio, o passeio na Maid of the
Mist não estava sendo realizado. Nossa outra opção era subir uma torre que fica
em frente às Cataratas para admirá-las. Então Michael nos deixou nos pés da
torre e combinou que em 3 horas, nos buscaria no mesmo lugar. Meu pai não
estava querendo subir na torre, mas quando dissemos que a entrada já estava
inclusa no passeio, ele mudou de ideia. Subimos, passeamos, lemos algumas
curiosidades sobre as Cataratas e depois fomos admirá-las mais de perto.
Existem duas Cataratas: uma
americana e uma canadense. A canadense é a mais famosa, a “horse shoe”, ou
seja, em formato de ferradura. É muito
bonita, mas sinceramente, as Cataratas do Iguaçu ganham de 1000 a zero. As
Cataratas do Niagara são do tamanho da Garganta do Diabo das Cataratas do
Iguaçu. Eu sinceramente esperava mais, não que o passeio não tenha valido a
pena, mas quem já tiver ido as Cataratas do Iguaçu vai ficar meio decepcionado
com as Cataratas do Niagara, ainda mais que o parque das Cataratas do Iguaçu
não deixa nem um pouco a desejar em relação a estrutura das Cataratas do
Niagara.
Almoçando nas Cataratas |
Fomos caminhando até o shopping
que fica do lado das Cataratas do Niagara. Estava tendo uma filmagem em um
ponto da passarela, então estava bem tumultuado. Tiramos algumas fotos e depois
fomos almoçar. Conseguimos um lugar na janela com vista panorâmica para as
Cataratas e o interessante é que o almoço foi até mais barato do que se
almoçássemos em Toronto. Depois do almoço, já quase 3 horas da tarde, começamos
a caminhar de volta para o ponto de encontro. A filmagem ainda estava
acontecendo e havia plaquinhas informando que se caso você fosse filmado, você
não poderia cobrar por aparecer na filmagem. Ficamos um tempo esperando para
ver o que iria acontecer, pois aparentemente eles iriam explodir um carro, mas
estava demorando tanto e nosso tempo estava se esgotando, que desistimos.
Chegamos ao ponto de encontro e
em 10 minutos, Michael apareceu para nos pegar. A viagem de volta para Toronto
foi tranquila e como todos estavam cansados, praticamente todo mundo dormiu.
Quando Michael nos deixou, fizemos o pagamento do tour (CAN 60 por pessoa) e
demos uma gorjeta a mais, CAN 5 por pessoa. Ele achou ótimo! O meu marido que ficou
reclamando que já estava cansado de dar gorjetas para os canadenses. Eu, como
fiquei traumatizada com o comportamento do taxista em Quebéc, passei a dar
gorjeta para todos que me atenderam.
Meus pais decidiram ficar no
hotel. Como o dia ainda estava claro, eu e o meu marido decidimos explorar melhor a
região do Eaton Center, Hard Rock Café e a Future Shop, uma loja de
eletrônicos, todos na mesma praça.
Incrivelmente, Toronto tem um ar
de Londres para mim. É como se eu estivesse em Londres só que nas Américas. Por
diversas vezes dentro da Future Shop eu me pegava pensando que dali eu iria
para o Picadilly Circus ou para a Harrods. Não sei dizer o porquê!
Depois da Future Shop, fomos
andar um pouco pela região, pois a rua da Future Shop parecia ser bem
cosmopolita. Começamos a andar e percebemos que a influência asiática lá era
bem forte. Depois passamos em uma livraria chamada “The Biggest Bookstore in
the World”. Não sei se ela é realmente a maior do mundo, mas que ela é
estupidamente grande ela é. Era como se fossem 4 Fnacs juntas em 2 andares só
de livros. Eu e o meu marido ficamos umas 2 horas lá dentro. Depois voltamos para o
hotel.
Ao acessar a internet, o meu marido
descobriu que o hotel tinha cobrado dele USD 450. Ele conversou na recepção e
informaram que aquilo era uma caução, que assim que fizéssemos o check-out, o
valor seria devolvido para o Travel Money dele. (NUNCA, mas NUNCA mesmo
entregue o Travel Money quando solicitarem um cartão para você fazer o
check-in. Demoraram quase 2 meses para devolverem a cobrança que eles haviam
feito no Travel Money do meu marido isso depois que ele fez várias ligações
internacionais para o hotel, enviou e-mails e até se indispôs com a gerente de
contas dele, então, para evitar esse tipo de dor de cabeça, não forneça o
Travel Money como caução em nenhum hotel. Conselho de viajante!) Ficamos
papeando com os meus pais até por volta de 21h e depois voltamos para o quarto
para arrumar nossas coisas. Nosso dia terminou aqui!
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